• CK •
Entrar no tráfico é um caminho sem volta, tu entra e não dá mais pra sair. Tem que fazer uns bagulhos que tu nunca imaginou fazendo.
Como matar alguém, simplesmente por roubar na favela.
Matei minha primeira pessoa aos 10 anos de idade. Torturei pra caralho o cara, e depois tive que matar. O cara tinha tinha estuprado uma mina daqui da Pedreira, matei sem dó mermo, pô.
Vacilão do caralho!.
Uma das regras mais antiga daqui, é proibindo os caras de forçarem as minas a foderem.
Sou filho da puta demais mermo, mas fazer isso com mulher nem tenho coragem. É mais fácil ir num puteiro, e pagar pra comer as minas de lá, carai. Sem forçar nada.
Aos 12, participei do meu primeiro assalto. Depois de mais de dois anos treinando, fui pra missão, lá em São Gonçalo. Roubamos um banco, e faturamos mais de 700 mil, isso ajudou demais aqui nos bagulhos do morro.
Com 15, já tava sendo treinado pra comandar esse complexo todo, pegar o lugar do meu pai, e tomar conta dessa favela como se fosse a minha vida.
Quando era menor, antes do TK matar meu pai, ele me dizia que essa favela seria minha, que eu iria comandar essa porra toda.
E hoje tô comandando isso tudo, sempre botando ordem nessa porra toda.
Só os caras do comando sabem que eu sou o dono desse complexo, os cara das outras facções pensam que quem comanda ainda é o Souza.
Sempre quando tem invasão, eu uso máscara pra não botar a cara limpa, para os cuzão não vir atrás.
E também faço esse bagulho, pra conseguir o que mais quero. Matar o TK, e pegar a Kamilly pra mim.
Tô ligadão que o TK tá vivo, ainda na favela de Paraísopólis, comandando nas contabilidade.
Ele acha que o bandido aqui é burro, pô. Tenho informante meu lá, que mandou a fita toda pra mim. Só eu sei dessa porra, os caras do comando ainda acham que ele tá morto. Bando de burrão pô.
Sei dos bagulhos que meu pai fez pra ele no passado, mas o que ele fez foi foda também, matou meu pai, e me deixou crescer apenas com a minha mãe.
Por mais que meu pai era um filho da puta com ele, comigo ele era diferente, pô. Me tratava na moralzinha, sempre me dando tudo o que eu pedia.
Ai, o arrombado do TK vem e tira ele de mim. Se fuder, irmão.
JG: Ae, patrão, consegui as fotos daquela mina lá. - falou, entrando na salinha, e jogou um pacote em cima da mesa.
Mandei ele vazar e abri aquele pacote, vendo as fotos da Kamilly, ela saindo de casa, e do curso. Algumas até tinha o TK do lado, ou a Alice.
A única coisa boa mermo que o TK fez, foi fazer a Kamilly. Caralho, que nega linda da porra!.
Desde que vi ela pela primeira vez, quase vinte anos atrás, senti mó bagulho bom. Uma paz enorme, tá ligado?!.
Quero essa garota de qualquer jeito, pô.
Pareço até um maluco atrás dela, carai. É obsessão isso, quero aquela mina na minha mão a qualquer custo.
O bagulho sempre foi matar o TK, e trazer a Kamilly comigo.
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Gente, comentem se não paro com esse livro viiu.