- Gizelly, eu preciso tirar uma nota boa nessa prova, se não, eu estou muito ferrada!! Então, CALA A BOCA - o som alto da minha voz ecoa pela biblioteca da faculdade, fazendo algumas pessoas olharem para gente - Desculpa- Manoela, a culpa é totalmente sua! Ninguém mandou você ficar babando pela professora. Sabemos que ela é muito gata, mas você devia se controlar. - sua voz sai baixa e olhando em volta para ver se alguém ouviu
Ela dá um sorrisinho e dizendo "eu venci" baixinho. Jogo o meu corpo para trás batendo as costas na cadeira, em forma da rendimento. Arrancando uma risada baixinha da Titchela, que tentava voltar sua atenção para o livro.
Tinha se passado um trimestre, e eu estava indo de mal a pior na aula da Rafaella. Mas fazer o que, eu não conseguia me concentrar. Não conseguia imaginar ela só como minha professora e quando imaginada, eu acabava ficando excitada.- Quantos anos você acha que a Rafaella tem? - falo colocando a mão no queixo e arqueando as sobrancelhas. Imaginar a possibilidade dela ser mais velha, mexe comigo mais ainda.
- Não entendo essa sua queda, por mulheres mais velhas... talvez ela tenha uns vinte e oito. Olha, pra ser professora tem que ter no mínimo vinte e cinco, eu acho.
- Que ela tenha vinte e oito! - olho pra cima, levanto as mãos pro céu e balançando - Tá quente aqui né!?
- Manoela! Se concentra. - ela revira os olhos, sorrindo e voltando sua atenção ao livro, seu celular começa a vibrar tirando sua atenção, ela sorri e começa a digitar.
- Quem é? - pergunto, fazendo ela me olhar
- Ninguém importante - ela fala, colocando uma mecha do seu cabelo atrás da orelha e sorrindo envergonhada. Volta sua atenção para o celular.
- Ninguém importante, não faz você sorrir feito uma tonta!
- Como você é chata, Manoela - falou logo pegando seu material, em cima da mesa - Preciso ir, baixinha. Conversamos depois..
- Não vai nem me contar o nome? - ela sorri, me dando um beijo na bochecha
- Marcela... vai amanhã na minha casa, aproveitamos e estudamos! Mas vai a tarde - dou um sorriso, concordando. Ela dá um tchauzinho e sai da biblioteca
Não sei ao certo como minha amizade com a Gizelly começou, talvez tenha começado quando ela me defendeu das meninas que queria me bater. Eu podia jurar que depois desse dia eu tive uma pequena quedinha pela Titchela, posso dizer que ela foi meu primeiro amorzinho na adolescência e meu primeiro beijo. Mas depois isso o sentimento foi diminuindo e só ficando um sentimento de amizade. Titchela é a irmã que eu nunca tive...
- Manu? - fecho os olhos quando ouço aquela voz, não queria encarar aqueles belos olhos que me atormentava dia e noite - Podemos conversar?
Viro-me na cadeira, dando de cara com a moça que tirava a minha sanidade. Ela estava linda. Estava usando um vestido azul clarinho, esse tom de azul combina com ela, eu a encarava dos pés à cabeça. Talvez eu esteja babando um pouco e ela esteja gostando disso. Ela sorria enquanto dava a volta na mesa e meus olhos lhe acompanhavam, ela se senta na minha frente e puxando o livro que eu estava estudando.
- Você está indo de mal a pior na minha matéria, Manoela...
- Como você me achou? - pergunto, tirando sua atenção do livro e fazendo ela me olhar novamente. Seu olhar era intenso, ela sempre me olhava assim. - Você precisa parar de me olhar assim, professora...
- É sério, Manoela. Eu vi o seu histórico, nas outras matérias é só dez. Apenas na minha, a sua nota é baixa - dou um sorriso, envergonhada - Não quero que você refaça, a minha matéria por bobeira. Posso saber o que está tirando sua concentração?
- Vou ser sincera com você! Esse últimos três meses está sendo muito difícil, mesmo eu sentando nas últimas carteiras. Não... não consigo tirar você da minha cabeça, entende? Você tira totalmente a minha concentração de tudo, e eu não te culpo por isso. Você é linda e quanto você está dando aula, nossa, é uma coisa. - termino de falar soltando o ar, parecia que tinha me livrado de um peso nas costas. Ela sorri envergonhada - Aliás quantos anos você tem?
- Trinta e um... - É MELHOR DO QUE EU PENSAVA - Por que está com esse sorrisinho no rosto?
- Nada... - tento não sorrir, mas está difícil. Ela sorria de volta e meu pequeno coraçãozinho dava pequenas paradas com aquele olhar que ela me lançava SE FOR DA SUA VONTADE PAI, SUA FILHA ESTÁ PRONTA
- Agora é sério, como posso te ajudar?
- Cobrindo o seu corpo todo, ele mexe muito comigo! Pode usar aquela roupa que cobre tudo, menos o rosto - fico em silêncio, olhando fixamente para o seu rosto - Esquece, o seus olhos me chamam mais atenção do que o seu corpo todo
- Você está me deixando envergonhada!!
- Primeira vez que conversamos depois desses três meses, e a única coisa que eu faço é deixar você envergonhada
- Podemos falar sério, só um pouquinho. Depois eu deixo você fazer qualquer tipo de pergunta... pode ser!?
- Fechado! - dou um sorriso e ela revira os olhos mordendo os lábios - Primeiro, sem morder os lábios ou colocar uma mecha do seu cabelo atrás da orelha. Minha imaginação vai longe
- Ta, não vou mais fazer isso. Segundo, você só vai poder se sentar em uma das carteiras da frente
- Tudo bem. Terceiro, vamos nos beijar quando? - falo e ela coloca as duas mãos no rosto, envergonhada calma, Manu. Ela é sua professora, você não deveria dizer essas coisas - Desculpa, eu não deveria falar essas coisas pra você! Você é minha professora, e por mais que isso me deixe excitada. Não pode rolar nada entre nós duas. Eu prometi que não pensaria em você dessa forma, mas acho que quebrei uma promessa...
- É difícil pra mim também, ou você acha que eu não reparo em você... não vejo que você me olha durante as aulas. Eu penso em você de outra maneira, mas é errado. Não podemos, entende!?
- Entendo... mas podemos ser amigas, pelo menos? - pergunto e ela sorri de lado - Já que somos amigas agora, você poderia me ajuda com essa matéria?
- Ajudo, mas você vai ter que se concentrar!
Eu posso ser só amiga dela!! Isso vai ser fácil...
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Just You and Me [RANU]
FanfictionTe chamo pro cinema, você tem que estudar E quando a gente sai sempre tem hora pra voltar Não vê que eu to na sua louca pra te beijar Se é teu jeitinho de me amar Sei lá... posso me acostumar