Just You and Me [RANU]

Beleza extrema, morte rápida

oie gente 👉👈🤡 cês tão bem? espero que sim :)

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Por Rafa Kalimann:

Dirijo apressada em direção ao hospital, depois de receber a noticia sobre Manoela. Buzino, abrindo passagem e conseguindo chegar o mais rápido. Estaciono o carro de qualquer jeito e corro para dentro do hospital, procurando alguém para me auxiliar ali dentro. Pergunto sobre Manoela, para a primeira mulher que aparece na minha frente, ela sem entender nada pede para eu me acalmar e se sentar no sofá da recepção. Sento-me e olho para os lados, vendo Gizelly do outro lado, com as mão na cabeça. Levanto do sofá, aproximando do corredor que ela estava. Quando ela me olha, se aproxima e me abraça forte, chorando. 

- Gi, como ela está? - pergunto, me afastando do seu abraço e vendo ela balançar a cabeça negando - Gizelly, como a Manoela está?

- Eu não sei, não me falaram nada e eu ainda nem avisei os pais da Manu...

Ela se senta no banco, começando a chorar. Aproximo-me passando a mão em suas costas, lhe dando apoio. Olho em volta, vendo um médico se aproximando devagar. Meu coração acelera com medo da notícia que ele pode dizer.
Gizelly percebe a sua presença e se levanta, cruzando os braços e esperando que ele se aproximasse.

- Vocês são parentes da paciente Manoela Gavassi?

- Eu sou a Gizelly, irmã da Manoela e essa é a namorada - Gizelly mente, olhando pra mim e depois para o médico da nossa frente - Como está a minha irmã?

- Ela está bem, agora. Tivemos que correr com ela as pressas para a cirurgia, pois ela teve uma hemorragia interna - passo as mãos no cabelo preocupada, meu coração acelerava cada vez mais. Sinto a mão da Gizelly apertar a minha - Ela fraturou a costela, quebrou o braço esquerdo e a perna direita. 

- E o senhor disse que ela estava bem... não parece bem pra mim, doutor - aperto sua mão para ela parar de falar, e volta a olhar para o médico e prestar atenção no que ele dizia

Sento no banco novamente, vendo os dois indo para o quarto da Manoela. Passo minhas mãos em meu rosto, respirando fundo. Levanto e começo a andar de um lado para o outro, esperando Gizelly voltar do quarto. Acabo me sentando novamente pelo nervosismo.
Não sei quanto tempo fiquei ali esperando Gizelly mas parecia uma eternidade, vejo ela vindo em minha direção sorrindo. Solto minha respiração aliviada por vê-la sorrindo. Se aproximando de forma lenta ela se senta no banco ao meu lado, me olhando e sorrindo alegre.

- Ela ta bem, acho que estou lendo muita fanfic e acabei pensando que ela ia ficar em coma, perder a memória e...

- Não estamos em uma fanfic, Gizelly - falo dando um tapinha de leve em seu joelho e levantando - Será que ela quer me ver? 

- Entra lá, ela não vai te expulsar... a bichinha não consegue nem se mexer - reviro os olhos e saio de perto dela dando uma risada baixinha.

Caminho devagar pelo corredor do hospital, vendo cada detalhe daquele local. Paro em frente da porta branca do quarto, respiro fundo e abro devagar.
Entro e vejo ela deitada na cama, com os olhos fechados. Suspiro derrotada, resolvendo ir embora. Dou uma última olhada nela, que abre um dos olhos e fecha rapidamente, me fazendo rir baixinho.
Aproximo da cama, analisando ela melhor. Passo a mão em seu rosto e ela abre um olho, fazendo uma careta. 

- Mesmo que você tenha terminado comigo, eu precisava te ver - falo me sentando na poltrona ao lado da cama, tombo a cabeça e fico lhe encarando por alguns minutos 

- Vai pra casa, Rafa - sua voz sai franca e ela fecha os olhos. Estico meu braço, pegando sua mão com cuidado - Eu te amo, mas talvez sejamos como a flor de cerejeira - fala pausadamente, encarando o teto do quarto. Vejo uma lágrima deslizar pelo seu rosto e ela fechar os olhos com força - Como estrelas cadentes. Talvez tenhamos amado muito, e a chama foi tão brilhante que tivemos que esmaecer - mordo meu lábios tentando controlar as lágrimas que desciam pelo meu rosto, eu conhecia aquela frase. Entendia o que ela queria dizer - Beleza estrema, morte rápida...

- Mil beijos de garoto agora não, Manu... essa frase não se encaixa na gente. Eu não entendo o porque de você ter terminado comigo, estávamos tão bem e...

- Vai embora... por favor

- Não vou desistir da gente, não antes de saber o real motivo. Mas quero ser sua amiga, pelo menos... por enquanto.

- Não daria certo, professora - fala, soltando um sorrisinho quando diz a última palavra. Levanto, para olhar em seus olhos. Nossos olhos se encontram, ficamos em silêncio por alguns minutos, nosso contato visual é quebrado com ela fechando os olhos - Sabe que eu não resistiria a você, professora. 

- Você falando assim, faz eu não entender mais ainda o motivo do nosso término...

- É por isso que você precisa ir embora... por favor, Rafa.

Balanço a cabeça afirmando, mesmo sabendo que ela não estava vendo aquele movimento. Aproximo meu rosto do seu, deixando um demorado beijo em sua testa. Fixo meu olhar em seus lábios, não resistindo e colando nossos lábios por alguns segundos. Separo nosso contato, analisando os detalhes do seu rosto de perto pela última vez e saio, dizendo um até breve. 

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