ciúmes

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Aquele era um daqueles momentos em que você teria que tomar uma importante decisão. Ou você se esconderia e mudaria de empresa, de cidade, de país, até de nome, se possível, ou você chutaria o pau da barraca e assumiria tudo de uma vez.
Já que Steve continuava me agarrando, a opção fugir estava difícil, então teria que ir à da barraca mesmo.
Dei um longo suspiro e aquilo chamou a atenção dele.
- O que faremos agora? – ele suspirou e assentiu.
O que aquilo queria dizer?
Soltando-me, ele me virou para a platéia de curiosos, me segurando pelos ombros, achei que ele percebia que eu havia considerado a opção de fugir.
Rapaz esperto.
- Natasha é minha namorada Tony, então pare de incomodá-la, sim?
- Ah... – o amigo dele que estava tão chocado quanto o resto da sala murmurou e Steve continuou como se nada demais estivesse acontecendo.
- Vamos para a reunião, acredito que todos estão aqui. Vamos, Srta. Romanoff.
Sem tirar as mãos dos meus ombros, ele passou a me empurrar para frente. Sim, ele sabia que eu queria fugir e o infeliz queria que eu enfrentasse a vergonha até o fim.
Miserável!
Notei Hill no meu caminho. Ela erguia os dedões em sinal de positivo, ela também segurava o riso, vaca!
Passamos pela platéia chocada, a vaca da minha melhor amiga lá, então fomos até a cabeceira da mesa. Steve me indicou a cadeira atrás dele, local em que ficavam as secretarias e tomou o seu lugar.
Quando ele viu que ninguém se movia, ele deu um tapa na mesa fazendo todos pularem, inclusive eu.
- O show acabou, podemos começar a reunião?
Todos pigarrearam e passaram a correr pra ir para os seus lugares.
Meio robóticamente, abri o meu notebook. Não sabia como não o deixei cair... sei sim, era de propriedade da empresa, se quebrasse eu pagaria... Enfim, ele estava seguro, mesmo depois das fortes emoções. Devo ter me agarrado a ele tão forte quanto Steve me agarrou.
A reunião se seguiu normalmente, claro que houve alguns cochichos, que eram calados assim que Steve lhes dava um olhar mortal, mas olhadas nada discretas, dessas não fugi... Felizmente, fui esperta e coloquei o meu celular pra gravar a reunião, porque estava difícil me concentrar.
Assim que a reunião acabou, eu estava fora da sala, Steve olhou em minha direção, mas só acenei e me fui e como ele estava rodeado dos acionistas, não pode me seguir.
Claro que não fui muito longe, Hill me alcançou.
Como ela conseguia ser tão alta com aqueles saltos assassinos.
- Aonde você vai? – ela me agarrou pela gola da minha camisa, me mantendo no lugar, só olhei para trás irritada.
- Voltar para Rússia ! – ganhei um peteleco na testa. – Ai!
- Deixa de palhaçada, você devia estar exultante.
- De pagar mico?
- Bom, foi um mico, mas também ele te assumiu pra todo mundo, quer dizer que ele gosta muito de você. – isso me fez querer para de fugir.
- Você acha?
- Com certeza. – me desvencilhei dela e a olhei de frente.
- Eu tenho uma confissão a fazer.
- O que é? – olhei para os dois lados.
- Eu amo... Steve... – ela começou a dar um guincho e tampei a boca dela, calando-a.
Pior pessoa para contar um segredo, mas eu precisava desabafar ou eu iria explodir. Eu já quase confessei a Steve duas vezes.
Vendo que ela parecia mais controlada, eu tirei a mão da boca dela.
- Tudo bem? Está calma?
- Sim, sim... É sério isso?
- Muito! O que eu faço Hill? É muito cedo...
- Tem razão, espere um pouco mais, ou deixe-o falar primeiro.
Aquele era um bom plano.
- Gostei. Mas e se ele demorar muito? Eu já quase falei duas vezes.
- Não acho que ele vá demorar, ainda mais depois de hoje. – corei e ela riu. – O que deu naquele homem?
- Foi tudo culpa daquele idiota do Tony.
- Quem?
- O cara que estava com a gente quando entramos, ele estava insistindo em me convidar para sair, daí deu naquilo.
- Uh, Sr. Rogers é bem ciumento.
- Muito, ele me pegou completamente de surpresa.
- A todos nós, querida.
- Natasha. – ambas nos viramos ao ver Steve vindo em nossa direção, gemi e passei a correr, pude ouvir os passos dele me seguindo, mas só corri mais.
Imagine a cena, no meio da empresa, a secretaria correndo do chefe. Por que essas situações aconteciam sempre comigo?
Eu podia não ter corrido.
Mas entrei em pânico ao vê-lo.
Eu tinha mesmo um problema sério.
Vi que os elevadores não seriam de grande ajuda, então fui pelas escadas mesmo, porém o infeliz ainda me seguia.
Que merda!
- Natasha, pare.
- Não quero... – continuei descendo as escadas, malditos saltos e ele ainda atrás de mim.
- Vamos amor, eu não fiz por mal.
- Me fez passar vergonha.
- Eu sei, mas não pude me controlar.
- E nem me contou que Alexi era o cara do notebook.
- Droga... Amor, sinto muito.
- Eu vou embora. – resmunguei tentando ir mais rápido, mas já podia ouvi-lo cada vez mais perto.
Maldito homem de pernas enormes.
Eu já estava ofegando ali e ele parecia muito bem, ia pro próximo lance quando fui agarrada.
- Ah, te peguei.
- Me larga...
- Nunca! – parei de me mover e respirei fundo.
- OK, pode me soltar eu não vou correr.
- Não! Você vai ficar bem aqui até me prometer que nunca vai embora.
Olhei pra trás e o vi todo suado e sexy, eu queria lambê-lo...
Steve tinha razão, eu só pensava em sexo.
Mas a culpa, seria dele por ser tão gostoso.
- No que está pensando?
Pisquei ao ver que ele me olhava sorrindo.
Droga, era pra estarmos brigando e não fantasiando.
- Nada, me larga.
- Prometa primeiro.
- Sério, isso?
- Muito sério.
- Eu prometo! – resmunguei e ele me apertou mais contra o peito.
- Prometo o quê?
Miserável.
- Eu nunca vou embora, ta? Feliz agora?
- Não faz idéia. – ele me soltou, mas antes que eu me firmasse, eu estava contra a parede com ele colado a mim, me beijando.
Eu levei um minuto para entender o que estava acontecendo, até sentir a mão dele na minha bunda.
Ah, aquilo que estava acontecendo...
O abracei pelos ombros pulando em cima dele, beijando-o com vontade.
Minhas pernas estavam enroladas em volta dele e o senti começar a erguer a minha saia, o que era meio complicado com ele esfregando o pau em mim descaradamente.
Oh Deus, íamos transar nas escadas.
Isso!
Ele afastou a boca da minha, já ofegante e me olhou profundamente.
- Tem alguma camisinha no seu sutiã?
- Er... talvez...
Pior que tinha.
Steve começou a rir e voltou a me beijar enquanto apalpava os meus seios, lá nessa apalpação toda, ele achou a camisinha.
Entre beijos, toques e com um pouco de dificuldade, mas sem deixar de beijar, que era o mais importante, ele conseguiu colocar a camisinha, erguer a minha saia, empurrar a calcinha para o lado e me penetrar.
Ainda bem que ele me beijava, pois eu gritei.
Céus, era bom...
Não foi nosso melhor sexo, pois foi muito rápido e ainda bem, né? Porque alguém podia aparecer a qualquer momento.
Então, ele metia rápido e forte, ora me beijando, ora beijando a minha garganta, sem nunca deixar de me tocar. Já eu só conseguia me segurar nele, gemendo sem parar, porque foi rápido, mas ao mesmo tempo bom.
Pode não ter sido a melhor, mas foi intenso.
O pau dele entrando em mim, os sons que ambos fazíamos... aquelas mãos grandes em meus seios, beliscando os mamilos que ele deu um jeito de colocar pra fora da minha camisa, em algum momento, ele até chupou o meu mamilo, me fazendo ficar mais e mais perto da borda.
As investidas ficaram mais intensas, rápidas, fortes, profundas e eu já estava perdida no prazer quando ele tocou o meu clitóris, então, eu me perdi completamente.
E quando viemos estamos nos beijando, ainda bem, mais uma vez, porque nenhum de nós gemeu baixo.
Nossos corpos tremendo, agarrados um ao outro, ainda se recuperando.
Ainda ofegantes.
Aos poucos nos separamos ajeitando as roupas. Steve me olhava de esguelha enquanto embrulhava a camisinha usada em um lenço e a colocava no bolso.
Eu puxei a calcinha que estava toda torta e ajeitei a saia. Steve veio até mim e passou a arrumar a minha blusa.
- Desculpe.
- Por que me agarrou aqui? – ele riu.
- Não, eu sei que você gostou.
Ele já me conhecia tão bem.
- Então desculpe pelo quê?
- Por ter agido daquele jeito. Eu não sei o que me deu.
Suspirando o abracei.
- Tudo bem. Acho que entendo.
- Mesmo? – ele me agarrou contra o peito com força, beijando a minha testa.
- Mesmo.
- Não vai mais fugir de mim, não é? – ergui a cabeça e ele levou a mão a minha bochecha, acariciando-a com o polegar.
- Não, desculpe por isso também. – ele suspirou e encostou a testa na minha.
- O que vou fazer com você, Natasha?
Era uma pergunta retórica ou eu tinha que responder?
Antes que eu falasse, ele me soltou.
- Venha, precisamos falar sobre as minhas ações.
O que ele queria falar?
Ele agarrou a minha mão e voltou a descer as escadas.
- Não vamos de elevador?
- Nem pensar, depois da nossa brincadeirinha, se saíssemos por ali, com certeza, iria ter algum curioso.
Oh, verdade.
Que bom que ele era o esperto de nós.
Depois de descer mais três lances de escadas, fomos para o elevador.
A ida até a sala dele foi silenciosa, assim que entramos Steve nem me deixou chegar a minha mesa, já me levou para a sua sala e trancou a porta antes de ir para o sofá.
Ele se sentou e me puxou em seu colo.
- Bom, agora precisamos conversar.
- Sobre?
- Sua situação na empresa.
- A minha?
- Sim, talvez seja melhor te mudar de setor.
- Oh, não me quer mais como secretaria?
- Claro que quero, mas não quero que fique desconfortável. Talvez se sentisse melhor em outro setor, no qual não houvesse tanta fofoca.
Bobinho, onde quer que eu fosse haveria. Agora que ele soltou a bomba, não haveria lugar para se esconder, tudo estava em ruínas.
- Não, melhor ficar onde estou.
- E a sua amiga, a Diretora Maria Hill?
- Deus me livre!
- Ela não é a sua melhor amiga?
- Sim, mas ela também é o mal encarnado.
- Como?
- Deixa eu te contar de uma fase triste e tenebrosa da minha vida. – comecei dramaticamente e ele riu.
- Ok.
- Então, quando eu vim pra cá, eu não sabia fazer nada. Sério mesmo, era um peixe fora d'agua. Então com as minhas parcas economias, aluguei o meu pequeno e humilde apartamento. Passei a procurar trabalho, primeiro garçonete, não fiquei nenhum dia, mas aí, eu fui a uma agência e comecei a trabalhar como temporária.
- E veio pra cá?
- Antes fosse... Eu fiz muita, muita coisa antes. Telemarketing, passeadora de cães, faxineira, às vezes, cobria férias, foi uma época bem difícil até eu conseguir o meu primeiro trabalho aqui.
- Com o Bruce?
- Não, ele foi o meu terceiro chefe.
- Sério?
- Sim, aconteceram alguns imprevistos e eu era trocada de departamento.
- Que tipo de imprevistos?
- Bem, primeiro fui trabalhar com Rosie, uh, a Diretora Hill, o trabalho era fácil, e os outros funcionários me ajudaram muito. Eu gostava, até eu perceber por que ninguém conversava, ou nem ia ao banheiro, todos têm medo de Hill.
- Medo do quê?
- Ela é DUMAL. Te dá uns olhares e diz, tipo, vai realmente ao banheiro, aproveita e já vai pra casa porque não quero um funcionário inútil como você aqui.
- Céus!
- Sim, ela disse isso pra mim.
- Agora entendo porque o setor dela é o mais eficiente.
- Sim, ele é gerido pelo medo.
- Acho que devo fazer algo.
- Não adianta. Eu tentei começar um motim contra ela, dizendo que nós funcionários íamos ao sindicato, ou direto ao patrão, mas quem me expulsou foi os próprios funcionários.
- Mas... eles gostam disso?
- Eu sei lá. Bem, Hill e eu ficamos amigas depois disso, ela disse que gostava da minha coragem e que eu não era como os frouxos que trabalhavam pra ela.
- Aí ela te quis de volta?
- Não, ela reforçou que eu estava demitida, por ir contra ela e me convidou pra almoçar. – Steve riu.
- Pra quem mais trabalhou?
- Para Samuel Wilson.
- Trabalhou com Sam? Sei que as funcionárias o adoram. Por que não deu certo?
- Bem, ele é legal, mas ele ficava paquerando as meninas o tempo todo e estava me irritando ser um pedaço de carne. E olha que ele é gostoso, mas é um galinha também... – vi que Steve fechou a cara.
- Ele te tocou inapropriadamente.
- Não vou te contar nada.
- Por quê?
- Porque você é ciumento e doido. Deixa-me continuar a história.
- Ok.
- Então, aí eu comecei outro motim, dizendo que nos mulheres não éramos um pedaço de carne. Se não fossemos tratadas com respeito, eu ia ao sindicato e direto ao chefe pra tomar uma providência.
- E o que houve?
- Mais uma vez eu fui expulsa da sessão pelas funcionárias. Eu percebi depois que o Sr. Wilson pode flertar, mas ele nunca saiu com nenhuma delas e elas tinham esperança que ele saísse um dia.
- Nossa! E como voltou pra cá? Por que contrataram uma agitadora como você de novo?
- Acredito que pra eu não causar problemas.
- Faz sentido. Ah, Sam não foi atrás de você. Ele nem se lembra de você. Pois ele nunca comentou esse fato.
- Na verdade, foi meio que um acordo entre nós, ele calava a boca dele e eu a minha.
- Certo. Então como aguentou Bruce, sua agitadora. – me cutucou do lado me fazendo rir.
- Uh, foi culpa de Hill, na verdade, ela insistiu que eu tinha que parar com os motins, porque trabalhar aqui era bom e eu não ia conseguir outro trabalho em uma empresa assim.
- Ainda bem, ou eu não a teria conhecido.
- Verdade.
- Então creio que é melhor você ficar aqui mesmo.
- Também acho! Aqui quase não tenho contato com os outros empregados, aí fujo das fofocas.
- Ok, se está bem com isso.
- Estou, acredite.
- Tudo bem. O que eu tenho marcado pra essa tarde, você se lembra?
- UH... – me levantei do colo dele e ia pegar o meu note quando me lembrei. – Merda.
- O que foi?
- Esqueci o meu notebook na sala de reuniões.
- Não tem problema, eu olho no meu email.
- Não, eu preciso dele.
- Por quê? Tem algo importante nele?
- Não, nada.
- Então por quê?
- Porque é propriedade da empresa, se quebrar ou eu perder, eu pago. – Steve riu.
- Natasha eu não vou te cobrar pelo notebook.
- A empresa vai.
- Eu sou o dono da empresa.
- Prefiro não me arriscar. Vou lá. – dei um beijo estalado nele e corri para o elevador.
Felizmente estava vazio e não esbarrei em ninguém que tinha estado na reunião. A fofoca ainda não tinha se espalhado, ou se tinha, não sabiam que exatamente eu seria a namorada.
O que era bom...
Ao chegar à sala, suspirei de alívio ao ver o bendito notebook na minha cadeira.
O peguei, o abraçando contra o peito e fui embora.
Na hora que ia sair da sala, vi dois homens não muito longe, não dava para ver direito quem era, mas eram mais velhos, merda, devia ser os diretores de mais cedo e estavam vindo em minha direção.
Olhei em volta e corri para fundo da sala, me escondendo atrás das fileiras de cadeiras que ficavam as secretarias.
Ouvi as portas se abrindo e os homens entrarem. Felizmente, eles ficaram perto da porta enquanto falavam.
- O que vai fazer?
- Vou ter que alterar o plano.
- Sim, ele não vai ter mais interesse na sua filha, viu como ele agiu na reunião?
- Sim, tão diferente dele, ele deve gostar mesmo dela.
- Que inferno, depois te tanto trabalho, essa menina aparece e estraga tudo.
- Teria sido mais fácil se ele tivesse morrido com os pais.
- Sim, planejei tudo aquilo para nada. Maldita hora em que Steve ficou doente e não entrou no carro. – tampei a boca para esconder o meu ofego.
Quem diabos eram aqueles homens?
- E agora? Precisa agir rápido. E se ele resolver casar.
- Não, isso não. Já que a minha filha está fora, preciso me livrar do Rogers. Vamos voltar para o plano original.
- Não será fácil.
- Foi fácil no passado.
- Verdade. Mas fará do mesmo jeito?
- Acredito que sim. Será bem poético matá-lo como matei os pais dele. – outro homem riu e me arrepiei toda.
Puta merda.
Não foi um acidente.
Mas por que a voz daqueles homens era familiar? Na verdade, aquilo nem era estranho, eles com certeza trabalhavam para a empresa.
Mas quem seria?
E Steve estava em perigo.
Tentei me levantar um pouquinho pra ver quem era, mas o telefone de um deles tocou e eles começaram a sair. Mais uma vez tentei, mas só ouvi uma risada, a voz do homem e ao ouvir as palavras dele, eu gelei.
- Sim Yelena, papai te ama.
Aí meu Deus do céu!
 
Pov. Steve
Mal Natasha tinha saído e houve uma batida na porta, murmurei um entre, e assim que Sam entrou, eu sorri.
- Aí o homem que eu queria ver.
- Queria me ver?
- Com certeza.
- Por quê? Achei que queria falar sobre o que aconteceu, mas parece ser outra coisa.
- Ah, sim é.
- Diga então.
Ele se sentou na cadeira em frente a minha mesa e sorri.
- Então, estava conversando com Natasha, sabia que ela já trabalhou aqui antes de ser minha secretaria?
- Claro, com o Bruce, você a roubou dele.
- Isso, mas ela trabalhou com mais alguém além do Bruce.
Sam se sentou mais ereto.
- Ah é...
- Sim, você sabe com quem?
- Ah... Hill, ela trabalhou com Hill.
- Sim, mas teve mais alguém?
- Teve? Eu não me lembro.
- Sam...
- OK, ela trabalhou pra mim.
- Por que não me contou?
- É que tínhamos um acordo, ela não contava da minha mania de flertes e eu não espalhava que ela era a louca dos motins.
Fiz uma careta, mas ele meio que estava certo.
- Eu só quero saber uma coisa.
- O quê?
- Você flertou com ela?
- UH?
- Flertou?
- Steve, isso é passado, foi há muito, muito tempo.
- Tocou nela inapropriadamente. – ele se levantou da cadeira ajeitando a gravata e dando um passo para trás.
- Sabe, essa é uma pergunta interessante, tão interessante que eu nem sei por onde começar...
- Sam... – dei um passo na sua direção e ele deu dois pra longe de mim.
- Sejamos racionais, você é o chefe, tem que tomar cuidado com as suas ações...
- Eu vou te matar.
Grunhi e ele gemeu antes de correr.
E pela segunda vez no dia, me vi correndo atrás de alguém pelas escadas do prédio, claro que ao contrário da última vez, a minha intenção era matar o infeliz.
- Foi só de brincadeira, Steve.
- Quando eu te pegar, estará morto!
- Eu nem lembro mais como foi.
- Pare de correr infeliz.
- Steve, pense com clareza.
Clareza, eu nunca mais tive clareza depois de conhecer Natasha e tinha certeza que ia continuar piorando, porque tudo o que envolvia aquela menina tirava a sanidade de um homem.
E a minha já foi faz tempo!

Steve ciumento ?
Natasha surtando ? Hahaha

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