chefinho

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POV. NATASHA

Gemi deitando a cabeça na mesa. Que semana absurdamente longaaaa.
Reuniões, almoços e mais reuniões, alguns cafés errados, enfim, estou cansada.
Felizmente era sexta feira. Eu ia passar o meu fim de semana vegetando, mas vegetando de uma maneira tão profunda que viraria um legume.
Uma cenoura talvez.
- Srta. Romanoff ? – ergui a cabeça vendo o Sr. Rogers me dando um olhar estranho.
- Chefinho... – sorri abertamente e ele suspirou.
Ele havia ido a um almoço sem mim, não tinha gostado nada daquilo. Mas ele havia dito que era um almoço de negócios e eu não era necessária.
- Vou verificar o meu email. Não me interrompa, por favor.
- Certo chefinho. – ele abriu a boca para falar e apoiei os cotovelos na mesa segurando meu rosto enquanto o observava, ele parou de falar e pigarreou.
- Me traga um café, por favor.
Ele falou por fim, indo em seguida para a sua sala.
Fui rapidamente pegar o café, ao entrar na sua sala, ele nem sequer me olhou, com um suspiro deixei o café e saí.
Havia acabado de me sentar quando vi a loira entrando, tipo que loira Alta, bonita e matadora.
Uma versão loira de Hill.
Toda turbinada.
Arrazou!
Ela já estava indo diretamente para a sala de Steve quando rapidamente me levantei, hora de finalmente usar meus poderes de secretaria.
- Epa, epa, epa, onde a moça pensa que vai? - fui já pronta pra pular nela se fosse preciso.
Mesmo ela sendo uns bons 30 cm mais alta do que eu, acho que podia dar conta, posso ser baixa mas sei lutar.
Sujo, mas sei.
Ela parou com a mão na maçaneta, se virando pra mim arqueou uma sobrancelha castanha, perfeita, diga-se de passagem.
Será que ela me passava o número da esteticista dela?
- É comigo? – ela parou me olhando com uma sobrancelha arqueada e sorri.
- Sim, eu sou a secretaria do Sr. Rogers, você tem hora marcada? – ela bufou jogando os cabelos.
E juro, foi uma cena de comercial, pareceu até que rolou em câmera lenta ali.
- Não querida, mas acredite, ele vai me receber.
- Ok. Qual o seu nome?
- Não sabe quem eu sou?
- Não.
Ela suspirou e fez uma pose meio estranha, colocando a mão no queixo e a outra nos quadris.
- E agora?
- Não...
Grunhindo, ela jogou o cabelo pra trás e fez outra pose esquisita.
O que havia de errado com aquela mulher?
- Escute moça, eu não sei quem você é, ou de onde veio, mas não pode entrar sem hora marcada.
Ela bufou.
- Cadê Wanda?
- Licença maternidade. E eu sou a secretaria do Sr. Rogers, agora e não pode ir entrando assim.
Ela se afastou da porta e se virou totalmente para mim e me avaliou dos pés a cabeça em seguida sorriu.
- Perdoe-me querida. É que estou acostumada com Wanda. Ela já sabe que Steve e eu somos grandes amigos.
- Uh?
Amigos?
- Entendo.
Não estava entendendo nada.
De que planeta aquela mulher veio?
- Escute querida, eu não vou demorar só vim trazer celular dele, pois o esqueceu no restaurante.
Restaurante?
- Almoçaram juntos?
Aquele cachorro.
Ela sorriu arqueando a sua perfeita sobrancelha idiota.
- Sim, algo errado?
- Não. Eu vou te anunciar para o Sr. Rogers.
- Não precisa querida, ele já está acostumado comigo só entrando, certo?
Ela me olhou mais uma vez e sorriu, em seguida entrou.
Bufando voltei para a minha mesa.
Então aquilo era o seu "almoço de negócios".
Isso não era bom!
Nada bom!
Ter uma concorrência, às vezes era normal, mas como eu podia encarar aquilo.
Voltei a deitar a cabeça na mesa com um suspiro.
Meus sonhos acabaram de descer pelo ralo da desilusão.
Era que nem ganhar um balde de água fria bem no meio da cara.
Poucos minutos depois, a Srta. Loira poderosa saiu, ergui a cabeça e ela sorriu para mim.
- Foi um prazer conhecê-la Srta...
- Romanoff.
- Certo. Srta. Romanoff. Eu sou Sharon a propósito. Espero te ver mais vezes querida. Muitas vezes. – ela piscou e franzi o cenho.
O que ela queria dizer?
Era uma ameaça?
Ou ela realmente queria me ver?
- Srta. Romanoff ? – olhei para Steve e estreitei os olhos.
- O que é? – Ele arqueou uma sobrancelha e arqueei a minha também.
- Por que eu estou com a sensação de que fiz algo errado?
- O Sr. não fez nada. O que deseja? – ele suspirou passando uma mão pelo seu cabelo levemente bagunçado.
Sim, eu disse levemente bagunçado.
E extremamente, extremamente sexy.
- Tem certeza que está tudo bem?
- Sim Sr. Rogers.
- Então vamos. Tenho uma reunião.
- Certo. Vou pegar minhas as coisas Sr. Rogers.
Ele assentiu parecendo incomodado, mas nem ligo, ele que vá se consolar com a loira poderosa.
Nem ligo!
Não ligo!
Não ligo!
NÃO LIGO!
Peguei as minhas coisas e fui em direção ao elevador, ouvi os passos dele atrás de mim, mas continuei o ignorando.
Eu estava seriamente pensando em desistir do Sr. Rogers , doía, mas era para o bem. Eu nunca teria uma chance contra aquela loira turbinada.
Sendo baixinha e ruiva, tão, mais tão sem graça...
Muito injusto aquilo...
Injusto!
Injusto!
INJUSTO!
Entramos no elevador e entrou algumas pessoas, cumprimentaram o Sr. Rogers  e me ignoraram. Ótimo! Estava me sentindo a temporária de novo.
Os homens que entraram saíram, deixando eu e o Sr. Rogers sozinhos, mais uma vez. Abracei-me ao meu notebook, me apertando em um canto. Onde diabos era aquela reunião…
Saltei quando o Sr. Rogers foi até o botão de pare e o socou.
- Sr. Rogers? – ele grunhiu.
- Agora sei que há algo de errado. O que houve Srta. Romanoff?
- Nada Sr. Rogers… - ele rosnou socando a parede parecendo bem irritado e muito sexy.
Jesus..
Que calor que subiu de repente.
Muito calor.
Ele começou a se aproximar de mim até me encurralar no meu cantinho, agarrei-me mais ao notebook contra o peito.
- O... o que está fazendo?
- O que tem de errado com você? Está estranha.
- Estranha? Estranha? Estou perfeitamente normal Sr. Rogers.
- Aí, de novo!
- O quê?
- Você nunca me chama de Sr. Rogers .
Ah, aquilo...
Era que ele não era mais o meu chefinho.
Abaixei os olhos, evitando os seus lindos, sexies e tentadores olhos verdes.
- Eu ainda não sei do que está falando Sr. Rogers.
- Sr. Rogers, Sr. Rogers, Sr. Rogers, por que me chama assim, caramba?
- É o seu nome oxê, Sr. Rogers.
Resmunguei e ele grunhiu.
- Até mais cedo, você não me chamava assim.
- Ah, eu não posso mais te chamar assim.
- Por quê? Eu já me acostumei.
Queria sorrir e pular nos braços dele, meu chefinho... Mas imediatamente a imagem da loira veio a minha mente.
- Não me importa! Você é o Sr. Rogers a partir de agora. Se quiser ser chamado de chefinho, pede pra sua loira toda turbinada. Aposto que ela vai adorar ficar, "chefinho, chefinho, chefinho", enquanto faz poses estranhas e vocês almoçam todos felizes juntinhos.
Ele sorriu e quis bater com o notebook na cabeça dele.
- Você acha engraçado? Acha? Acha?
- Sim muito, você irritada é fofa.
- Fofa?
- Sim, como uma gatinha pronta pra me arranhar. Vai me arranhar, Srta. Romanoff?
- Não... – ele ainda era o chefe, mesmo eu querendo.
Ele suspirou e se afastou ajeitando a gravata.
- Não se preocupe com Sharon, Srta. Romanoff, ela é uma amiga antiga, não há nada entre nós.
- Disse que ia pra um "almoço de negócios".
- Eram negócios.
- Sei. – virei de costas pra ele, não querendo ser tentada por sua gostosura toda.
Era tão injusto.
- Natasha... Nat, eu falo sério, não há nada entre mim e Sharon, sim? – virei-me pra ele arqueando uma sobrancelha.
- Realmente?
- Realmente.
- Então, por que mentiu?
- Eu não menti.
- Disse que tinha um "almoço de negócios".
- Por que você fica fazendo aspas, quando diz, almoço de negócios?
- Porque é um almoço falso, confesse, vocês foram pra um motel, né?
- Motel?
- Ok, Sr. Rico e poderoso, um hotel cinco estrelas da perversão.
Ele começou a rir.
- Eu nunca tinha ouvido chamarem um hotel assim.
- Eu não vejo graça.
- Desculpe, desculpe, mas realmente era um almoço de negócios Srta... Nat.
- Mesmo?
- Mesmo. Não há nada entre mim e Sharon. Está bem?
- Ok. – ele assentiu e começou a ir para o botão de pare, mas em seguida se virou pra mim.
- Estamos entendidos Srta. Romanoff?
- Sim, chefinho. – ele assentiu e apertou o botão do elevador olhando para mim o tempo todo.
Assim que o elevador voltou a andar, me aproximei dele ficando bem pertinho.
Ele me olhou de canto de olho e bati meus quadris no dele.
- Então chefinho, você gosta quando te chamo assim? – ele pigarreou ajeitando mais uma vez a sua gravata.
- Não é que eu goste, eu só me acostumei com isso. – murmurou evitando os meus olhos e mordi o lábio para não sorrir.
- Sim, eu também gosto.
As portas se abriram e ele saiu.
Corri atrás dele pra quase tromba nele quando ele parou de repente.
- Ah, eu me esqueci, você tem algum compromisso sábado à noite?
Ai meu Deus!
Era esse o momento pelo qual eu esperei. Finalmente estava acontecendo.
- Estou completamente livre. Super livre, livre, leve e solta.
- Isso é bom Srta. Romanoff, temos uma festa para ir sábado.
- Um encontro?
- Não, uma festa de negócios.
- Então é tipo um encontro?
- Não, é realmente uma festa de negócios.
- Nada a ver com encontro?
- Nada a ver.
- Tem certeza?
- Sim, eu tenho.
Que inferno!
- Então, por que perguntou se eu estava livre? Era só avisar que teríamos um jantar de negócios.
- Bem, eu quis lhe dar a opção de sair, se tivesse um compromisso, não iria obrigá-la a ir.
- Outras secretarias vão?
- É claro.
- Então, faz parte do trabalho, não tem como fugir. – ele franziu o cenho e suspirei.
Ele era tão estranho, às vezes.
- Vamos Sr. Rogers. – ele abriu a boca, mas viu as pessoas em volta e sorriu.
- Vamos Srta. Romanoff.
[...]
- Eu não entendi, ele gosta de você ou não?
- Eu também não, mas quanto à loira, ele deu muita certeza que é só uma amiga.
- Isso eu entendi, mas então quer dizer que ele gosta de você, já que ele quis dar a certeza de que não tinha nada com ela?
Sim, eu também queria pensar assim.
Meu pobre coraçãozinho queria ser esperançoso.
- Eu não sei Hill, talvez ele só não quisesse que ficasse um clima estranho entre nós. – dei de ombros me olhando no espelho.
Não gostei desse também.
Já estávamos à meia hora tentando escolher um vestido descente para a festa hoje à noite. Como eu nunca fora convidada nos meus tempos de temporária pra esse tipo de festa, nem sabia o que tinha que usar. Hill  que devia estar me ajudando, estava mais interessada em descobrir o que o chefinho sentia por mim.
Pena?
Dó?
Tesão?
Eu esperava que o último.
Mas se o primeiro e o segundo levassem ao último, por mim, estava valendo.
- Sabe pelo que você disse, ele agiu muito como um namorado.
Parei de colocar o vestido vermelho.
- Sério?
- Sério. Quero dizer, ele não tem porque se explicar pra você, ou ficar incomodado por você não chamá-lo mais de... – ela riu baixinho. – Chefinho.
- Hey não conte a ninguém que eu o chamo assim. É uma coisa entre nós dois.
Infelizmente, eu havia deixado escapar aquele maldito "chefinho" para Hill, e, tinha medo do que aquela boca grande faria.
- Eu não vou dizer.
- É bom, ou vou contar pro seu cruch que você secretamente o vê como uma mistura de Conan, o bárbaro com ursinho Puff. – ela ofegou.
- Vaca!
Sorrindo, voltei ao vestido vermelho, eu me olhei no espelho, uh até que era bonito. Ele ia até o meu joelho, bem colado, a parte de cima tinha um decote arredondado e de alças finas, me virei de costas e sorri, muito mais decotado, dava uma boa visão das minhas costas. Gostei.
- O que acha?
- Perfeito.
- Me empresta o seu salto preto?
- Claro. A gente se arruma em casa e vamos de táxi.
- Ok. Ah e sobre Steve, eu resolvi não desistir.
- E a loira  poderosa?
- Bem, ele disse que é só amiga e com muito ênfase no amiga, então eu vou com tudo para cima do meu chefinho. – ela riu alto e ri também.
Eu não ia desistir do meu sonho.
Nem pensar.
Comprei o vestido, ou seja, Hill comprou pra mim e assim que recebesse o meu salário de secretaria, eu a pagaria de volta.
- Parcelou em muitas vezes, né? – ela riu.
- Sim, em umas seis. Mas disse que pagava pra você.
- Não, eu sou uma adulta que mora só, não pode ficar pagando as coisas pra mim.
- Se fosse o Steve que pagasse?
- Aí seria diferente, ele é rico.
- E eu sou pobre por acaso?
- Não, mas tá na média. – ela abriu a boca, em seguida a fechou assentindo.
Aproveitamos para almoçar e olhar mais algumas lojas, depois, nós fomos para a casa dela nos arrumar.
Tomei um banho e enquanto Hill tomava o dela, me vesti.
Estava decidindo o que fazer com o meu cabelo quando ela saiu do banho só de toalha.
- Vai deixar solto ou preso?
- Não sei. Talvez um coque chique, sabe fazer isso? Se não deixo solto.
- Como o seu vestido tem esse decote grande atrás, acho que deixar o seu cabelo solto e bem liso, ficará mais bonito.
- Ok, então.
Passamos a próximas duas horas arrumando o cabelo e a maquiagem, ao terminar, eu estava tão bonita que podia até enfrentar a loira.
Estava turbinada também.
Fui me olhar no espelho, estava toda satisfeita...
- Hill, uma secretaria pode ir assim?
- UH? Honestamente, eu nunca reparei.
Merda.
E se eu tivesse exagerado?
- Eu acho que você está linda.
- Obrigada. Mas ainda assim... – a minha frase foi cortada pelo meu celular tocando, corri ao atender e sorri ao ver o nome dele, "chefinho".
- Alou...
- Srta. Romanoff
- Sr. Rogers.
- Isso de novo?
- Sabe, eu estava pensando, agora que você admitiu que gosta de ser chamado de chefinho...
- Eu não admiti nada, só disse que não me incomodava muito. – ele me interrompeu todo bravo e ri.
- Que seja, eu quero que você me chame pelo meu nome.
- Como?
- Quando estivermos a sós, é claro.
- Eu não sei se é uma boa idéia, Srta. Romanoff
- Tudo bem Sr. Rogers, como quiser. – resmunguei e o ouvi suspirar.
- Vá com calma comigo... Natasha. – tive que conter meu gritinho de felicidade.
- Vou tentar chefinho.
- Enfim, você já está pronta, vou buscá-la, estou perto de sua casa...
- Ah, eu não estou em casa.
Que merda!
Podia ter ido com ele.
- Está onde?
- Na casa da minha amiga, Maria Hill.
- Tudo bem, estou indo para aí, me passe o endereço.
- Sério?
- Algum problema? Não quer?
- Quero, quero sim. – me apresei em dizer e o ouvi rir.
- Bom, estarei aí em poucos minutos. – ditei o endereço rapidamente para ele, mal contendo a minha alegria.
- O que houve?
- Steve  está vindo me buscar.
- Ai meu Deus!
- O quê?
- Ele nunca levou Wanda. Ela sempre chegava antes dele.
- Eita, eu devia ter chegado antes?
- Não, é que Wanda era toda certinha, ela gostava de estar sempre a postos para o Sr. Rogers.
- Entendo. Então é uma coisa boa que ele vá me levar, né?
- Ótima.
- Quer vir com a gente, e...
- E ficar de vela? Tá louca? Vou ligar pro Conan, o bárbaro. – começamos a rir como duas gralhas.
Meu celular vibrou com uma mensagem.
Ele estava lá.
Respirei fundo.
Concentra.
Mentaliza.
E vai com tudo.
- Ok, vou lá.
- Vai amiga, mas antes vou te dizer algo muito importante.
- O quê?
- Agarre-o no carro.
- Hein?
- Ele já tá no papo Nat, não o deixe fugir, hein?
- Ok, ok, você tem razão. Eu posso fazer aquele homem ser só meu.
- Isso aí!
Demos um toca aqui e fui para baixo.
Ao chegar à rua, olhei em volta e vi um carro preto bonitão, não fazia idéia que tipo de carro era, mas não era o da última vez, a porta de trás se abriu e Steve  saiu, todo malditamente sexy de smooking, aquele homem devia ser proibido de usar aquele tipo de roupa.
Queria me ajoelhar e idolatrar aquela perfeição de homem.
- Srta. Romanoff, está linda.
- Ah, é... o senhor também. – ele sorriu e me estendeu a mão, rapidamente fui até ele e juntos fomos para o carro.
Havia um rapaz no banco do motorista e me inclinei para Steve.
- Você tem um motorista? – falei baixo e ele se inclinou em minha direção sussurrando.
- Tenho, seu nome é Matt.
- Não quer dirigir hoje?
- Às vezes acabo bebendo nesses jantares e prefiro não dirigir.
- Entendi. – comecei a me afastar, mas ele me segurou me mantendo perto.
- Eu disse que não era um encontro, mas ainda assim, por que está tão linda? – corei um pouco.
- Fiz mal?
- Não, fez muito bem. – ele começou a se afastar, mas fui eu quem o segurou dessa vez, ele arqueou aquela sua sexy sobrancelha.
- Sabe, você está estranho hoje.
- Estou? E isso é ruim?
- Não, mas me dá esperanças, está pensando em aceitar aquela proposta afinal?
- Ah, a proposta... Confesso que ultimamente ela tem me atraído bastante.
Fala sério!
- Mesmo? – ele riu, com certeza da minha expressão de choque.
- Sim, Srta. Romanoff, ultimamente a sua proposta está se tornando cada vez mais tentadora.
Ai meu Deus!
- Chegamos Sr. Rogers. – o motorista falou e nos afastamos rapidamente, meio que havia me esquecido do cara dirigindo o carro e pela expressão de Steve, ele também.
- Ah sim, obrigado Matt.
O motorista saiu e veio abrir a minha porta.
Era isso, ele estava se rendendo a mim.
Eu tinha que agarrar aquela oportunidade, não podia deixá-la escapar, eu tenho...
- Senhorita? – ele chamou quando não saí e o olhei.
- Espera um pouquinho aí. – puxei a porta de volta me trancando de volta no carro com ele.
-Natasha ?– me virei para ele e fui pra cima dele. Steve se afastou até estar com as costas coladas na porta. – O que...
Estava praticamente em cima dele e agarrei o seu rosto.
- Você não pode voltar atrás.
- Uh?
- Eu fiz uma oferta e você aceitou.
- Eu só disse que estava pensando no assunto. – murmurou de olhos muito abertos e sorri.
- Ah, entendo. Então, eu acho que devo te mostrar as vantagens de concluir esse negócio.
- Como?
Sorrindo, pressionei os meus lábios nos dele com vontade, beijando a sua boca sexy, ele grunhiu contra os meus lábios, o som indo direto pra minha buceta.
Sua boca se abriu para minha e assim que sua língua ... muito habilidosa devo dizer ... estava na minha boca os seus braços vieram me agarrar.
Meu corpo se colou ao dele, enquanto a sua boca dominava a minha de uma maneira, meu senhor, que estava me deixando sem fôlego.
Pude sentir a sua animação contra a minha virilha e gemi me esfregando nele descaradamente, querendo nada mais que arrancar as minhas roupas e pular nele.
Mas aquele não era o momento, aquele era o momento de convencê-lo de que eu era perfeita para ele. Que podia cuidar das suas necessidades.
Então com muito esforço, sério muito, foi um esforço digno de Hercules, eu afastei as nossas bocas, ele me encarou ofegante, mas com jeitinho, me afastei dele. Ele começou a se sentar e se ajeitar passando as mãos pelos cabelos, eu aproveitei a sua distração pra abrir as suas calças, ele congelou me olhando.
- O que está fazendo?
- Mostrando as vantagens da minha proposta.
- Srta. Romanoff... – engasgou quando apertei o pau dele sobre a cueca.
- Sim, Sr. Rogers? – o massageei o sentindo crescer cada vez mais na minha mão.
- Eu não acho... quer dizer...
O ignorando, tirei o pau dele para fora da cueca e gemi.
Eita, que era grande, grosso e bonito.
Mas também, tinha que ser, né?
Sorrindo me inclinei beijando a ponta e o vi ofegando.
- Srta. Romanoff ... – ergui a cabeça para olhá-lo.
- Seu pau está em minha boca, podia me chamar pelo nome, né?
- Natasha ... – começou e sorri.
- Melhor, chefinho... – pisquei antes de partir pro ataque.
E vou dizer, eu realmente parti pra cima... Bem, ao contrário do que pareça, eu era muito boa naquilo, afinal, quando se morava em um fim do mundo como no interior da Rússia , as únicas coisas a fazer, eram trabalhar e namorar... E eu namorei muito.
Ok, não muito, poucos viram a minha pepeka por assim dizer, mas tirando a parte da penetração, eu fiz um pouco de tudo.
Então com muita confiança, eu o tomei na boca o engolindo quase todo, afinal ele era muito grande, o ouvi engasgar e quando olhei para cima, ele me encarava com a boca aberta.
Rodeei a língua com ele ainda na minha boca, o sentindo no fundo da minha garganta, tirei a boca, só para engoli-lo de novo, mais um pouco, dessa vez.
- Puta merda...
Eita que aquilo foi sexy.
Agarrei a base do pau dele, o massageando enquanto chupava a ponta, ele ofegava me olhando.
Ainda o massageando e dando beijos em seu pau, além de pequenas lambidas, passei a falar.
- Hoje não, porque vai estragar o meu penteado, mas na próxima vez, você pode agarrar o meu cabelo e puxar, ok?
- Ok. – ele gemeu a me ver passando a língua por todo o seu cumprimento.
- Você pode agarrar o meu cabelo e fuder a minha boca com vontade.
- Jesus...
Sorrindo, levei a minha mão a suas bolas, as massageando, enquanto voltava a engoli-lo inteiro, ao senti-lo estremecer, praguejar e murmurar algo, imagino que tentando me avisar que viria, mas não me importei, só o engoli mais já pronta para a sua porra.
E quando ela veio, foi abundante.
Quando ele terminou me sentei e agarrei a minha bolsa, peguei um lenço para limpar os meus lábios e retoquei o meu batom.
Ao me virar para ele, Steve arrumava as calças me encarando, sorri.
- Então ainda não quer fechar o negócio?
- Eu... uh preciso pensar. – suspirei.
- É justo.
Afinal, ele estava ainda na onda pós-orgasmo, não estava coerente. Pobrezinho.
Comecei a abrir a porta, mas ele me parou.
- Eu uh... quais os termos da sua proposta mesmo? – sorrindo me voltei para ele e voltei a quase deitar em cima dele, a minha boca colada em seu ouvido.
- Ser sua escrava do sexo e aproveitar toda a sua gostosura. – ao me afastar, ele segurou o meu pulso.
- Só quer isso?
- O que mais posso querer?
- Casamento? – fiz uma careta.
- Eu não pretendo me casar. Nunca!
- Oh.
- Vamos, Sr. Rogers.
- Ah, claro Srta. Romanoff.
Abri a porta e saí. O rapaz, o motorista estava um pouco longe, ainda bem, veio correndo e me ajudou a sair do carro.
- Obrigada.
Ele assentiu.
Steve saiu, já colocando a mão em minhas costas, passou a me guiar para o elevador, só agora notei que estávamos em um estacionamento.
Ainda bem, hein?
Olhei rapidamente para o carro e mais uma vez suspirei aliviada, os vidros eram fumê, ninguém nos viu.
Essas eram as coisas que eu tinha que ter reparado antes, né?
Ele me guiou até o elevador, mas como havia outras pessoas, nem nos falamos. Quando as portas se abriram, foi diretamente em um enorme salão de festa, mas daquelas festas classudas sabe? Tipo, todos bebiam champanhe bem vestidos, com uma música suave ao fundo.
Super chique.
Steve  me guiou para fora do elevador, começamos a andar e ele cumprimentava várias pessoas, paramos em uma roda com alguns homens e todos bebiam.
- Quer que eu pegue algo para beber, Sr. Rogers?
- Uh claro, um uísque com gelo. – assenti e fui atrás do bar.
Ao achar, esperei o barman desocupar, era um rapaz bonitão moreno, ele serviu algumas bebidas e veio até mim.
- Olá.
- Uh, oi, quero um uísque com gelo e um martini.
- É pra já.
Enquanto ele fazia o meu Martini, observei o ambiente, chato demais e ainda não havia visto Hill. Talvez ela estivesse dando uns amassos no Conan, o bárbaro, ri de mim mesma, só pro meu sorriso morrer quando vi a loira  poderosa.
O que aquela infeliz faz aqui?
Vi-a indo para onde Steve estava. Ao vê-la, ele a cumprimentou alegremente, em seguida, ela cumprimentou os outros homens.
Virei-me de cara feia pro barman.
- Algo errado querida? – suspirei.
- Minha rival acabou de chegar e ela é toda poderosa. – ele riu.
- Quem é ela?
- Aquela loira turbinada ali. – ele se inclinou para olhar e depois olhou pra mim.
- É, ela é bonita, mas você também.
- Mas não sou turbinada.
Ele me deu um olhar avaliativo.
- Eu não te trocaria pela a loira.
- Sério?
Será que eu podia ter esperanças?
- Então você veio acompanhada? – ele começou a erguer a mão em minha direção, mas do nada, outra mão apareceu agarrando o pulso dele, o parando.
- Sim, ela veio acompanhada.
De que inferno aquele homem brotou?
- Foi mau cara, eu não imaginava. Aqui, as suas bebidas. – ele me entregou e se afastou.
Olhei para Steve com uma sobrancelha arqueada e ele pigarreou.
- O quê?
- Nada, eu gostei.
- Isso não é importante. Peça uma bebida para Sharon. – fechei a cara e ele suspirou, eu agarrei o meu martini e fui embora.
Que merda, por que ela teve que aparecer?
Tive até que atacá-lo antes, porque eu pretendia atacá-lo muito em breve, mas não tão rápido também.
Estava resmungando baixinho quando vi a loira bem na minha frente.
- Olá de novo, Srta. Romanoff.
- Ah, oi uh, senhorita?
- Sharon, já esqueceu o meu nome? Estou triste.
- Ah, uh foi mal, quer dizer desculpe, eu...
- Está tudo bem. Então, cadê Steve?
- Não sei. Vai procurá-lo, eu preciso... uh fazer umas coisas.
- Espere Nat, me faça companhia. – ela me agarrou passando o braço em volta do meu.
- Não prefere a companhia do Sr. Rogers? – resmunguei e ela riu.
- Não, ele não faz o meu tipo, eu prefiro ruivas.
- ruivos, você quer dizer...
- Não, ruivas
- ruivos.
- ruivos
- ruivas?
- R.U.I.V.O.S!
Ai meu Deus do céu!


POV. STEVE
Tentei me concentrar na reunião, mas estava difícil, ela estava a menos de um metro de distância de mim, eu queria desesperadamente tocá-la de novo.
Estar perto dela.
Aquela pequena mulher louca estava começando a me afetar.
A nossa conversa no elevador ainda ressoava em minha mente.
Eu perdi completamente a compostura, agindo como um namorado que fez alguma merda, tentando me explicar, ficando bravo porque não era mais chamado de chefinho.
Chefinho, pelo amor de Deus...
Eu sempre odiei apelidos, odiava quando Sam me chamava assim.
Contudo quando ela chamava, quando ela me dava aqueles olhinhos pidões e falava chefinho, eu queria agarrá-la e beijá-la até deixá-la sem fôlego.
Céus, eu estava em um mundo de problemas.
Eu devia trocar de secretaria imediatamente.
Aquilo não iria dar certo.
Eu sabia que não ia desde que eu a beijei no primeiro dia, mas eu ignorei a vozinha que dizia que era uma péssima idéia, eu ignorei completamente porque no fundo, eu queria desesperadamente conhecer mais daquela menina louca.
Sam sussurrou algo em seu ouvido e ela riu, dando umas pequenas roncadas, em seguida, se virou para olhar pra mim e corou se virando para frente e voltando a digitar.
Coloquei a mão sobre a boca para esconder o riso, ela era tão adorável.
Pensei mais uma vez em Sharon, eu queria muito que ela trabalhasse comigo, levou tanto tempo para convencê-la a se juntar a empresa, mas agora que ela estava aqui, eu sabia que ia acabar em merda.
Ainda mais por ela, assim como eu, ter uma atração estranha pela minha louca secretaria...





Me digam oque estão achando!
Se devo ou não continuar está história...

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