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Chegando na loja antes de descer do carro aviso para todo mundo.

— Eu vim atrás do meu presente para dar ao Mascarado, se um de vocês verem um álbum e uma daquelas cameras antigas que já saí a foto, me falem que eu quero isso.

— Eu não acho que esse seja um presente para meu patrão — esses seguranças agente da a mão para eles e ja abusam.

— O seu patrão vai gostar sim do presente, e você nem sabe como vai ser e eu não quero mais ouvir nada sobre meu presente — desço do carro.

Já dentro da loja.

Berenice disse a mulher o que estávamos procurando.

— Estava falando do meu presente dentro do carro né. Mas você por acaso já comprou o seu? — é claro que eu não ia deixar passar em branco.

— Não precisa ser complicado ou especial, um camisa social uma gravata, talvez uma carteira ou maleta nova.

— Exato. Eu quero um presente especial e que faça ele lembrar todos os dias. E vocês são homens nunca dariam um presente com um significado grande para uma pessoa que não é muito especial, vocês são egoístas isso sim — claro que eles não gostaram do que falei.

Enquanto eu escolhia o álbum um deles falava comigo.

— Senhora já demoramos demais para fora.

— Eu sei disso. Mas eu prometo ser rápida — decido pegar o xadrez preto e branco.

Infelizmente a câmera não tem aqui.

— Olha eu sei que é arriscado toda essa demora, e do jeito que eu sou azarada é capaz que aconteça alguma coisa realmente.
Mas eu prefiro fazer tudo hoje ao invés de sair outra vez para comprar o que falta.

— E o que tá faltando? — pergunta o outro segurança.

— A câmera — respondo — Olha se você preferir podemos ficar um pouco dentro do carro achar um lugar discreto e esperar um tempo ou então você pode comprar para mim se preferir.

— Antes de virarmos vi uma loja de antiguidade talvez tenha a câmera que você quer — faz todo sentido afinal ela é bem antiga.

— Ótimo, podemos ir.

Pagamos e vamos para o carro.

Mas começo a sentir uma ânsia que não é de mim e peço para esperar um pouco antes de colocar o carro em movimento.

Seguimos para a loja e eu vou tomando uns goles de água.

Quando estávamos parando no estacionamento escutamos gritos e um monte de gente sair correndo, e então uma explosão.

Meu coração se parte.

— Estávamos falando disso senhora — fala o segurança para mim.

Minha vontade é de chorar, é impossível que isso tenha acontecido por minha causa, para me atacar, que era para mim ter morrido e as pessoas junto comigo, isso se as que saíram não ficaram gravemente feridas.

— Vamos embora — ninguém diz mais nada.

Ainda em choque.
Vontade de desistir de tudo até de viver se estou sendo caçada até a morte.
Como pode saber que íamos para lá, mais pode ter sido um acidente pode ser que ele não está a atrás de mim.

Na minha cabeça passa tanta coisa.
Culpa por aquelas pessoas sairem machucadas por minha causa.
Arrependimento por não ter dado ouvidos aos seguranças que estavam fazendo seu trabalho.

É impossível não chorar.

Eu tô fazendo mal para todo mundo, até para quem está comigo nesse carro.

Eu preciso arrumar um lugar apenas para mim ficar, e que seja seguro.

⊙﹏⊙⊙﹏⊙⊙﹏⊙⊙﹏⊙⊙﹏⊙⊙﹏⊙

Quando chegamos em casa já era noite.

Deixo todas as minhas coisas no carro.

Cabelos soltos sem chapéu sem óculos sem nada.

— Eu soube do acidente — mascarado vem desesperados até nós.

Passo por ele como se não tivesse ali e vejo a tentativa de segurar meu braço mas desvio.

— Eu avisei — ouvir isso me causa tanto ódio.

— Avisou o que? Para mim não sair? Achando que eu não sei os riscos que eu corro? Que eu não sabia o perigo quê é estar ao redor das pessoas — minha voz sai um pouco alterada.

— Você não consegue atender a mínimas coisas que te pedem para fazer, não consegue cumprir apenas algumas regras.
Eu deixei que vocês saísse vocês me disse que seria rápido, pensei que fosse bom, mas você voltou mais ruim do que saiu Larissa — Mascarado olha para mim com pena mais também bravo.

— Não eu não consigo atender as regras Mascarado, por que minha vida inteira sempre foi baseada em regras, e eu não pedi nada disso para minha vida eu não pedi para minha vida ser uma merda e eu ter que fazer diversas coisas para saber aproveitar o mundo de uma forma diferente.
Eu fui feita para ser livre não parar ser mantida presa — não consigo evitar falar em voz alta e nem evitar minhas lágrimas.

— Eu só precisava que você ficasse aqui por um tempo e nem pedi muito, e também não te obriguei a ficar aqui apenas abri as portas da minha casa para você, por mais que eu esteja sendo procurado também você ainda sim é alvo principal.

— Ah me desculpa se eu não consigo viver igual você Mascarado que consegue viver uma vida sem graça sem um mínimo erro na sua vida perfeitinha, se você consegue se manter longe de todos e do mundo e consegue fica deprimido dentro de uma casa sozinho sem precisar da companhia de ninguém, e me desculpa se eu não sou igual a você que por mais que deixo a tristeza me atingir eu ainda prefiro sentir ela de uma outra forma e não me entregar inteiramente para ela igual você faz, mesmo sabendo que isso te prejudica.
Nunca mais fale comigo como se eu não me importasse com nada do que está acontecendo, e estou cansada de você querer dar uma de sabichão toda vez como se o fato de eu ser mulher mostrasse que sou menos inteligente — antes de me virar para entrar eu ainda deixo claro uma última palavra — E você pode ter certeza que eu vou embora por que eu não consigo mais olhar para sua cara de sonso falando ser uma pessoa e me monstrando ser outra, eu vou arrumar um lugar e ficar longe de todos vocês por que eu não preciso de nada que venha de você.

A Prostituta Indomável.Onde histórias criam vida. Descubra agora