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Já está escuro quando chego em casa.

— Qual o nome do seu novo noivo? — Fernanda mal me deixa entrar e já me enche com sua curiosidade.

— Não teve noivo dessa vez, mas conheci alguém muito bonito, e meu pai acho que foi picado pelo bicho da felicidade, você nem vai acredita aonde ele estava — tiro minhas botas e deixo na porta.

— Sério? E qual o nome dele? E o único motivo para o seu pai estar feliz é por que ele viu o dinheiro dos americanos — rio pelo fato de ter pensado a mesma coisa.

— Eu pensei o mesmo sobre isso. Mas não, ele tava era na churrasqueira e até de avental. O nome do bonitão é Alex.

— Chocada eu estou, não acredito que perdi isso, o seu pai sujando aquelas mãos de carvão o homem sempre em perfeito estado ficando com cheiro de fumaça.
E como é o Alex?

— Por incrível que pareça ele é mais um que não vai seguir o caminho da família.

— Então você não é a única.

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Já estou tomada banho, maquiada e vestida.

Faço um rabo de cavalo, mostrando mais o meu rosto, e passo um batom vermelho.

Uma sandália prata de salto fino, um vestido curto aberto nas costas.

Hoje uns amigos da Fernanda vão com agente e isso é bom, não preciso me preocupar.

Pego uma bolsinha pequena só para o celular e a carteira.

— Vamos, eles já chegaram — Fernanda vem até o quarto me chamar.

Vejo se peguei tudo que preciso antes de sair do quarto.

— Da onde você conhece esse povo Fernanda? — pergunto enquanto esperamos o elevador.

— De onde eu morava antigamente.

— Tendi.

Chegando do lado de fora vejo um carro preto e Fernanda abre a porta de trás para entrarmos.

Tem dois meninos e uma menina ali dentro.

— Gente essa é a Larissa — Fernanda fala.

— Oi Larissa — todos dizem.

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Sentada em um banquinho de frente para o balcão e de costas para a multidão que dança a música agitada, com o copo de bebida na minha frente, pensando se devo ou não.

O que tenho a perder?

— O que a senhorita tanto pensa? — o barman pergunta.

Deve estar achando estranho eu parada olhando uma bebida, de certo pensando na consequência.

— Essa é uma boa pergunta, por que nem eu sei — perdida em algo tão longe.

A Prostituta Indomável.Onde histórias criam vida. Descubra agora