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A conversa com meu pai até que foi boa.

Por mais que na maioria das vezes agente fale mais sobre as coisas da agência,  ainda é importante ter esse tipo de diálogo.
Saber que ele não me trocou mesmo com nossa briga.

E insistiu pela milésima vez que preciso de um carro que ele vai se sentir mais tranquilo, e que ele é velho que posso matar ele do coração um dia.
E eu disse que faria isso, também não sei o que aconteceu para mim dizer aquilo mas eu disse.

E ele feliz da vida disse que amanhã mesmo vamos a uma loja de carros, que ele vai comprar e me dar de presente.
Ver a reação dele pulando de alegria por causa de um carro, foi bom.

Não fui ver Lurdes, já sei que amanhã vamos conversar no almoço.

Eu queria ter o poder de voltar no meu passado, para assim descobrir o que ainda não sei e que todo mundo esconde de mim e seria mais fácil, de resolver tudo.

Só não quero dor, eu não quero dor do meu passado.

O que for doloroso eu vou deixar passar sem ao menos eu querer saber.

⊙﹏⊙⊙﹏⊙⊙﹏⊙⊙﹏⊙⊙﹏⊙⊙﹏⊙

Procurei por um lugar calmo e com silêncio aonde eu pudesse pensar.

Aonde eu estou com a cabeça.
Pensar que ele pode estar gostando de mim.

Sou uma prostituta, tenho que entender que nenhum homem gosta de prostituta.

Acho que devo me afastar antes que seja tarde.

E eu acabe me decepcionando.
Tudo é muito bom e muito gostoso, mais eu não sou mais uma menina de 15 anos em um namoro jovem.

Umideço meus lábios e fecho os olhos deitando a cabeça no chão.

Escuto alguém chorar, um choro de criança.

Abro o olho rapidamente.

Procuro pela criança, olhando para os dois lados.

Perto de uma árvore bem atrás dela tem uma menina chorando.

Como foi que ninguém falou com ela ainda.

Levanto da onde estou e vou até a menina.

— Oi — nem sei o que devo falar para uma criança desconhecida e que tá chorando.

Mas ela abre os olhos e olha para mim, então isso é um bom progresso.

— Por que você está chorando? — ela funga muito rápido e não consegue fala — Não precisa fica com medo de mim eu não vou te fazer mal, respira primeiro e fica calma — falo devagar.

Espero exatamente cinco minutos para ela se acalmar, e me surpreendo que nesse tempo todo ninguém deu por falta da menina.

— Agora você consegue fala comigo? — ela balança a cabeça que sim — Me conta, por que você tava chorando?

— Eu não sei cadê o meu pai — eu já imaginava isso.

— Tá tudo bem, eu ajudo você a encontrar ele, não precisa chora, ainda bem que eu te vi antes de qualquer outra pessoa — não posso pensar nas coisas terríveis que a pessoa mal intencionada poderia fazer com ela.

A Prostituta Indomável.Onde histórias criam vida. Descubra agora