| CAPÍTULO 8 |

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Ei
Brindo momentos que a terra é um céu
Anjos e demônios se unem...

| O que tiver que ser vai ser - 1Kilo|

***

|NICHOLAS E. MARSHALL|

- Natasha, seu filho chegou. - diz a moça abrindo a porta.

- Aí meu Deus, que felicidade. - escuto sua voz dizer. - Mande o entrar...

Antes mesmo dela terminar com sua felicidade cínica adentro o local e a vejo com um vestido de noiva com tantos cristais que reluz com a iluminação da janela. Sua postura muda na minha frente, a mulher que é com o espelho meu feminino fica claramente nervosa.

- Eu não esperava que você viesse. - diz passando a mão no vestido. - Sente-se Nicholas.

- Não vim para seu casamento, na verdade espero que ele não ocorra. - repsondo a ela sem me sentar.

- Como assim? Você deveria querer meu bem. - diz com indignação.

- Era suposto também que você quisesse o meu. - dou de ombros. - Mas aqui está você querendo se casar com um cliente da empresa que eu sou presidente, me diga qual é seu objetivo?

- Não tenho objetivos obscuros Nicholas. - fala e vacila. - Eu o amo.

Começo a sorrir da sua postura que nega todas as suas afirmações ditas, sinto o estresse aumentar minha circulação sanguínea.

- Você só ama a si mesmo Natasha. - aumento meu tom de voz. - O que você pretende.

- Pare com essa mania de perseguição, quando você vai parar de criar histórias na sua mente?

- Parei de criar histórias felizes, agora tudo que eu penso sobre você é obscuro e racional. - falo me aproximando olhando nos seus olhos negros com os meus.

- Você não vai destruir minha felicidade, o casamento já vai acontecer. - diz tentando se recompor.

Minhas mãos começam a suar, sentindo meu corpo ficar pesado lembro que não me alimentei corretamente e que estou entrando em uma crise de hipoglicemia, estou tão estressado que não me cuidei devidamente. Ouço a porta ser aberta e me dirijo para ela saindo rapidamente, desço as escadas sentindo a fraqueza me atingir, paro no corredor do que acho ser o segundo andar e desabo no chão.

- Moço você tá dodói?. - ouço uma voz de criança me perguntar. - Ei! Abre os olhinhos!

Sinto duas mãozinhas pequenas levantarem minha cabeça e abro meus olhos vendo uma menina pequena linda me olhando com o rosto preocupado.

- A mamãe disse que não é para falar com estranhos mas você tá dodói e tem que ajudar as pessoas não é?. - ela divaga olhando para mim. - Vou chamar um adulto okay?

Ela fala próximo a meu rosto como se esperasse eu reagir depois de um tempo delicadamente põe minha cabeça novamente sobre meus braços e joelhos saindo correndo rapidamente. Em meio a sonolência e os sintomas da falta de açúcar no meu sangue ouço mais uma vez passos e as mãozinhas no meu cabelo.

- Aqui mamãe, o moço tá dodói. - ouço ela dizer enquanto alisa meus cabelos.

- Okay minha vidinha, deixa a mamãe falar com ele. - ouço a voz de uma mulher longe e a menina se afasta.

Sinto novamente mãos maiores e delicadas que me tocar se aproximando.

- Aí meu Deus!. - diz com espanto. - Senhor Marshall o que aconteceu?

Assim que abro uma faixa do meu olho vejo quem é a mulher.

- Maya. - sussurro.

- Sim, sim. - diz desesperada. - O que senhor está sentindo?

- Hipoglicemia. - falo com resto das minhas forças.

- Hipoglicemia?. - repete. - Então precisa de açúcar, vou pegar um doce para o senhor.

- Não, refrigerante ou suco de laranja. - falo sentindo suas mãos no meu rosto.

- Tudo bem, eu já volto. - fala apressada. - Mazie fique com ele okay? Mantenha ele acordado.

- Okay mamãe. - diz com prontidão. - Senhor Marssal é assim seu nome não é? Foi assim que a mamãe te chamou.

Pergunta interessada se aproximando de mim novamente e fazendo carinho nos meus cabelos com antes.

- Nicholas. - falo para ela.

- Nome bonito Nicholas. - ouço ela falar meu nome embolado. - Meu nome é Madzie, mas todo mundo me chama de Mazie.

A partir daí ela cita todas as pessoas que ela conheçe que a chamam assim e como sua mamãe é legal, estou muito mal porém ainda consigo ficar supreso pelo fato da Maya ter uma filha. A menina é uma fofura e pelo carinho que ela está fazendo em mim sei que a Mazie é tão prestativa quanto a mãe.

- Cheguei, espero que eu não tenha derramado todo o suco. - se aproxima se ajoelhado próximo a mim me ajudando com o suco de laranja que trouxe. - Pronto.

- Mamãe o tio Nicholas vai ficar melhor não vai?. - pergunta a Mazie.

- Só vai demorar um pouquinho filha. - responde para a menina ainda próxima a mim.

Alguns minutos se passam sem que ninguém saia da sua posição, quando eu me sinto melhor resolvo me levantar e sinto suas mãos em mim.

- Tem certeza que já está melhor para levantar?. - pergunta.

- Sim, já estou bem. - digo em pé com ela na minha frente. - Muito obrigado você duas, desculpe pelo susto Maya.

- Meu coração ainda está no lugar. - fala sorrindo.

- Ainda bem que você tá melhor tio. - diz a pequena Mazie tocando na minha mão.

- Graças a você que me viu.- falo me abaixando na sua altura e ela sorrir tímida. - Posso te dar um abraço?

Abraço o seu pequeno corpinho sentindo o cheiro do seu perfume de criança, nunca tive muito contato com uma antes mas a Madzie me encantou com sua pureza. Termino o abraço me levantando.

- Bom, muito obrigada Maya. - mexo a cabeça. - Agora tenho que ir.

- Tem certeza que é bom ir sozinho?

- Sim, estou bem. - nós três descemos as escadas lentamente.

- Não quer que eu chame um táxi ou alguém para te levar. - continua.

- Não, eu vim de carro.

- Desculpa é que preocupação para mim é coisa extrema. - responde pegando a Mazie no colo.

Não me sinto cem por cento mais sei que chegarei em casa bem, e logo após um café da manhã me sentirei melhor.

- Mamãe tem que levar o tio, ele pode passar mal de novo. - a vozinha da pequena diz.

- Se o senhor quiser eu o acompanho até em casa senhor Marshall. - fala solicita.

- Acredito que você veio para participar da cerimônia. - respondo com uma careta.

- É melhor eu o acompanhar, ficarei mais tranquila assim. E também não é como se eu quisesse está aqui, espere um minuto por favor.

Sai andando para o segundo andar após de um tempo volta com uma bolsa e depois passa na frente com a Mazie que sorrir para mim do colo da mãe, começo a reparar no quanto a Maya está linda com um vestido rosa bebê rodado e um salto clarinho. Da última vez que a vi com o uniforme não pude reparar no quanto ela tem um corpo bonito, resolvo sair dos meus pensamentos antes que fique claro o que eu estou pensando e vou atrás das duas.

***

Apaixonadinha, você me deixou Nicholas Marshall...

Cruel!

Votem!!

NICHOLAS | Irmãos Marshall - L.1 |Onde histórias criam vida. Descubra agora