Capítulo 36- Taehyung

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Não sei quanto tempo fazia desde que saímos do navio. A caminhada parecia não ter fim e minhas pernas estavam doendo por conta do esforço. Minha boca estava seca e eu ansiava por um pouco de água. Depois de muito tempo consegui ver ao longe um palácio, finalmente estávamos chegando.

             Quando enfim chegamos, minha vontade era de me jogar no chão e descansar porém eu não tinha direito a esse luxo. Depois de esperar em pé  durante um período que não sei ao certo, foi ordenado que fôssemos levados até um grande pátio interno para que ficássemos de frente ao governante da ilha. 

     — Estes são os novos escravos? 

     — Sim senhor.

Ele se levantou e andou por entre 
as filas e pude observar melhor ele. Sua pele era extremamente branca e seus olhos castanhos escuros, transmitiam uma calma que não era adequada a situação. Depois que ele nos analisou ele falou com a voz baixa e calma:

      — Leve eles até a casa dos escravos e permita que eles se banhem e troquem de roupa. Os que estiverem doentes ou feridos devem ser levados até o médico para que depois sejam alimentados.

      — Mas senhor, eles são escravos - o general argumentou.

      — O fato de eles serem escravos não significa que não são seres humanos. Se eles morrerem não terão nenhuma utilidade para nós. Dispensado.

O general fez uma reverência e 
saiu do salão pisando duro. Os outros soldados nos levaram até a casa dos escravos e nos trouxeram roupas e bacias com água para nos banharmos. A água ardeu sob a minha pele machucada e finalmente pude ver como eu estava. Minha situação não era das melhores, estava magro com a pele manchada e cheia de hematomas.  Não tinha mais músculos e meus braços estavam flácidos.  Depois que eu me banhei, fui conduzido até a sala do médico que iria tratar dos escravos. Ele aplicou uma pasta branca em minhas feridas, fazendo-as arder. Assim que ele acabou de me tratar eu fui levado de volta a casa e recebi alimento, escasso, porém melhor do que a refeição do navio. Assim que comemos fomos levados até outra sala, onde  foram dadas as nossas tarefas. Eu fiquei responsável pela fabricação de armas, o que era bom. Minha mente começou a bolar um plano que poderia nos ser útil no futuro...

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