Estávamos indo ao encontro de um novo futuro, novos caminhos e talvez, se tudo desse certo, ao nosso objetivo.
Muitos pensamentos permeavam a minha mente, como estaria a Rainha Mãe, quais estavam sendo as atitudes do Príncipe herdeiro, como a corte estava se comportando com a ausência estendida dos príncipes, onde foi parar a moça que me encantou? Muitos assuntos…. Não percebi que já estávamos chegando aos portões do palácio, já tinha visto ele de longe, claro, todos que estavam na Ilha podem vê-lo, branco como marfim, jardins amplos,arquitetura simples mas imponente, com uma muralha alta e portões largos e, provavelmente, a vista de lá de dentro deveria ser lindíssima. Como seria o homem que nos ofereceu ajuda? Passando pelos portões percebi um movimento distante de guardas, funcionários e escravos,então pude escutar o capataz dizendo algo sobre uma escrava que fugiu ao mesmo tempo meus olhos admiravam o complexo arquitetónico e os belos jardins contrastando com a pesada tensão que pairava no ar, simultaneamente continuávamos cavalgando em direção ao palácio central. Porém uma cena atraiu a minha total atenção, vi uma criança ao chão chorando e um escravo sendo arrastado para a frente do grupo de escravos, ele dizia algo mas eu não compreendi, e com muita rapidez vi um soldado erguer o chicote e ouvi o som do couro bater nas costas do escravo, parei o cavalo e fiquei ali olhando aquela cena, os soldados contavam em coro o números dos açoites, os escravos abaixaram as cabeças, algumas mulheres e crianças choravam baixinho e os homens mais fortes olhavam para o escravo com um misto de encorajamento, solidariedade e dor, quando retornei os meus olhos para o capataz, que tinha um sorriso sarcástico, vi ele pegar uma grande clave com uma corrente grossa e uma bola de ferro com pontas,ele a levantou e bateu naquele rapaz com toda a força, o rapaz caiu, alguns soldados riram e eu me senti enjoado com tal perversidade, o meu ímpeto era ir até ao rapaz e socorrê-lo, então senti uma mão pegar o meu braço, olhei para aquele que me impedia de fazer algo e vi que era o mestre Rocky gesticulando um não com a cabeça. A contra gosto aceitei aquela negativa, contudo iria procurar aquele rapaz para ajudá-lo no que fosse preciso. Passado um tempo os escravos retornaram aos seus afazeres e os soldados saíram rindo da situação daquele rapaz, o deixando completamente sozinho. Quando pensei em me aproximar um outro rapaz apareceu e se ajoelhou ao lado dele, eles conversaram por alguns momentos e depois eles se levantaram. Me aproximei deles e assim que o rapaz me viu sinalizou para que o outro fosse na frente. Assim que ficamos sozinhos me apresentei:
— Meu nome é Sanha e eu sou médico.
— Olá senhor, meu nome é Taehyung.
— Escute Taehyung, vi o estado em que seu colega está, gostaria de vê-lo porém eu não posso agora então peço que leve estes remédios para ele — entreguei dois frascos a ele — Passe - os nas costas de seu colega e depois o enfaixe com este pedaço de pano. Tentarei ver como ele está mais tarde. Tenho que ir agora.
— Tudo bem, muito obrigado senhor.
Sorri para ele que respondeu com um aceno, logo em seguida me virei e fui em direção ao palácio, onde os outros já me aguardavam. Ficamos um tempo esperando no salão até que um criado nos anunciou e entramos no salão do governador. Imediatamente meus olhos foram de encontro aos de um rapaz que estava sentado no trono, o governante,presumi. Nos aproximamos do trono e eu e o mestre Rocky fizemos uma reverência. Olhamos para a princesa e ela começou a falar:
— Governador Min Yoongi, já deve saber o motivo de estarmos aqui hoje.
Ele lentamente assentiu.
— É um grande prazer receber Vossas Altezas em meu palácio. Será uma honra poder servi-los. Pedirei que os levem aos seus aposentos e que o melhor banquete seja preparado.
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The Joseon Dynasty
FanfictionUma princesa, seis rapazes, todos unidos por uma causa: derrubar o tirano imperador do poder. °•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•° #1 Sanha