Capítulo XV - Permissões

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— O trabalho será para daqui a duas semanas. — Jimin termina de me contar o que eu havia perdido da explicação na sala de aula.

— Está bem... — Suspiro.

— Você está bem? Não prestou atenção na aula inteira, logo você que não deixa passar nada.

— Estou bem... São só alguns problemas. — Respondo.

— Então... Como faremos para o trabalho?

— Bem... Você pode ir até a minha casa e nós fazemos lá. Mas temos um problema.

— Qual? — Pergunta ele com cara de dúvida.

— Eu trabalho depois das aulas até a noite, não tenho tempo nos dias de semana, só fim de semana.

— Você quer que eu faça o trabalho e te passe depois?

— Você faria o trabalho sozinho?

— Claro. — Ele mostra seu lindo sorriso.

— Não posso deixar que isso ocorra. Eu vou falar com a dona da loja e peço para ela me liberar mais cedo. Você tem problema de sair de casa à noite?

— Não... Acho que não.

— Faremos assim. Eu vou falar com a Sra. da loja que trabalho e vou pedir para sair mais cedo na semana que vem, e você pergunta a sua tia se tudo bem você ir fazer o trabalho a noite e nos falamos no telefone.

— Ótima idéia. Mas... Não tenho seu número.

— Me dê seu celular. — Ele me dá o celular dele e eu lhe dou o meu. — Pronto! — Falo entregando a ele seu celular e em seguida ele me entrega o meu.

— Eu te ligo mais tarde. — Ouvimos um carro buzinar ao longe, ele olha e se despede, indo até o carro.

Pego a bicicleta e monto na mesma, indo para a lojinha de conveniência.

...

— Mas é claro que pode. Não deixaria você se prejudicar na escola por que trabalha aqui. — Fala a ajumma enquanto tira a poeira do balcão.

— Obrigado ajumma, espero que isso não aconteça muitas vezes, não gosto de lhe deixar na mão.

— Meu filho, não se preocupe com essa velha ou com essa loja, também velha. — Ela ri. — A coisa mais importante para um jovem tem que ser os estudos, só assim você chegará em algum lugar na vida, ou então terminará como eu, velho caduco e ainda assim tendo que trabalhar para se manter.

— Aish ajumma, não fale assim.

Park Jimin

— Não sei Jiminnie. Não quero que você venha andando sozinho de madrugada até em casa. É perigoso.

— Song-na, eu não vou me perder, conheço o caminho e sei cuidar de mim. Eu não queria fazer isso, mas é algo escolar, não tenho como não fazer.

— Está bem. — Diz ela suspirando. — Mas tome cuidado quando estiver voltando para casa, não estarei aqui em Seul para lhe buscar na casa do seu amigo quando terminar. Tome muito cuidado.

— Okay. — Sorrio para ela e levanto da cadeira, indo a passos lentos para o banheiro.

Após tomar um bom banho, vou para o meu quarto e me sento na janela, olhando para o céu estrelado. Eu gostava de admirar a noite, a luz do luar, o brilho das estrelas, o silencio... Isso me trazia uma certa paz e uma sensação boa que percorria meu corpo, me fazendo sorrir.

Ouço meu celular tocar e pego o mesmo. Jungkook me ligava, atendo logo.

— Alô? — Fala ele do outro lado da linha.

— Jungkook? — Pergunto.

— Jimin!

— Então, o que a dona da loja disse?

— Tudo bem eu sair mais cedo na semana que vem. Ela vai me liberar uma hora mais cedo. Então vou sair as 21:00. E quanto a sua tia?

— Ela não gostou muito, mas liberou no fim das contas.

— Ótimo. Então quando começamos?

— Podemos começar na segunda. Você pode se encontrar comigo na lojinha de conveniência? Meu primo me busca de carro para que eu não volte de bicicleta. Minha tia não quis mais depois que eu fui atropelado por um cara correndo na rua.

— Oh... Eu me lembro disso, pedirei desculpas a ela por isso.

— Você é assim tão certinho Jimin?

— Diria que sim. Você não?

— Bem, tenho que ir agora, nos falamos amanha na escola.

— Está bem.

— Jimin. Boa noite.

— Boa noite, Jungkook.

Jeon Jungkook

Eu não entendi aquele sorriso bobo que se instalou em meu rosto quando ouvi sua voz suave me desejar boa noite. Bem, seja lá o que for, só espero que isso não aconteça na sua frente.

Deito-me na cama e adormeço logo.

Peculiares | JiKookOnde histórias criam vida. Descubra agora