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Christopher

Cá estávamos nós, numa das boates mais bem frequentadas de Los Angeles. Tomávamos nossos drinks perto do barzinho enquanto conversávamos sobre o trabalho e o futuro.

— Eu estive pensando em me tornar uma modelo de passarela. — Anahi disse. — Sair da minha zona de conforto, sabe?

— Ai, amiga, não sabe o quanto é cansativo! — Dulce falou. — É uma correria total, você não pode nem sentar por um minuto. Na passarela, é só close, mas os bastidores são terríveis!

— Mas trabalhou em passarelas por anos. — Alfonso falou para a Dulce.

— Porque o engajamento da minha imagem é maior. Se hoje eu sou conhecida e requisitada, é por conta desse sacrifício. — ela respondeu.

— Bem, eu estaria disposta a me sacrificar. — Anahi afirmou.

— Ah, tá, boa sorte! — Dulce riu.

— Acha que eu não aguentaria? — Anahi a olhou séria.

— Não me leve a mal, Annie, você é uma excelente profissional, aprende super rápido, mas não sabe trabalhar sob pressão. Sairia do primeiro desfile aos prantos.

— E você se acha super forte, não é? — Anahi revirou os olhos.

— Hum... — pareceu pensar. — Sim.

— Amor, vamos dançar? — Alfonso disse, interrompendo seja lá o que a Anahi ia dizer.

— Claro! — os dois se retiraram e eu fiquei a sós com Dulce.

— Você tá muito calado. — ela disse me olhando com curiosidade.

— Por que você tem que ser tão má? — perguntei.

— Má? Eu só estava a alertando sobre como é difícil desfilar numa passarela. Não quero que a minha amiga se enfie num lugar que eu sei que ela não aguentaria. — Dulce até tentava usar sua acidez para ser gentil, mas na maioria das vezes, ela só era maldosa.

— Você podia ser mais sutil com as palavras. As pessoas podem ficar magoadas.

— Se ela se magoou com o que eu disse, certamente não aguentaria uma noite de desfile. — deu de ombros. — E convenhamos, sutileza não é o meu forte.

— E o que seria o seu forte?

— Ah, você sabe... — sorriu de lado, do jeito mais malicioso possível.

— É, eu sei. — sorri também.

— Christopher, tem uma loira muito gata sentada numa mesa logo atrás de você e ela não para de te encarar! — ela disse animada. — Por que não vai lá falar com ela? — olhei para trás e realmente havia uma mulher me encarando.

— Eu achei que você quisesse transar comigo hoje.

— Não sou sua dona e você deveria sair com outras mulheres também. Não quero te privar de conhecer alguém legal.

— E se eu conhecer alguém legal? Você não vai ficar chateada?

— Eu ficarei muito feliz por você. Vai ser uma pena perder um P.A. tão bom, mas eu supero.

— P.A.? — franzi a testa.

— Pau amigo. — explicou e eu não pude evitar de rir. — Vai lá, fala com ela. Quem sabe a sua noite não possa ser melhor do que você achou que fosse?

— Melhor do que transar com você? — arqueei a sobrancelha.

— É, nada é melhor do que transar comigo. — falou com orgulho. — Mas ela pode ser interessante.

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