40 - Final

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Christopher

Eu fiquei muito orgulhoso depois que Dulce foi capa de revista com o seu último trabalho. Comprei um exemplar e admirei aquele rosto sorridente e aquela pose descontraída. Ela parecia genuinamente feliz.

Um trecho da entrevista estava logo abaixo. "Dulce sobre a sua aceitação: Eu passei anos procurando o corpo perfeito sem saber que só me sentiria satisfeita quando aceitasse quem eu sou de verdade."

No dia em que ela voltaria para casa, fizemos uma festa de boas vindas com bebidas e alguns petiscos.

— Ainda está torto! — May dizia enquanto Christian tentava pendurar uma faixa de "bem-vinda ao lar" em uma das paredes.

— Então sobe e faça você! — ele bufou e desceu da escada.

— Meu querido, eu apenas dito a melhor posição. É literalmente o meu trabalho. — deu um gole em sua cerveja.

— Pois hoje o seu trabalho será posicionar. — ele a empurrou pela cintura até a escada. — Boa sorte.

— Tudo bem, mas desde já aviso que eu bebi um pouquinho. — ao dizer isso, ela começou a subir.

— Isso não vai dar certo. — Alfonso cruzou os braços e ficou observando, assim como eu e Annie também fizemos.

Maite subiu até o topo da escada e começou a ajeitar a faixa. Ela estava indo bem até que pareceu se desequilibrar. Christian segurava a escada como podia, ao mesmo tempo que olhava em pânico para a morena que ria toda vez que quase caía.

— Opa! — ela riu quando pendeu para o lado e aí começou a se desequilibrar ainda mais.

— Ah não, ninguém vai morrer na minha frente. — eu disse indo em direção à escada.

Ergui os braços e tentei acompanhar os desequilíbrios de Maite com o intuito de segura-la caso ela caísse de vez. Anahi e Alfonso também vieram para ampara-la e enquanto nós quatro estávamos em pânico, May ria com diversão.

— Se você não morrer, eu vou te dar uns tabefes! — Anahi gritou.

— Segura! — May gritou antes de cair puxando a faixa consigo.

A cena foi rápida, mas para mim passou em câmera lenta. Christian largou a escada para segura-la também. Maite caiu sobre Annie, que caiu sobre mim, que caí sobre Christian, que caiu sobre Poncho. E assim ficamos os três estatelados no chão, um sobre o outro.

— Meu Deus! Vocês estão bem!? — ouvimos Dulce berrar da porta. Olhamos para lá ainda deitados no chão. Ela tinha acabado de entrar e nos olhava boquiaberta.

— Bem-vinda ao lar! — Maite ficou de pé segurando a faixa e pulando animadamente.

— São três da tarde e você já está bêbada? — Dulce riu abrindo os braços e recebendo um abraço de May.

— Pelo menos eles amorteceram a minha queda. — deu risada nos vendo levantar com cara de dor.

— Amor, você não ia estapear ela? — Poncho perguntou para a Annie.

— Annie... — May foi dando passos para trás. — Quietinha aí!

— Vem cá, Perroni!

Todos rimos vendo May tentando fugir de Anahi. Mas enfim cada um abraçou Dulce, eu por último e por mais tempo, declarando ao seu ouvido o tamanho do meu orgulho.

Nós comemos e ficamos bebendo enquanto conversávamos sobre nós, sobre o futuro e ouvindo da Dulce o que ela aprendeu nesses quatro meses trabalhando fora de sua zona de conforto.

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