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Dulce

Acordei na manhã seguinte com o barulho da minha campainha. Sentei na beirada da cama e uma tontura me invadiu. Respirei fundo algumas vezes e depois de me sentir um pouco melhor, eu levantei e fui atender a porta.

Eu abri e dei de cara com Christopher, que estava com um semblante bem sério. Não falei nada e apenas dei as costas para ele, indo em direção ao sofá para me sentar antes que começasse a me sentir mal de novo. Ele fechou a porta e ficou em pé olhando para mim.

— Perdeu a cópia da sua chave na vagina da garota de ontem? — soltei.

— Por que você está brava? — franziu a testa. — Você disse que eu podia transar com quem eu quisesse.

— Eu sei o que eu disse.

— E então?

— Mas ontem eu queria você.

— Você me quer todos os dias. — repeti aquela frase na minha cabeça algumas vezes.

— É... todos os dias... — indaguei mais para mim mesma, me perguntando se aquilo não tinha um significado maior. — Você poderia não ter feito tanto barulho.

— Ciúmes? — riu e sentou ao meu lado.

— Não sei... talvez... — a minha minha linha de raciocínio não estava muito legal naquele momento.

— Que? — pareceu surpreso. — Você está bem? Está pálida! — tentou tocar a minha testa, mas eu me afastei.

— Estou bem. — fiquei de pé e comecei a caminhar até a cozinha, sendo seguida por ele.

— Uou! — ele exclamou olhando em volta. — Comeu todos os doces do mundo ontem? Quanta embalagem!

— Não fique surpreso. — virei de costas para ele e comecei a encher uma xícara de café.

— Eu vim pra dizer bom dia. — suas mãos foram até a minha cintura e eu senti ele unir o seu corpo ao meu. — Vamos esquecer a discussão de ontem, ok? — colocou meu cabelo para o lado e começou a beijar o meu pescoço.

— A transa de ontem te deixou menos irritado comigo? — perguntei.

— É, você tinha razão, eu precisava sair com outras pessoas. — riu de leve. — Agora a gente pode balancear isso o que temos sem nenhum tipo de estresse ou cobranças. — ele me pressionou contra ele, de modo que eu senti a sua ereção.

— Christopher... — sussurrei apoiando minhas mãos na mesa.

— Hum? — murmurou sem parar de beijar o meu pescoço.

— Para... — sussurrei novamente, mas pareceu que ele não me ouviu. — Para! — falei com mais firmeza e ele parou.

— O que foi?

— Eu não quero. — peguei a xícara de café e sentei ao balcão.

— Sério? — arqueou a sobrancelha. — Você está irritada? É isso?

— Não, eu só...

— Caramba, Dulce! — me interrompeu. — Eu gosto de você mais do que eu deveria e sei que isso não me faz bem. Eu não quero deixar de tocar você, mas eu não quero ser dependente disso! Você não pode me mandar ficar com outras pessoas e depois agir como se isso te incomodasse!

— Christopher... — comecei a ficar tonta de novo.

— Você repete tantas vezes que não é minha, pois eu também não sou seu!

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