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Christopher

Após o velório, voltamos para casa em um clima bem melancólico. Meu apartamento continuou em silêncio, apesar de parecer mais cheio. Meus tios, minha prima e minha mãe se retiraram para dormir bem cedo e eu fiquei sozinho em minha varanda tomando uma xícara de café e observando as estrelas.

Vi a luz da sala de Dulce se acender e como a varanda estava com as cortinas abertas, eu pude vê-la caminhando em direção à cozinha, vestindo uma camisola preta bem curta que eu conhecia bem. Agora a camisola estava bem mais justa do que antes, marcando o corpo dela e me dando uma bela visão de como Dulce estava ainda mais gostosa com aquela carne a mais.

Sacudi minha cabeça e me repreendi mentalmente por esse pensamento. Eu enterraria minha avó no dia seguinte e no momento, só conseguia pensar em enterrar o meu pau na boceta da Dulce. Isso foi tão errado que mesmo que ninguém pudesse saber o que eu pensava, me senti envergonhado.

— Pense com a cabeça de cima. — murmurei para mim mesmo.

Ouvi as portas da varanda dela serem destrancadas e quando a olhei, ela sorriu gentilmente para mim e se aproximou da grade lateral, apoiando seus cotovelos e esquivando seu corpo para frente, de modo que eu não consegui olhar para outro lugar que não fosse o seu decote. Os peitos dela estavam maiores também?

— O que faz aí sozinho? — perguntou com a voz mais doce possível.

— Só refletindo.

— E no que está pensando?

— Eu... — corri meus olhos pelo corpo dela, tentando achar as palavras mais aceitáveis possíveis.

— Christopher? — franziu a testa. Em poucos segundos, ela pareceu notar ao que eu estava dando tanta atenção. — Ah, meu Deus! — riu, puxando sua camisola mais para cima dos seus seios.

— A culpa é sua por estar mais gostosa. — ela continuou rindo, seu rosto começando a se avermelhar. — Eu adoraria enfiar minha cara entre os seus peitos.

— Christopher! — repreendeu-me. — Espero que ninguém tenha ouvido isso. — tentou olhar o interior do meu apartamento.

— Estão todos dormindo.

— Também sou a única acordada aqui. Parece que o Christian não dormia cedo só por causa dos analgésicos. — arqueei a sobrancelha e a olhei com insinuações. — Não.

— Sim.

— Não. — fiquei de pé e ela arregalou os olhos. — Christopher, não.

— Quero ver falar não perto de mim. — após dizer isso, eu saí da minha varanda e apenas ouvi ela tentar me chamar.

Saí do meu apartamento com a chave da porta dela em mãos e enquanto destrancava, a ouvi passar o trinco da correntinha do outro lado, o que só me permitiu abrir parte da porta.

— Nem pensar! — ela riu do outro lado da porta.

— Dulce, abre. — pedi.

— Não.

— É melhor abrir. — eu disse em tom de aviso.

— E se eu não abrir? O que vai fazer?

— Da próxima vez em que eu for te foder, vou te ensinar uma lição. — soei bem autoritário e ouvi ela arfar, do jeito que só fazia quando estava excitada. — E então?

Ela voltou a fechar a porta devagar e retirou o trinco, depois abriu e me encarou com a luxúria queimando em seus olhos. Dei alguns passos em sua direção e ela foi andando para trás, passando a língua por seus lábios, o que só fez meu pau endurecer mais.

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