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Dulce

A temporada de primavera acabou assim como se iniciou: rápida e agitada. Eu e Christopher não ficamos juntos por muito tempo, apenas à noite e fizemos todas as noites daquela semana serem únicas. Jantamos em alguns restaurantes, cozinhamos juntos, conversamos, bebemos e claro, transamos o tanto quanto nos era possível. A química entre nós parecia estar crescendo mais agora que éramos bem mais do que bons amigos.

Eu havia acabado de me arrumar, Christopher estava me esperando na portaria. Peguei o elevador e assim que as portas se abriram, eu o avistei usando uma camiseta preta, calça jeans escura e uma jaqueta de couro marrom. Lindo como sempre.

Ele sorriu ao me ver e me olhou de cima a baixo com aprovação. Naquele dia, eu optei por usar uma calça preta, botas curtas, uma camisa de mangas azul escura e um sobretudo preto.

— Que charme. — elogiou.

— Obrigada. — sorri. — E você parece um bad boy gostoso. — o puxei pela jaqueta e uni nossos lábios.

— Pronta para a festa do trabalho? — abraçou minha cintura.

— A melhor parte da noite vai ser voltar para casa e transar com você. — falei provocativa.

— Vai sim... — sussurrou.

Fomos no seu carro e entramos na agência, que graças aos céus estava fechada para a mídia. Ia ser uma festa particular, sem poses, com bons amigos bebendo e se divertindo como quisessem.

Cumprimentamos algumas pessoas ao entrar e assim que avistei Maitê, arrastei Christopher para conhecê-la oficialmente.

— May! — berrei. Sorrimos e nos abraçamos apertado.

— Gostosa como sempre. — e ela não perdeu a chance de comentar isso no meu ouvido.

— Você também. — eu ri. — Esse é o Christopher. — apontei para ele.

— É um prazer conhecer o homem que sossegou o coração dessa fera. — ela estendeu a mão para ele, que a apertou com firmeza.

— É um prazer conhecer a talentosa fotógrafa que me substituiu super bem. Eu amei o seu trabalho. — ele a elogiou gentilmente.

— Obrigada. Eu fui tão bem que me ofereceram um trabalho fixo aqui. Seremos colegas.

— Sério? — fiquei boquiaberta. — E quando iria me contar?

— Agora? — riu.

— Besta. — revirei os olhos. — Mas que bom que vai trabalhar aqui, eu não queria mesmo me despedir. — a abracei de lado.

— Olha quem chegou! — Alfonso aproximou-se de nós, erguendo uma garrafa de cerveja. — Ansiosos para voltar à nossa programação normal?

— Sim. — Christopher disse. — Eu adoro a temporada de primavera, mas é bem cansativo.

— Eu que o diga. Deixar tudo no lugar é estressante. — Alfonso completou. — Sabe quem acabou de pedir demissão? A sua assistente.

— Ela parece com pressa. — Christopher comentou.

— Que bom, né? — comentei ácida.

— Eu vou falar com ela, uma última conversa antes de não vê-la nunca mais. — Christopher disse e eu automaticamente cerrei meus olhos para ele. — O que? Que mal há nisso?

— Deixa ela no canto dela. Eu tenho certeza que a sua presença a incomoda.

— Não é pra tanto. — ele riu. O encarei seriamente, pronta para protestar.

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