Dáfiny narrando
Nem fui para o baile, tava me sentindo estranha, a Sofia foi junto com PH, então fiquei um pouco tranquila.
Desde que meu irmão voltou ele não veio conversar comigo, ainda bem que ele tá fugindo porque eu vou acabar com a vida dele.
O som do baile tava tão alto que eu nunca pensei que isso ia me deixar irritada, em questão de minutos os tiros começaram, sabia que não era nem pra esse baile acontecer, eu avisei.
Por causa das coisas que aconteceu no passado, o Pedro me ensinou a atirar, então fui atrás dele e da sofia, no meio de um tiroteio, tava com o cu na mão, isso sim.
A moto do Pedro parou perto da nossa casa.
- Entra vocês duas
- Não, vou com você - falei entregando a chave a Sofia que entrou correndo
- Não vai não, você tá maluca
- Você sabe o que aconteceu da última vez, eu não vou deixar você sozinho, se for pra morrer, eu vou com você.
- Sobe
Depois que voltamos de Portugal, falei a ele que sempre que tivesse invasão e eu tivesse por perto, eu iria ficar com ele, da última vez eu sofri bastante, e quando eu olhava o sofrimento da Emily, me fazia lembrar de tudo que eu passei, então se for pra ele morrer, eu morro também.
A Sofia nem se metia, ela sabia que quando eu quero algo não tiro da cabeça. As vezes fico pensando se isso é o certo, ela pode perder os pais, e ficar sem ninguém. Então sempre que eu tô aqui, eu tento não morrer, por causa dela.
Eu atirava em quanto o Pedro pilotava, não tinha muitos por onde a gente passava, o problema foi que quando passamos por um beco, e na hora que eu ia atirar no cara, ele foi rápido e atirou no Pedro, a moto caiu direto no chão, eu tava no ódio, atirei nas pernas do cara quando tava correndo, ele ficou no chão, enquanto eu chamava ajuda aí escutei ele falando com alguém
- Atirei no braço direito do JP, podem ir acho que vou morrer, o próximo vocês já sabem quem é.
Então, é a polícia que tava aqui. Dois vapores chegaram pra levar Pedro no postinho
- Ratinho, sabe aquele ali, leva pra geladeira e deixa amarrado, não faz nada, eu que vou matar.
- Suave
Espero que Pedro fique bem, por que de qualquer jeito, eu vou soltar minha raiva nesse desgraçado, isso tudo é culpa do JP, a polícia não subia, esses anos estava sendo tranquilo, ele voltou nem tem um mês e já tá trazendo polícia.
O postinho tava cheio, todo mundo aqui, eu tava sem cabeça pra ficar de conversa, o doutor não falava nada, já estava agoniada.
- Que porra, quero notícias, eu pago pra vocês me deixarem esperando, porra? - ninguém respondeu - Quem não responder vou atirar, puxei a arma e todo mundo arregalou os olhos
- Senhora?
- Senhora é o caralho, me respeita. Você sabe meu nome, trabalha no meu morro e fica me chamando de senhora
- Calma, Dáfiny. Eu sei que tá estressada, não fica jogando a culpa em ninguém - Alexia falou, não dei importância queria saber do meu marido
-Sim, cadê ele? - falei com a mulher que me olhava assustada
- Ele tá bem, o tiro não foi tão grave, ele tá saindo da cirurgia e daqui uns minutos, depois a senhora pode entrar - saiu
Graças a deus, tava até aliviada, até sorrindo.
- Viu pica pra tá rindo é? - O HR falou rindo
- Sim, a pica do seu pai, idiota.
- Que isso - falou rindo
- Já pensou em trabalhar no circo?
- Penso nisso o dia todo, cansei de ser traficante - dei risada e foi na hora que o JP entrou junto com a Emily, hoje eu ia acabar com ele.
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No morro da maré 2
AdventureSegunda história do morro da maré, nessa continuação conta a vida da maju, filha da Emilly e JP. Com a vida perfeita, e a faculdade dos sonhos, Maju se encontra perdida depois que seu pai volta, ela só não sabia que iria se apaixonar pelo seu meio...