Capítulo 88

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VR narrando

No meio da confusão recebi uma mensagem anônima dizendo que estava com o Samuel, e mesmo assim ia arriscar, aí depois do vídeo tive a maior certeza de quem era. Puta que pariu, só querem FUDER minha vida.

Tive que inventar uma mentira pra maju e fui de encontro com a pessoa, a localização era em um lugar tipo uma fazenda, e eu tinha esquecido da arma, se fosse pra eu morrer ia acontecer agora.

A porta tava aberta e ela tava ali sentada dando comida pra ele, já cheguei jogando o prato no chão

- tá dando veneno pra ele?

- calma VR, você sabe que eu não sou assim.

- o que você quer Kim?

- eu quero te ajudar, eu tive que fazer isso

- não sabe mandar mensagem?

- o que eu preciso falar com você é muito sério.

- larga logo o papo

- eu tava trabalhando junto com o Guilherme

- você é uma filha da puta, e minha vontade é de quebrar sua cara

- você não vai me bater

- eu não bato em mulher - tentei tirar o Samuel da cadeira

- por favor, é sério

- fala caralho, fala

- naquela vez que a gente ficou eu acabei gostando de você, e eu sabia que não ia ter nada demais, então depois que voltamos conheci o Guilherme, a gente ficou por um tempo

- e eu entro em que?

- eu tava carente e acabei me apaixonando real por ele, mesmo eu não querendo acabei concordando em acabar com o morro da maré e não sabia que ele queria ir atrás de você, então naquela fez que a gente se encontrou na Rocinha foi quando eu tava me despedindo do GD por que eu tava esperando o sinal dele atacar a maré

- e ele não atacou por que?

- eu fugir e disse que ia te contar tudo, ele me ameaçou de morte e colocou vários homens atrás de mim

- por isso que você pegou o Samuel?

- sim, precisava te encontrar e contar pessoalmente, aquela mensagem era do celular de uma pessoa aleatória

- quem me garante que ele não vai chegar aqui e me matar?

- eu preciso de ajuda VR, se eu te dar meu celular com várias informações dele, você vai acreditar?

- vou pensar, você tá deixando minha família em risco e acabou de traumatizar meu afilhado

- eu preciso de um lugar pra ficar, por favor, ele vai me matar

- vai pra rocinha, ox - peguei o Samuel

- se o GD ficar sabendo, ele vai querer me matar também

- caralho, que merda você foi fazer?

- Por favor

- tá, entra no carro

Levei a Kim pra maré, não sabia aonde ela ia ficar, então tive uma ideia

- calabresa? - chamei um vapor que ficava de olho em um beco escondido da maré

- cole chefe?

- aquela casinha que você tava alugando, tem todos os móveis?

- sim, tá querendo?

- uma amiga minha tá precisando por que a família expulsou

- tá suave - me entregou a chave

- não conta pra ninguém que tem gente aí não, ein

- pode confiar

Levei a Kim nessa casa, pelo menos ali ela tava segura e mesmo assim eu ia contra para o JP.

- essa casa de cima, entra e fica aí, não coloca a cara nem na janela

- obrigada VR

- vai vaza, você já complicou minha vida demais

- viu - saiu do carro e entrou logo na casa

Fui direto pra casa da Alexia, já que todos estavam ali, inclusive meu pai. Entrei pelos fundos já que o Samuel tava dormindo, assim que passei pela porta da cozinha e fui direto pra helena, a Alexia desmaiou

- ele já comeu - falei com a Helena que chorava

- valeu - Igor deu toque na minha mão

Todos estavam sorrindo

- preciso trocar um papo com vocês, agora - apontei para o MT, JP, PH e HR. - fomos direto pra boca

- solta o papo - meu pai perguntou

- eu fiz uma coisa, não sei se foi certa, no momento pareceu e sei que podemos ter o Guilherme na nossa mão

- o que você fez ? - PH perguntou nervoso

desenrolei tudo que aconteceu e eles começaram a rir

- qual é a graça?

- por mim tá tudo bem, podemos usar essa tal de mim a nosso favor pra chegar no Guilherme, agora a Maju não vai gostar nada disso - MT riu

- pelo amor de deus, ninguém vai comentar que ela tá aqui, Maju não pode se estressar

- aí eu tô com ele, minha filha tá com duas crianças na barriga - JP falou

- tá suave, eles concordaram.

Assim que eu tava saindo da boca o HR me parou

- obrigada por hoje

- sabe que faço de tudo por aquele menino, né?

- sei bem

- agora vou atrás da barriguda - ele riu e a Maju saiu da casa

- eai, amor? - ela perguntou enquanto a gente descia o morro

- que foi?

- como conseguiu?

- amor, tô morrendo de fome, vamos comer primeiro? - tentei mudar de assunto

- tá bom

Agradeci mentalmente por ela não perguntar mais nada o resto da noite, minha cabeça tava processando tudo.

No morro da maré 2Onde histórias criam vida. Descubra agora