Capítulo 22

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JP narrando

Cheguei no postinho e nem precisei entrar a Dáfiny já tava saindo com uma cara de revoltada

- Irmã, que saudade, você sabe que eu te amo né?

- Eu deveria te matar, como na primeira vez, só que de verdade

- Você tem coragem de fazer isso com seu irmão?

-Isso tudo é culpa sua sabia?

- Eu sei, não precisa jogar na minha cara 

- Preciso sim, você some e nem avisa, sua filha cresceu, você tem uma afilhada. Você teve a chance de ser uma pessoa melhor aqui

- Eu não tive culpa, quando eu acordei já tava bem longe daqui - que caralho, ninguém entendia

- Lá vocês não usam telefone não? Me poupe João Pedro.

- Caralho, Dáfiny.

- Você tá aqui não tem um mês, a polícia sobe e atira no meu marido e ainda tão caçando outros

- Como assim? - Emily chegou junto com o HR

- O cara que atirou no Pedro, falou no radinho que tinha atirado no braço direito do JP e ainda falou que faltavam outros, advinha quem são ?

- O próximo sou eu - HR falou

- Não vai ser, irmão. Vamos acabar com tudo isso

- Cadê ele, Dáfiny? Morreu? - Emily falou perto de mim, tava gostando dessa aproximação dela

- Mandei pra geladeira

- Vamos acabar com ele - HR falou subindo na moto

- Vocês podem torturar, só deixem vivo, porque eu que vou matar.

- Não quero você envolvida com isso - a Dáfiny ficou maluca, só pode

- Você não sabe de nada, não vem querendo mandar no morro que você deixou pra trás, se eu chegar naquela porra e ver o cara morto, você vai ver o que vai acontecer com você, e eu tô falando sério

- É melhor você deixar ele vivo, vai por mim - Emily falou sentada na moto

Caralho, até quando o povo vai ficar me julgando, a Dáfiny agora quer sair matando todo mundo, eu não criei ela pra ficar envolvida no morro, aí na primeira oportunidade que sumo, ela entra no tráfico.

Daqui a pouco a Sofia e a Maria Júlia também estão envolvidas com isso e vão ficar dizendo que tudo isso é culpa minha.

- Cadê o cara, ratinho? - falei com um dos vapores que estava vigiando

- Ai dentro, não para de rir, parece um maluco

Já sabia que essa risada é de desespero, a morte te faz sentir muitas coisas, uma fez já fiquei assim. 

- Qual é a graça? - falei ficando de frente pra ele

-JP, o dono da maré em pessoa

- O que você quer?

- É bom aproveitar seu tempo vivo, porque você vai morrer e dessa vez é de verdade - riu

- Vamos jogar um jogo, se você não responder vou arrancar sua pele, até ficar em carne viva e depois jogar álcool, você escolhe.

- Filha da puta 

- Vamos começar agora - cortei um pedaço da pele do braço dele até ficar em carne viva e joguei álcool

-AAAAAAAAAA 

- Não precisa gritar, só foi um teste, agora é de verdade - o HR me ajudava, Emily só me olhava parecendo negar esse tipo de coisa

- Vamos começar, o que vocês querem?

- Não vou falar nada, desgraçado

- Você que sabe - cortei de novo em outro lugar e fiz tudo de novo na hora que ia jogar álcool 

- Eu falo, só não joga álcool, eu falo.

- Até que foi rápido - falei rindo

- O comandante tá junto com um morro, só não sei qual, então sempre vigiamos a filha de vocês, ele mandou matar todos, só deixar você e sua mulher vivos, porque o cara do morro quer a cabeça de vocês

- Ótimo, amanhã tem mais - joguei álcool do mesmo jeito

Ia começar uma guerra, não sabia quem era esse outro dono de morro, só sabia que ele não vai ficar vivo, e depois que eu arrancar a cabeça dele, vou deixar pendurada na entrada do morro, o antigo JP voltou.

No morro da maré 2Onde histórias criam vida. Descubra agora