Capítulo 48

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Boa noite meu amores, se a gente bater 50 comentários e 25 estrelinhas vou soltar outro capítulo ainda hoje!!

Maju narrando

A Helen desceu e ficamos esperando os meninos chegarem, depois de duas horas eles apareceram rindo, e sem nenhum arranhão, nem parecia que tinha ocorrido uma invasão.

- caralho, que demora ein - falei levantando pronta pra ir

- vai pra onde? - MK falou

- casa

- não vai não, agora que vai começar a putaria

- como assim? - olhei pra Helen

- o maior baile da Rocinha, com todos os traficantes de fora

- tô sem pique

- eu também

- vocês que sabem, qualquer coisa é só brotar

A gente se despediu dos meninos e descemos o morro, eu não sabia o por que mais o dono me olhava de um jeito frio, que me deixava nervosa. Ignorei aquilo e desci pra casa da Helen.

Nosso domingo foi em casa, assistindo Netflix e chorando por causa dos filmes.

- amiga, já vou - falei arrumando minhas coisas

- tá cedo

- quero enfrentar logo meus pais

- boa sorte! - riu

Eu tava calma, não queria brigar com minha mãe, só não queria papo com meu pai. Entrei no morro e tava tudo calmo, os vapores nem vieram de conversinha, inclusive o gago, que não era gago. Os vapores tinham apelidos nada a ver

- conta logo o que ta pegando - parou do lado dele

- seu pai tá furioso, sua mãe tá tentando se acalmar por conta da gravidez

- só isso?

- a loirinha voltou

- valeu gaguinho

já sei pra onde eu ia, a única pessoa que me entende nessa vida, a tia Dáfiny. Entrei na casa da minha tia e ela e o tio PH estavam na sala assistindo filme

- no final ela morre - falei assustando

- que susto caralho - meu tio falou

- tá devendo agora ?

- tô, passa aí o malote

- poxa, serve 2 reais?

- você é fuleira - saiu andando

- temos que conversar mocinha

- sim, nem passei em casa

- você tem que conversar com sua mãe e seu pai

- não, ele quer me controlar, aí vem essa gravidez e ele achou ruim de eu ter falo aquilo

- seu pai nunca foi um bom irmão, queria me controlar. Ele teve que amadurecer muito rápido, não passou por fases da adolescência, quando encontrou sua mãe ele foi mudando, e agora ele quer tentar com você.

- do jeito errado, ele chega com o discurso de pai do ano, não vem dá uma atenção e agora com essa gravidez eu vou ser esquecida por ambos

- não vai, você vai ter um bebezinho pra doar amor, cuidar e proteger.

- te amo, obrigada por cuidar de mim

- sempre minha florzinha - me abraçou e eu tomei coragem e fui pra casa

Quando eu tava saindo me deparo com o VR de moto, esse homem parece que vive me perseguindo.

- pensei que não ia voltar mais

- bem que eu queria

- sobe ai

- vai me levar pra onde?

- sobe ai - subi e ele me levou pra seu Vicente

- estranho

- o que foi?

- você me trazendo aqui

- achei que queria comer

- eu quero

- então vamos comer

Entramos no seu Vicente, e fizemos o pedido, era muito estranho ele me trazendo aqui do nada, tava desconfiando de algo.

- eu amo esse lugar - falei olhando tudo

- é da hora, queria te chamar um tempo pra comer aqui já tem um tempo

- por que ?

- a única pessoa que eu suporto, tava precisando ver gente

- você sumiu

- tava em um rolo da boca, fiquei uns tempos fora, e quando voltei fui buscar a Helena

- tô doida pra ver o bebezinho

- cola lá depois

- não vai tocar no assunto da gravidez?

- não, cada um reage de uma forma

- tá chateado?

- não, só acho que tem muita cegonha nesse morro

- pois é

A comida chegou e comemos, depois ele me deixou na porta de casa, eu tava congelando de medo.

- obrigada pela comida

- vamos fazer isso mais vezes, se você quiser

- tá mudado

- tô normal

- tá bom, amanhã eu falo com você - dei um abraço e ele deu partida

Sumo por 2 dias e encontro o VR fofinho, muito estranho, não sabia o que tava acontecendo.

Pensando no VR, escuto o barulho da porta abrindo e me deparo com meu pai me olhando

No morro da maré 2Onde histórias criam vida. Descubra agora