The Night We Met

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Capítulo Quatro: The Night We Met

"Não sou o único viajante
Que não pagou sua dívida
Estive buscando um caminho para seguir novamente
Me leve de volta para a noite em que nos conhecemos

E então eu posso dizer a mim mesmo
Que diabos devo fazer
E então eu posso dizer a mim mesmo
Para não andar ao seu lado

Quando a noite estava cheia de terrores
E seus olhos cheios de lágrimas
Quando você ainda não tinha me tocado
Me leve de volta para a noite em que nos conhecemos

Eu tive tudo, e então a maior parte de você
Um tanto, e agora nada de você
Me leve de volta para a noite em que nos conhecemos".

- The Night We Met, Lord Huron

Elena Gilbert POV

Mônaco, França.

Jogo as sacolas de compras em cima da cama.

Vou até minha escrivaninha da onde tiro de lá meu notebook e o levo para cama. Onde brigo por espaço entre as compras, pelo aparelho faço uma chamada de vídeo e meus remetes demoram alguns segundos para atende-las:

- Ei Elena! – Caroline e Marcel dizem juntos. Era muito bom ver meus amigos novamente, mesmo que fosse por uma chamada de vídeo e que o Atlântico nos separassem. – Diga-nos que um príncipe se encantou por você e que vão se casar na semana que vem.

Dou uma gargalhada pela suposição de Marcel.

- Nem nos meus melhores sonhos. – resmungo. Meus melhores amigos dividem a tela do computador e me observam com seus olhos curiosos.

Conheci Caroline Forbes numa queima de estoque na SoHo, em que nós duas brigamos pelo mesmo vestido. Já Marcel Gerard nós atuamos juntos em um clipe musical da banda The Killers e desde então não nos desgrudamos mais. Nós três dividimos um apartamento no Brooklyn e brigamos duas vezes por semana em que todos os nossos impasses se baseiam em motivos puramente fúteis.

- Ontem vi uma foto de Damon com sua querida amiga Villanelle, sendo que ele havia me ligado bêbado para reclamar de Jeremy e eu. – resmungo. O amargo na minha boca torna a experiência de voltar àquela memória desgostosa. Eu odiava sentir ciúmes daquele homem, que tentava o possível e impossível somente para me irritar.

- Vocês dois parecem duas crianças mimadas. – Caroline ralhou. Minha melhor amiga nunca fora muito com a cara de Damon. A cada briga Caroline detestava ainda mais ele. – O que aconteceu com o seu flerte com Austin Stowell?

Faço uma careta.

Desde que terminei com Damon, minha amiga Care sempre tentava me apresentar a novos rapazes e tratava-se como um cupido. Sei que ela possuía boas intenções, já que a mesma me viu chorar inúmeras vezes pelo Salvatore. Contudo, o seu gosto para homem é um pouco questionável e isso fica evidente quando a mesma me apresentou Austin, um dentista com um tique-nervoso de passar a mão no cabelo a cada cinco segundos.

- Ele não faz o meu tipo. – resmungo – E você precisa parar de me arrumar encontros à cegas, pois eles nunca dão certo.

- Claro! Você continua transando com o Damon! – Care exclama na defensiva. Vejo Marcel revirar os olhos em impaciência. Também respiro fundo cansada por discutir sempre sobre o mesmo assunto. Porém, eu entendia Caroline, afinal não gostaria de ver minha melhor amiga chorar sempre pelo mesmo cara. – Que pau de ouro é esse...

- Caroline! – Marcel exclama estupefato. Meu amigo lança um olhar repressor sob a loira e aproxima o notebook para que houvesse uma exclusividade na imagem que era transmitida para mim. Não havia alivio ou glória em momentos assim, na verdade o constrangimento era o que eu mais sentia quando meus amigos falavam o quão errado é o que tenho com Damon. Eles me alertavam, imploravam para que eu largasse essa dança venenosa. Mas, eu não conseguia parar. – Nós sabemos que você e ele são dois adultos solteiros, e um pouco perturbados, mas livres para fazer o que bem entender. Só que é difícil ser telespectador deste ciclo sem fim, onde vocês dois se machucam e transam na mesma intensidade.

Love Under RubbleOnde histórias criam vida. Descubra agora