Love Will Tear Us Apart

155 16 7
                                    


Capítulo Vinte e Um: Love Will Tear Us Apart

"Por que o quarto está tão frio?
Você se virou para o seu lado
Será que só chego na hora errada?
Nosso respeito se acaba rapidamente
Mas ainda há esta atração
Que mantivemos ao longo de nossas vidas

[...]

Você chora no seu sono
Todos os meus fracassos expostos
E há um gosto em minha boca
Enquanto o desespero toma conta
Simplesmente como algo tão bom
Apenas não pode funcionar mais

Mas o amor, o amor vai nos separar, outra vez
O amor, o amor vai nos dilacerar, outra vez".

- Love Will Tear Us Apart, Joy Division.

Damon Salvatore POV
NYC, New York – EUA


Praguejo solitário ao sair do banho.

A noite passada havia sido marcada por dores nos músculos pela yoga, pesadelo e o Oscar miando sem parar aos pés da minha cama. Antes eu reclamava do silêncio daquele lar, mas agora sinto a casa cheia; Amanda havia desistindo de voltar para Chicago, e pediu um quarto, enquanto lida com a burocracia do emprego e de alugar um novo apartamento. Fiz questão de acomoda-la no quarto de visitas, por seguinte ela também começou a me acompanhar nas aulas de yoga. É inevitável me sentir feliz ao ter a minha velha amiga aqui, afinal ficar sozinho só é bom quando é uma escolha.

Enquanto, visto minha roupa do trabalho vejo Oscar ronronar deitado em minha cama. Quando adotei o bichano há alguns dias, tive que voltar de a Carolina do Norte de táxi, onde embolsei quase trezentas pratas. Mas, não reclamei, pois, deitado em meu colo Oscar passou a viagem inteira dormindo. Amanda diz que aparentemente ele desmamou há pouco tempo, mas continua sendo um filhote; ainda preciso leva-lo ao veterinário e fazer todos os exames necessários.

Termino de me arrumar, vou até o bichano e o coloco em meu colo, ele protesta um pouco resmungando por tê-lo acordado, mas ao afagar seu pelo preto e lisinho Oscar se aconchega em meus braços. Saio do quarto e o levo comigo para a cozinha. O dia ensolarado de NYC se mostra pela persiana e ao chegar à sala sinto um cheiro ácido no ar, porém ver Amanda dormindo no sofá de maneira torta me tira a atenção.

Vou até ela e balanço seu braço para acorda-la, pois, tenho certeza que minha amiga terá um belo torcicolo.

- Amanda... acorda... – murmuro.

Ela abre os olhos e ao me ver parece assustada, seu olhar vai direto para porta atrás de mim e volta para o corredor que dá acesso ao quarto de visitas. Amanda se levanta em supetão, mas então uma expressão aliviada surge em seu rosto.

- Ei Damon, bom dia. – ela diz. – Como foi a noite?

Dou de ombros e caminho para a cozinha, deixo Oscar na caminha dele no chão e me encaminho para preparar o café. Amanda aparece no cômodo e se senta nos bancos elevados da ilha, parece cansada e de mal humor.

- Foi boa, apesar do Oscar ter me acordado as duas da manhã. Acho que ele ouviu algum barulho, mas eu fiquei com preguiça de levantar da cama e apenas o coloquei próximo de mim. – murmuro preparando a cafeteira. – Meu Deus! Aquela aula de ontem acabou com meus músculos, nem quando eu fazia musculação era assim.

Amanda solta um risinho, mas ainda continua brava.

- Está tudo bem? – pergunto preocupado.

Ela maneia com a cabeça.

- Sim, só tive uma noite difícil. – resmunga. Termino o café e sirvo o líquido preto em canecas, para ela e eu. – Você tem tido contato com a Elena?

Love Under RubbleOnde histórias criam vida. Descubra agora