Cinnamon Girl

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Capítulo Treze: Cinnamon Girl

"Há coisas que eu quero te dizer, mas vou apenas deixar você partir
Se você me abraçar sem me machucar
Você será o primeiro a fazer isso
Há coisas sobre as quais quero conversar, mas é melhor eu esquecer
Mas se você me abraçar sem me machucar
Você será o primeiro a fazer isso

Ah, ah, ah, ah, ah, ah
Me abrace, me ame, me toque, querido
Seja o primeiro a fazer isso
Ah, ah, ah, ah, ah, ah
Me abrace, me ame, me toque, querido
Seja o primeiro a fazer isso

Querosene em minhas mãos
Você me deixa brava, eu estou pegando fogo de novo
Todas as pílulas que você tomou
Violeta, azul, verde, vermelho para me manter longe, não funcionam".

- Cinnamon Girl, Lana Del Rey

Damon Salvatore POV
NYC, New York – EUA

Assusto-me com a luz do banheiro, que saía pela fresta da porta. Sinto a cama fria e imagino que seja Elena no outro cômodo. Desde, quando eu havia proferido as três palavras no meio sexo, a Gilbert havia ficado levemente distante. Era uma característica sua, porém eu sempre me esquecia; não era com más intenções que aquelas palavras deslizam por minha língua, apenas uma necessidade que crescia dentro de mim em momentos como aquele. Quando meus olhos iam de encontro aos dela e compartilhávamos um sentimento bom, não havia dor ou lágrimas ali. Os segredos do passado não nos alcançava.

Salto da cama e vou até o banheiro, abro lentamente a porta e espio o cômodo. Elena está parada em frente ao espelho, observando-se com um olhar distante e fosco. Seu corpo nu é evidenciado pela luz e consigo ler a frase "Bruised but not broken" que seguia a forma da sua coluna em vertical. Era uma frase que resumia por pouco da personalidade de Elena Gilbert; machucada, mas não quebrada.

Lembro-me que ela havia chegado de uma viagem a Tóquio, enquanto divulgava um filme junto com os demais do elenco, nós tínhamos terminado e as recaídas não eram tão frequentes. Ela estava magoada e de forma silenciosa me culpava. Mas, no momento em que vi aquela tatuagem em sua pele de forma tão íntima – eu senti algo.

Aproximo-me e abraço seu corpo com meus braços, lhe entrego um beijo no pescoço e ela parece despertar do transe em que estava.

- Olá, estranho. – murmurou risonha, enquanto nos observava pelo reflexo do espelho. – Acordou cedo.

- Senti sua falta na cama. – sussurro, franzindo o cenho. Elena soltou um risinho, se libertou dos meus braços, mas girou o corpo ficando de frente para mim e me observando com suas lindas íris marrom chocolate.

- Por acaso você quer um terceiro round, Sr. Salvatore? – ela perguntou em desafio.

Dou um beijo estalado em sua bochecha a surpreendendo.

- Como está seu piercing? – eu pergunto.

- Um pouquinho dolorido. – Elena fica nas pontas dos pés e me beija. Mesmo que no início eu havia ficado relutante quanto a qualquer movimentação naquele músculo ainda ferido, quando se tratava de Elena não conseguia resistir, contudo a ideia de ter a machucado me causava rancor. – Podemos tomar banho juntos?

Olho para aquele rosto que irradiava malícia, e torturo-me para não ceder desta fez. Visto que já excedemos a cota de irritação ao seu piercing, não poderíamos contar com a sorte e ignorar o fato que se a pele inflamasse tornaria a experiência de Elena com sua nova joia extremamente conturbada.

- Você vai trabalhar hoje? – pergunto.

- As gravações já foram concluídas. – ela murmura, ainda nas pontas dos pés e com os braços enrolados em meu pescoço – Mas falta capturar alguns diálogos das filmagens externas, então tenho que ir hoje.

Love Under RubbleOnde histórias criam vida. Descubra agora