Heaven

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Capítulo Trinta: Heaven

"Eu lutei por você
Com força, isso me fez mais forte
Então me conte seus segredos
Eu só não aguento te ver ir embora

Mas o céu não pode esperar por você
Não, o céu não pode esperar por você
Então continue, vá para casa

Nós rimos na escuridão
Tão assustados que perdemos
Nós ficamos nos telhados
Você me mostrou que o amor era tudo o que você precisava

O céu não pode esperar por você
O céu não pode esperar por você
Não, o céu não pode esperar por você
Não, o céu não pode esperar por você"

- Heaven, Beyoncé

Elena Gilbert POV
NYC, New York – EUA

Observo aquela cena em silêncio.

Damon está concentrado na TV, onde é exibido um filme de suspense. Estamos deitados em minha cama, e ele parece confortável. Algumas horas atrás Amanda, Stefan e ele prepararam o almoço, porém meus dois amigos foram ao cinema e Caroline está no quarto – mas, Damon ficou e eu o chamei para o quarto. Damon parece outro homem agora; com um sorriso mais leve, uma dedicação em saber como me sinto e um humor mais cheio de piadas. Pode parecer que é apenas o rancor por ter me dito coisas tão rudes, mas eu o conheço; imagino que seu novo astral esteja ligado ao fato de ter passado o último mês com a mãe.

Eu sei que a relação dele com os pais nunca fora as das melhores; é visível a mágoa de Damon a respeito do abandono da mãe e o desamor do pai, apesar de ele nunca ter assumido isso a mim. Acho que este detalhe em nossas histórias nos aproximou, afinal somos produtos de uma família nada tradicional. Contudo, uma parte de mim murmurava que essa realidade pouco positiva familiar também nos afastava.

- Se você continuar a me olhar eu vou começar a ficar tímido. – ele diz com os olhos ainda na tela. Na penumbra daquele quarto, com o ar agradável do ar-condicionado e o conforto da minha cama, agradeci por estar ao lado de Damon. Ainda conseguia me lembrar do meu desespero quando ele não abriu a porta para mim.

- Deveríamos estar pelados. – resmungo. Certo, nós dois estávamos há quase dois meses sem sexo algum, e diferente de Damon eu não conseguia me contentar com masturbação.

Ele solta um risinho e se vira para mim.

- Não podemos... – Damon enuncia em um timbre torturado. É um sinal que ele também deseja, mas está firme em sua decisão; isso faz com que uma ideia perigosa brinque em minha mente. Dra. Kushnick que me desculpe, mas eu não vou conseguir resistir a este homem.

Dou de ombros para Damon e me levanto.

- Tudo bem, respeito sua decisão... mas, nossa! Que calor que está fazendo, né?! Vou tomar um banho. – murmuro num tom cínico. Damon me observa curioso a minha encenação. Caminho até o banheiro lentamente e deixo a porta aberta.

Tiro minha roupa de forma preguiçosa; o casaco moletom e o short jeans, ficando apenas de calcinha e sutiã. Pelo reflexo do meu espelho, posso ver que o olhar de Damon está vidrado em meu corpo e isso me faz sorrir vitoriosa. Retiro o meu sutiã e solto um muxoxo assustado:

- Ah... eu deixei a porta aberta, que esquecida que sou! – digo risonha, viro-me expondo meu corpo quase nu a Damon e fecho a porta. Consigo ouvir um gemido frustrado dele e isso quase me faz gargalhar.

Concluo a ação de ficar nua e entro no chuveiro.

Uso meus sabonetes mais cheirosos e termino minha tarefa sem presa. Quando deixo o banheiro enrolada numa toalha, vejo que Damon está encarando um ponto fixo. Certo, o autocontrole dele está muito bom, mas eu ainda não terminei com as minhas armas.

Love Under RubbleOnde histórias criam vida. Descubra agora