She Will Be Loved

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Capítulo Vinte e Seis: She Will Be Loved

"Rainha da beleza de apenas 18 anos
Ela tinha alguns problemas com si mesma
Ele sempre estava lá para ajudá-la
Ela sempre pertenceu a outra pessoa

Eu não me importo de passar todos os dias
Do lado de fora, na sua esquina, na chuva torrencial
Procure a garota com o sorriso partido
Pergunte a ela se ela quer ficar por um tempo
E ela será amada
E ela será amada

Dê um toque na minha janela, bata na minha porta
Eu quero fazer você se sentir bonita
Eu sei que costumo ficar muito inseguro
Isso não importa mais

Nem sempre são arco-íris e borboletas
É o compromisso que nos deixa juntos, sim
Meu coração está cheio e minha porta sempre aberta
Você pode vir qualquer hora que você quiser".

- She Will Be Loved, Maroon 5

Elena Gilbert POV
NYC, New York – EUA

Ajeito meu boné e óculos escuros.

Hoje pedi para a Dra. Karen que a nossa consulta fosse pessoalmente, pois eu já não aguentava mais ficar naquele apartamento sozinha. Caroline estendeu sua viagem para Mônaco por trinta dias, minha amiga aparentemente gostou muito do principado e suas redondezas; o que aumentou as desculpas que ela dá para Stefan. Já Marcel mal fica em casa.

Enquanto, eu passei dias procurando distrações; assisti sequências de filmes, séries, sequei a minha adega, fumei dois maços de cigarro por dia, me masturbei de todas as formas possíveis, ouvi todas as playlist de músicas animadas numa plataforma online e fiz diversas máscaras faciais. Amanda ia algumas vezes para o meu apartamento depois do trabalho, nós duas jogávamos damas e falávamos mal sobre Damon Salvatore. Stefan também aparecia em alguns dias, com uma garrafa de vinho em mãos e notícias do mundo exterior.

Minha tia Jenna também ficou algumas semanas comigo – fizemos meditação conduzida, dançamos, bebendo licor e até arriscamos cortar o cabelo uma da outra, inclusive ela fez um belo estrago no meu. Dou risada apenas de lembrar da situação: Jenna e eu estávamos bêbadas de vinho, assistindo "De Repente 30" e uma ideia perigosa passou por minha mente. Ela cortou o meu cabelo um pouco abaixo do ombro em mechas repicadas, enquanto eu cortei um pouquinho do dela.

Na manhã seguinte eu acordei de ressaca e com a necessidade de ir ao cabelereiro.

Houve também os dias ruins, onde as lágrimas e tristezas me seguiam pela casa. Trinta dias fora o período em que passei mais presente comigo mesma, senti meus demônios voltarem com muita força e se não fosse pela terapia com a Dra. Karen Kushnick provavelmente sucumbiria ao desespero.

Saio do carro e caminho até o consultório, ainda de cabeça baixa e me escondendo. Ao chegar à recepção vejo que está vazia, pois combinamos um horário flexibilizado. Karen surge no corredor e me pede para segui-la. Ao chegar à sua sala, ela me indica o divã e me sento ali. Karen pesca seu tablet e se aconchega em uma poltrona; encaro o teto branco acima de mim e suspiro, o inicio de nossos encontros era sempre suaves, até eu dizer algo e ela desencadear provocações para que dê mais detalhes.

- Então, Srta. Gilbert como foi a sua semana? – ela questiona.

Respiro fundo e busco em minha memória por mais minúcias.

- Ontem à noite Amanda e Stefan foram jantar comigo, ele levou cerveja e ela nos obrigou a cozinhar. – solto um riso ao me lembrar da minha cozinha revirada por nós – Stefan e Amanda se dão muito bem, aquele tipo de amizade que parece ser da vida inteira. Eu me sinto bem com eles, o que é irônico já que morria de ciúmes dela com o Damon. Que inclusive, ele ainda está na casa da mãe.

Love Under RubbleOnde histórias criam vida. Descubra agora