How Could An Angel Break My Heart

192 19 5
                                    


Capítulo Quinze: How Could An Angel Break My Heart

"Ouvi dizer que ele cantou uma canção de ninar
Ouvi dizer que ele cantou com o coração
Quando eu descobri, pensei que fosse morrer
Porque aquela canção de ninar era minha
Ouvi dizer que ele a selou com um beijo
Beijou gentilmente seus lábios vermelhos
Achei isso tão difícil de acreditar
Pois os beijos dele me pertenciam

Como um anjo pôde partir meu coração?
Por que ele não pegou minha estrela cadente?
Eu queria não ter desejado tanto
Talvez eu tenha desejado que o nosso amor acabasse
Como um anjo pôde partir meu coração?

Oh, a minha alma está morrendo, está chorando
Estou tentando entender
Por favor, ajude-me".

- How Could An Angel Break My Heart, Toni Braxton

Damon Salvatore POV
NYC, New York – EUA

Desperto lentamente.

Sinto o braço de Elena em minha cintura e o aconchegar das cobertas. Com muito cuidado deslizo meu corpo pela cama até sair na borda. Pesgo um calção de moletom, na minha gaveta que Elena havia reservado para roupas minhas. Saio do quarto tentando fazer o menor barulho possível e caminho até a cozinha. As persianas da sala indicam que o sol começava a subir ao céu. Passo pela bagunça que deixamos na sala pelo jantar de ontem e vou até a geladeira. Bebo um generoso copo d'água. Eu gostava dos jantares entre amigos, porque geralmente dávamos muitas risadas, contudo ontem não me senti pertencente ao momento. Minha cabeça estava longe, muito longe.

Observo o apartamento de Elena levemente nostálgico. O nosso quinto encontro foi quando ela me chamou para conhecer o espaço e pediu a minha opinião a respeito do lugar. Eu sabia que Elena havia crescido em um bairro familiar no Brooklyn e passou sua vida inteira ali, mas quando ela ponderou a ideia de se mudar para uma área mais fechada para as pessoas de condições melhores, imaginei que seria mais fácil se mudar logo para Manhattan. Porém, Elena bateu o pé e disse que queria continuar a viver no distrito. Entendi que eu deveria me acostumar a dirigir por meia hora se quisesse vê-la. Quando vi o apartamento mobiliado e a sua felicidade ao dividi-lo com Caroline, minhas reclamações sobre a distância se calaram. Se ela está feliz, eu também estou.

Saio da cozinha e me encaminho para o quarto, porém ao passar pela porta do escritório de Elena algo me chama para entrar ali. E eu o faço. Ao abrir a porta pude receber a visão panorâmica daquele cômodo, e o adentro. O espaço é pequeno, há uma mesa de ébano, poltrona, uma estante de livros e outra com os prêmios que Elena havia ganhado ao longo de sua carreira, há um sofá e quadros com as capas de revista que ela estampara.

Caminho até sentar-me em sua poltrona e sinto aquele espaço expressar a personalidade de Elena em cada canto. A mesa está organizada perfeitamente, com o computador, algumas pastas e um porta-retratos dela ao lado de Marcel e Caroline. Elena faz tudo por aqueles que ama, mas de um modo até egoísta sinto que ela não tem tanto empenho quando se trata de nós.

Meu braço acaba esbarrando no mouse do computador, quando eu me preparava para pegar aquele porta-retratos, e com o toque a tela do monitor se acende trazendo luz para aquele cômodo que estava apenas na penumbra. A imagem que se exibe na tela chama mais a minha atenção do que o porta-retratos: Elena estava usando um vestido de gala, enquanto segurava uma estatueta do Oscar. Eu me lembrava daquele dia, era o after-party da premiação e aquele era o prêmio que uma amiga atriz de Elena havia ganhado e ela pediu emprestado para tirar uma foto. Fora eu que registrei o momento, e vi o olhar de Elena brilhar ao segurar aquela estatueta.

Love Under RubbleOnde histórias criam vida. Descubra agora