Beijo no palco.

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- pronto, insulina aplicada.

A enfermeira retirou a agulha do braço de Clara e começou a organizar a maleta. Pronta para voltar para casa.

- trabalho feito.

A garota sorriu com gentileza, enquanto Mariana e Luísa analisavam aquela cena com assombro.

- eu nunca aguentaria levar uma agulhada constantemente- admitiu Mariana.

A enfermeira, que achou graça do comentário da garota, não pôde deixar de responder:

- ia sim. Ia, se sua saúde dependesse disso.

As meninas seguraram a mão de Clara, em um ato de apoio e solidariedade.

A enfermeira então saiu.

- que horas você vai?-

Luísa ajeitou a alça do vestido.

- daqui a algumas horas.  Só vim me despedir de você e de Mariana.

- boa viagem.- desejou Mariana.

- Augusto já sabe?- o tom de Clara saiu calmo e amável.

Luísa não se retraiu, pois sabia que todos já sabiam da amizade dela com Augusto.

- não. E não sei se terei tempo de dizer a ele.

O sorriso brotou nos lábios de Mariana.

- e por quê não contou isso a ele ontem?

Clara arregalou os olhos.

- ah, então era com ele que você estava ontem, não é mesmo? Depois que a noiva disse sim.

Luísa cruzou os braços e fez uma careta como quem diz" isso é um complô?"

- não foi nada do que estão pensando..

- como não?

As amigas caíram em uma espécie de euforia feminina.

- ele estava triste com o casamento da Paula e... Somos amigos.- arrematou.

Mariana lançou um olhar a Clara, do tipo" sei..."

- mais que amigos ou não, você deve avisá-lo que vai partir hoje.- aconselhou Clara.

Luísa abriu a boca para perguntar como ela faria isso mas seu ato foi interrompido quando a empregada adentrou a sala.

- senhora, visita.

Mariana se levantou do sofá, pronta para partir. Luísa a acompanhou no movimento.

- quem é?- quis saber Clara.

- um rapaz com uma cicatriz no rosto.

Mariana sentiu o sangue sumir do rosto. Antônio, o que ele fazia ali?

- ah, claro. Mande ele entrar.

- senhora, ele tem pressa.

As lindas se entreolharam, curiosas.

***

Para Antônio, aquela era a casa mais chique que ele já havia pisado.

Quando a empregada dirigiu os passos lentamente para chamar Clara, ele logo constatou que não conseguiria entregar o recado a tempo. E se arrependeu por não ter entrado e dado logo o recado.

Ele ensaiou mais uma vez o que iria dizer,mas ao avistar de relance uma cabeleireira preta, engasgou com as própria palavras.

A ruiva vinha seguida por Luísa e Mariana.

Quando escolhemos amar(Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora