Pov Lalisa
- Aqui.
- Obrigada.
Me sentei no balanço ao seu lado, sorrindo em ver a sua bochecha suja de chocolate. Não gostava de vê-la daquele jeito, sempre que saía daquela empresa voltava tensa, triste e as vezes chorando. Começava a me importar com ela e nem percebi.
- Fala pra mim o que aconteceu.
- Lisa... eu me sinto em uma estrada que há dois caminhos. O da direita te leva ao paraíso, o da esquerda te leva as trevas. Preciso escolher o das trevas para sobreviver, mas o paraíso me leva a algo seguro...
- Porque não escolhe o do meio? Um pouco de cada?
- Eu... eu não consigo.
- Você já me disse essa frase algumas vezes, Jennie, como sabe que não consegue sem ao menos tentar? Se você tem a opção e tem uma certeza em tudo, apenas siga o seu coração. Isso não é difícil.
- Você fala parece fácil...
- É fácil, cinderela. Só se entregue ao momento.
Me coloquei atrás dela sorrindo em ver os seus cabelos voando conforme a balançava. A ouvi rir, e soube que meu dia estava ganho ali.
Até que ela pulou dali e correu em minha direção ainda com o mesmo sorriso. Abracei a sua cintura permitindo o seu rosto na curva do meu pescoço. Eu achava que ela respirava de verdade comigo, e se aquilo fosse verdade, ficaria ao lado dela até que tivesse ar suficiente para tentar sozinha. Tipo um balão, precisava do nosso ar para se encher e depois poderia voar sozinho. Queria que Jennie conseguisse.
- Agora olha aqui pra mim.- sussurrei segurando o seu rosto e sorrindo em vê-la meio vermelho.- Me promete que vai conseguir voar se eu te empurrar um pouquinho?
- Prometo se voar comigo...
- Se deixar levar a minha moto, eu vou!
- Então eu te prometo.
- Agora vai, cinderela, quero um sorriso.
- Você manda em mim só quando estamos na cama.
- Então vamos voltar...- falei deslizando as duas mãos até as suas nádegas. Ela as segurou e correu até a moto com um sorriso diferente nos lábios.
- Me leva naquela lanchonete?
- Claro, estou morrendo de fome.
Nós chegamos lá e Jennie já não estava tão desanimada e até cantarolava, aquilo me irritaria se não fosse tão lindo. Recebi alguns tapas fracos em meu ombro por roubar as suas batatas, tudo aquilo parando quando o meu celular tocou.
- Só um minuto, cinderela.- olhei no visor e soube que algo bom dali não viria.- Oi, tio Arthit.
- Oi, Lalisa. Trago notícias.
- Fala.
- Menos de um mês, eles tem que sair de lá em menos de um mês.
- Merda! Porra, um mês é muito pouco! Não consigo arrumar um lugar para eles em tão pouco tempo!
- Calma-
- Calma? Tio, você sabe da doença deles! Eles não vão ter saúde em receber essa notícia! Você sabe... eles tem pouco tempo de vida. E a única coisa que a minha mãe quer, é morrer no país dela. Não arrumei grana o suficiente para as passagens, é muito caro!
- Posso tentar adiar um pouco mais, dois ou três meses...
- Ainda assim, tio, não vai dar tempo...
- E os remédios?
- Você sabe como eles são teimosos, tio. Não estão tomando, eles mau tem comida na geladeira.
- Nós vamos dar um jeito, Lisa, vamos conseguir tirar os seus pais dessa.
- Vou tentar arrumar alguma grana para mandá-los para Tailândia. Ou achar uma casa até lá. Me liguei se conseguir.
- Se cuide.
Sequei as lágrimas antes de voltar para mesa, Jennie bebericava o meu refrigerante sorrindo. Eu me sentei na sua frente tentando esconder a angústia, mas ela percebeu.
- Hey, o que foi?
- Nada. Está tudo bem, a batata-
- Não mude de assunto, o que foi?
- As coisas com os meus pais não está indo muito bem, apenas isso.
- Como assim?
- Nada, problemas financeiros.
- Eu posso ajudar com alguma coisa? Se precisar sabe que pode pedir a mim-
- Não. Não precisa, eu já estou resolvendo a situação, não se preocupe.
- Lisa, é sério...
- É sério, Jennie. Vai ficar tudo bem.
Eu me inclinei para beijá-la tocando a sua bochecha com as pontas dos dedos, me permiti sorrir um pouco ao sentir a brincadeira das nossas línguas. Ok, talvez eu tenha falado muita coisa antes de realmete prová-la.
- Vamos pra casa, Lisa?
- Agora.
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Light of Fame (Jenlisa G!P)
FanfictionJennie Kim, a atriz mais famosa de Taiwan. Lalisa Manoban, sua segurança particular. Relações nada além do trabalho era o esperado.Mas nem tudo segue as regras. O amor é um exemplo disso.