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- Olha só, vejo que alguém aqui está ganhando o peso necessário. Por quando tempo ele está amamentando?

- Hoje de manhã ele se alimentou por quarenta minutos, mas jogou a metade pra fora.

- Isso é normal, o estômago dele ainda está se adaptando, agora vamos examinar esses olhos.

Após saber que Jeongyeon se entregou e assumiu tudo o que fez, começamos a viver realmente. Klahan voltou para o hospital quando completou um mês, pois ainda não estava se alimentando bem, ficou por duas semanas e depois voltou para casa. Eu queria respirar um pouco, poia tudo aconteceu rápido demais, tudo de uma vez, e eu não havia  conseguido processar qualquer coisa.

- Bom, parece que a falha nos olhos estão melhorando aos poucos, ele segue a luz, mas ainda demora um pouco.

Jennie ainda fez algumas perguntas enquanto eu vestia o pequeno de novo, ele estava maior, não muito, mas estava crescendo. Todas as vezes que eu chegava perto dele, recebia um sorriso lindo mesmo não tendo dente era maravilhoso.

- Ouviu só praguinha? Está crescendo e isso é maravilhoso, sabia?

Ele já começava a descobrir a mão, a levava até a boca, ou puxava o meu cabelo, também reconhecia a voz da Jennie e a minha. Ser recebida pelo os dois depois que saio do escritório era muito bom. Estávamos bem, tínhamos ainda muito dinheiro guardado, além do meu e da fortuna milionária da Jennie. Acho que estava bom por enquanto.

- Acha que ele vai ser alto?

- Hum, não sei, mas acho que vai ser bravo igual a você, cinderela.

- Hey, eu não sou brava.

- Ah não?

- Completamente controlada?

- Ah claro, mais controlada que a minha mulher não há.

Eu ouvi a sua risada e a observei andar de um lado para o outro, ela arrumava os ursinhos de pelúcia no mais novo quarto de Klahan, já que ele ainda dormia com a gente. Olhava para aquele menino e o imaginava maior, me chamando de mãe, correndo pelo o apartamento, tirando noites de sono minha e da Jennie, uma coisa que eu sempre odiei, começava a amar e a planejar talvez mais dois ou três, não queria que ele brincasse sozinho. Um irmão ou mais irmãos seria bom para ele. Cada toque era bom, quando ele envolvia a sua mão no meu dedo, tocava o meu rosto, puxava o meu cabelo ou apenas descansasse a mão ali no meu colo, já era perfeito. Pois ver ele durante uma semana em uma incubadora e depois vê-lo mais uma vez e por mais tempo, me fez ficar insegura, me fez ficar com medo e alarmada com qualquer coisa. Qualquer suspiro, qualquer murmúrio, choro, movimento. Jennie me dizia que ainda nasceria cabelos brancos em mim, mas não me importava.

- Meu dedo está bom? Isso não é de comer, praguinha. Cinderela, acho que ele está com fome.

- Quando vai chamá-lo de um apelido normal?

- Isso é um apelido normal! É lindo.

- Quando ele crescer não vai gostar muito.

- Ele vai adorar, cinderela. É o melhor apelido que alguém pode ter.

- Ok, me explica isso depois.

A ligação entre os dois era invejável, acho que eles conversavam pelos os olhos, via o olhar de Jennie quando amamentava o pequeno, já havia tirado milhões e milhões de fotos daquele momento. O jeito que ela acariciava a bochecha dele que incentivava o garoto a se alimentar mais, ou apenas cantava uma canção de ninar, me fazia querer entrar na bolha dos dois e pedir para que Jennie cuidasse de mim também, era tão ridículo, mas era tão familiar, tão... parece que já vivido antes, não sei. Talvez em algum sonho meu meio profundo.

- Uau, quarenta e três minutos! Agora você tem que deixar esse leite dentro de você, meu bem.- ficamos tensa quando Jennie o colocou de pé para arrotar, quando isso aconteceu eu até prendi a minha respiração. Mas graças a Deus, nada foi colocado para fora apenas a sua língua pequena assim que eu o peguei no colo.

- Isso aí, praguinha!

Quando entrei no escritório e vi a pilha de livros que me aguardava e murmurei querendo voltar para o quarto. Me sentei ligando o computador, mas a minha atenção indo para Jennie assim que entrou ali.

- Ele dormiu. Só vim pegar um livro.

- Já te falei o quanto fica linda com essa blusa?

- Falou quando eu a vesti.

- Vem aqui.

Afastei a minha cadeira e a encaixei em meu colo. Passei um tempo a olhando, tirando alguns fios que estavam em seu rosto, sorrindo em fazê-la sorrir.

- Cinderela?

- Hum?

- Você se arrepende de alguma coisa? Sobre a sua carreira ou algo assim?

- Não. É claro que eu não me arrependo de nada. Porque?

- As vezes penso que estaria melhor no conforto do seu dinheiro.

- Meu dinheiro não me trazia conforto, Lisa, nada naquela casa me trazia conforto, acho que apenas a ideia que você estava lá era boa.

- É bom ouvir isso. Até parece que sou importante ou algo assim.

- Você é mais do que importante. E-

A sua fala foi interrompido pela campainha. Nos entreolhamos durante algum segundos e eu a segui quando foi em direção a porta, quando ela abriu o som que a sua garganta emitiu me deixou preocupada.

- Vocês...?

Light of Fame (Jenlisa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora