Light of Fame (Jenlisa G!P)

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Me senti incomodada com o jeito que aquele casal olhava para Jennie. Passei o braço envolta da sua cintura, tentando passar um ar intimidador, mostrando a eles que não tinha medo. Mesmo nem sabendo quem eram.

- Nossa... como... como você mudou, Jennie.

- Em cinco anos as pessoas mudam, papai.

Porra, era os pais delas. Agora sim era preocupante.

- Podemos conversar?

- Depois de cinco anos? Sou toda ouvidos.

Jennie deu passagem para eles entrarem, e eu fiquei ali meio perdida em meio aos olhares que eles trocavam. Meio desconfortável até.

- Eu... vou ver se a pragui... o Klahan está dormindo. Qualquer coisa me chama.- deixei um beijo na bochecha de Jennie e segui pelo o corredor tendo a noção que os olhos deles me queimavam. Entrar no quarto foi um alívio. Meu menino dormia tranquilamente, e como era recomendado pelo médico conferi a sua temperatura sorrindo em ver que estava bem.

Fui para o meu escritório, lá eu mao conseguia ouvir nada pelo o isolamento acústico, então teria que perguntar para Jennie o que estava acontecendo.

Pov Jennie Kim

Encarava eles com estranhamento. Cinco anos sem contato era muita coisa. Mau sabia se eles estavam bem e vise e versa, os rostos ali na munha frente deveriam ser confortantes, mas não era, me magoava ainda mais. Minutos que pareceram horas em silêncio. Uma verdadeira tortura.

- Que apartamento lindo, Jennie.

- Sem enrolação, o que vocês querem?

- Fomos até a casa da Jisoo... conhecemos a Clare e ela é linda. Notamos que o que fizemos não tem perdão, erramos e muito com tudo aquilo. Você e a sua irmã cresceram, estão bem, com uma casa linda, com boas condições, você futuramente pode ter uma família-

- Eu já tenho a minha família, pai.

- Estou falando de um marido e filhos, Jennie.

- Tenho a Lisa e o Klahan e estou muito bem.

- Isso não vem a ser discutível. Só queremos dizer que... estamos arrependidos de tudo-

- Depois de cinco anos? Vocês jogaram a Jisoo na rua quando ela mais precisava de vocês! A deserdou como parte da família por causa de uma idiotice! A culpa era dela se o canalha do namorado não quis assumir o filho? E eu bem lembro, pai, você o colocando em um pedestal, como se ele fosse o melhor homem do mundo! O melhor namorado do mundo! Eu tive que cuidar da minha irmã e da minha sobrinha, porque nem isso vocês fizeram. A Clare já me perguntou várias vezes sobre vocês e o que eu falaria? Ah, os seus avós? Expulsaram a sua mãe de casa quando descobriram que ela estava grávida de você. Alguma criança aceitaria isso? Vocês nunca gostaram da Jisoo, eu sinto isso, eu sei disso. Se fosse eu no lugar dela? Ainda estaria no conforto do dinheiro de vocês. Porque eu sempre segui o que vocês queriam, sempre fiz a vontade de vocês, e só porque a Jisoo quis ser diferenfe... a gravidez foi uma desculpa só para darem um fim nela! Ela tinha dezessete anos! Saibam que agora estamos bem sem vocês, e se querem tanto saber sobre mim, estou namorando uma mulher incrível que me proporcionou a coisa mais valiosa a mim que é o nosso filho. Que sinceramente, não quero que conheça vocês.

- Você e Jisoo sempre foram duas ingratas. Demos a vocês do bom e do melhor. Viveram como duas princesas, comeram da melhor comida, vestiram a melhor roupa! Demos tudo o que o dinheiro podia comprar.

- Sim, mãe, vocês deram tudo que o dinheiro podia comprar. Mas a única coisa que queríamos e que nada nesse mundo pode comprar era o amor e a atenção de vocês. Isso a gente nunca teve. Mas está tudo bem. Pois a Jisoo está ensinando a Clare o que realmente importa, está ensinando a ela a ser feliz, e eu vou ensinar isso ao meu filho também. E se o dinheiro traz felicidade a vocês, fiquem com ele. Nunca fez diferença pra mim.

Eu me levantei abrindo a porta para que eles saíssem, não quis olhá-los pois seria desagradável, apenas tranquei a porta, de alguma forma trancando o meu coração também, eles eram os meus pais, mas estavam irreconhecíveis para mim. E eu não podia fazer nada a respeito.

Klahan murmurou um pouco quando eu entrei no quarto, e prometi em silêncio que queria ensinar o meu filho voar, algo que eu começava a fazer agora com o sopro de Lisa. Troquei a sua fralda e logo um suspiro saiu dele, deixei um beijo em sua testa e fui até o escritório querendo o conforto dela.

- Tudo bem?

- É... acho que sim...

- Quer conversar?

- Hum... não, agora não.- ela assentiu passando os braços por volta da minha cintura me deixando beijos quentes nos lábios enquanto eu sentia o alívio tomar conta de mim.

- Acha que o Klahan vai acordar?

- Acho que só mais tarde, porque?

- Então temos tempo até lá.

Automaticamente soube o que ela queria, e sorri em aprovação. Ainda bem que aquele escritório tinha isolamento acústico.

...