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Mesmo com mil livros na minha frente e com cinco pessoas explicando tudo, eu não consegui pegar nada da matéria do dia, tudo passava pela a minha cabeça, não sei. Eu só queria ir embora.

- Vocês acham que os professores podem me transferir para os cursos onlines?

- Bom, só se você tiver um ótimo motivo para isso, você tem?

- Claro que sim, Jihyo.

- E podemos saber qual é?

- Curiosas vocês, é algo pessoal.- eu me levantei pegando a minha mochila e alguns livros, prometi a Jihyo que mandaria o resto do trabalho por e-mail, e logo segui para a diretoria.

Eu adorava a faculdade, de verdade. Conhecia boas pessoas lá, fazia parte de um grupo de estudos e a cada dia mais aquele assunto ia me chamando atenção. Mas agora tudo estava meio diferente.

- Boa tarde, senhor Gabriel. Tem um minuto?

- Claro, sente-se.

- A minha vida teve muitas novidade, senhor, e agora está sendo um pouco difícil para mim vir até a aula. Seria pedir demais para uma possível transferência virtual?

- Me diga o motivo.

- O meu filho acabou de nascer, aconteceu algumas complicações e ele veio ao mundo apenas com seis meses de gestação. Minha mulher ainda está meio fraca e eu precisava estar ao lado dela.

- E como fica a questão dos trabalhos em grupo?

- Bom, nesss caso posso vim sem problema algum.

- Certo, eu te mando um e-mail caso o seu pedido seja aprovado.

- Obrigada, senhor Gabriel.

Eu saí do prédio mais animada e esperançosa. Agora eu ia de ônibus para casa pois se caso acontecesse, Jennie estaria com o carro e seria melhor. Eu não me importava muito, mas sentia falta das minhas motos que eu perdi de algum modo. Eu pegava um atalho por dentro de uma viela para assim chegar no ponto de ônibus mais rápido, e não foi diferente naquele dia. Que dizer, foi tudo diferente naquele dia.

Ao entrar ali me deparo com a única mulher que ferrou com a minha vida inteira, não só a minha mas como a da mulher que eu amava. Encostada em uma parede fumando um cigarro vi Jeongyeon. Olhei para os lados e estranhei que ela estivesse sozinha.

- Ora, cadê os seus seguranças? Seus carros luxuosos? Todo o seu dinheiro? A sau empresa caiu foi?

- Olá, Lalisa. Qual foi a sensação de ver o seu trailer virando churrasco? Deve ter sido... lamentável, não é mesmo?

- Ah foi. Foi sim muito triste vê-lo daquele modo, mas a única coisa que eu posso fazer agora, é acabar com a vida de quem fez isso, não é mesmo?

Eu joguei a minha mochila no chão assim que ouvi um baixa risada sua, não era surpresa eu estar sentindo o meu sangue correr pelas veias. O ódio me dominava.

- E como foi a Jennie? Ainda se drogando com aqueles remédios? Ela é uma menina tão fraca que não consegue lidar com o desprezo. Ela deve ter matado o filho de vocês-

Eu agarrei o pescoço daquela mulher, o apertando com tanta força que se ela morresse eu agradeceria. Fechei a minha mão e acertei um soco em seu rosto, depois outro, e mais outro, até ver que o sangue começava a sair da sua boca. Senti um soco no meu estômago e acabei soltando-a por conta da pressão. Meu rosto ardeu quando ela desfereiu alguns socos ali também. Segurei o seu punho no ar a encostando na parede mais próxima, não pensei duas vezes em dar um chute em sua barriga, tão forte que a vez cair no chão. Ainda não satisfeita voltei a soca-la com toda a raiva que existia em mim, naquele momento tive certeza de uma única coisa.

Ninguém mexeria com a minha mulher novamente.

- Abre a boca pra falar da minha namorada de novo, Jeongyenon. Porque você pode ter dinheiro, pode ter bens, pode ter o caralho de todo o poder, mas dinheiro nenhum leva a sua alma para um lugar bom, e se eu te encontrar lá embaixo, termino o que comecei aqui.

Eu liguei para Marcos avisando que havia visto Jeongyeon, mas a história era bem diferente. Tive que ir para a delegacia também e a minha única preocupação era não chegar tão tarde em casa, e o que eu falaria para Jennie quando ela visse os pequenos cortes em meu rosto.

- Ela está na sala de interrogatórios agora, vamos fazer os exames do dna e se for compatível, ela não vai sair daqui tão cedo. E, Lalisa, não era para ter se metido em uma briga com ela.

- Isso já era motivo pessoal, Marcos. Ela mexeu com a minha namorada, eu não ia deixar barato.

- Tudo bem, mocinha. Está liberada, te ligo caso algo aconteça.

Peguei o ônibus de volta para casa sentindo borboletas no estômago em querer ver os dois logo. Abri a porta em silêncio, ouvindoa voz doce da minha namorada cantarolar algo. Quando me viu, deu um sorriso mas logo franziu o cenho tocando a minha bochecha.

- O que aconteceu?

- Pode respirar agora, cinderela, Jeongyeon não vai ser mais um problema na nossa vida.

Light of Fame (Jenlisa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora