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- Ele está respirando com a ajuda dos aparelhos, estamos examinando os órgãos para ver o quanto eles se desenvolveram. A chances de ele conseguir sobreviver são muito poucas. A Jennie está um pouco melhor agora podendo receber visitas.

- Vai lá, Lisa, vou ficar aqui para receber a Chaeyoung.

Fraca. Eu e ela estávamos fracas. Me sentei ali vendo cada lágrima descer pelo o seu rosto pálido, sua mão procurou a minha em um desespero, e juntas podemos chorar querendo apenas o nosso menino ali conosco.

- Ele vai crescer, Nini... ele vai amar motos tanto quanto eu fica vendo.

- E se ele não conseguir...

- Hey! Para. Ele vai conseguir sim! Sei que está com medo, mas pensar no pior não vai ajudar!- eu pedi segurando o seu rosto e olhando no fundo dos olhos daquela garota meio perdida no momento.- O nosso filho é um garoto forte, pois tem as mães mais fortes do universo, você enfrentou a sua chefe, eu enfrentei um acidente e ele vai enfrentar os problemas que estão por vir. Céus, Nini... eu pedi para você não tomar remédios... porque mentiu para mim? O que te assustou? O que te deu medo?

- Eu... não sei... pensei que com os remédios, o medo iria sumir... eu iria ficar melhor... agora o nosso filho está assim por minha culpa...

- Não, Jennie... não se culpe por favor. Quando eu decidi sentir algo por você, soube que iria doer, em algum momento iria me arrepender, iria me magoar, iria chorar, e eu estou sentindo tudo isso de uma vez. Tudo isso é estranho, mas eu ainda quero sentir isso, quero se for com você. Porra, sempre odiei crianças, mas agora é o meu filho e eu quero ver ele crescer, quero ver os seus dentes nascerem, quero ver ele andar, quero acordar no meio da madrugada para trocar a fralda, quero brigar com ele caso não faça algo certo, quero ensinar a ele a importância dos sentimentos. Mas agora, tudo o que eu mais quero é que você acredite nele, na força que o nosso garoto têm, me entendeu?

- Huhum...

- Quero que me prometa, Jennie.

- Prometo, Lisa...

Fiquei ali com ela até pegar no sono novamente. Fui conduzia até onde o meu filho estava, não pude entrar, vi ele por trás do vidro. Descansei a minha testa ali, vendo o corpo pequeno cheio de tubos, ele era tão pequeno, muito pequeno mesmo. Eu sorri em ver a sua mão ali na lateral da incubadora, ele se parecia um pouco comigo. Queria ver os seus olhos puxados.

- Vamos, praguinha... você tem que ficar bem... estamos te esperando aqui. A sua mãe precisa de você... eu preciso de você, filho...

- Ele vai ser um menino lindo, Lisa. Quem diria que teria filho primeiro que eu, você que sempre odiou criança.

- Tenho medo, Tzuyu. Muito medo.

- Agora sim você precisa ser aquela Lalisa durona, pela Jennie. Seja forte, por eles.

Eu andava pelo os corredores, via Jennie dormir, via as enfermeiras examinarem o meu filho, não sabia o que fazer de verdade.

- Como ele é?

- Lindo, Nini, achei ele parecido com você. Tem os olhinhos puxados e o cabelo escuro.- ela sorriu.- Tirei uma foto para você ver.

Ela começou a chorar de um modo silencioso, ela sorriu tocando a tela do meu celular e olhando para mim. Seus olhos eram apaixonados mas tristes.

- Ele é parecido com você, Lisa.

- Eu não achei...- deixei um beijo no topo da sua cabeça e voltei a olhar a imagem tão linda.- Klahan... ele pode se chamar Klahan, o que acha? É um nome tailandês.

- O que significa?

- Significa, menino corajoso.

- Acho que se encaixa com ele, não é?

- Huhum. Meus pais sempre quiseram ter um neto com esse nome...

- É lindo... pode passar no trailer para pegar algumas roupas para nós dois?

- Não quero te deixar aqui, Nini.

- Ele vai precisar, Lisa. Tzuyu pode ficar aqui comigo.

- Tudo bem-

- E toma cuidado, Lisa! Por favor!

- Entendi!

Eu peguei a chave do carro depois de empurrar Tzuyu ali e fazer ela me prometer que não sairia dali até eu chegar. Dirigi com cuidado, ouvindo a música favorita de Jennie tendo a minha atenção redobrada, agora eu tinha duas pessoas me esperando lá no hospital.

Mas quando cheguei... meu trailer estava em chamas.

Absolutamente tudo pegando fogo, a fumaça já se fazia presente, e as chamas estavam tão altas e acabei concluindo que nada seria salvo ali.

Quando eu poderia respirar novamente?

Light of Fame (Jenlisa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora