Era tudo muito estranho ahora. A vida era estranha. Eu me sentia estranha. Mas era um estranho bom. Não sei. Era estranho olhar para a aliança na minha mão esquerda. Era estranho estar ali na cozinha preparando as mamadeiras. Ainda era estranho ter que comprar fralda. Cantar uma canção de ninar. Perder noites de sono. Correr para o hospital as duas da manhã. Chorar com uma apresentação do dia das mães, ganhar biscoitos, abraços algumas mordidas inocentes não intencionadas. Era estranhamento bom.
Como também era surpreendente saber que eu dependia de uma pessoa só. Que se fosse embora eu poderia morrer, nunca quis deixar a minha felicidade sobre alguém, mas foi assim dês que eu disse aceito naquele altar. Era um medo a cada briga, mas um alívio a cada pedido de desculpas. Era engraçado ter os dois no nosso meio, quando na verdade os planos da noite eram diferentes. Mudavamos quando eles corriam para debaixo das cobertas. Eu e Jennie nos entreolhavamos e nos aconchegavamos ali com eles.
Crescer era algo que todos nós aprendiamos diariamente. Voar, ainda tentávamos. O carinho e o amor recebido em troca era merecido e amado.
Naquele altar, dizendo sim a mulher que eu sempre falei não na minha cabeça. Eu me achava estúpida naquele momento, mas não me importava, as vezes os planos mudam, e eu agradeci o universo por ter mudado os meus planos.
Aprendi o que era a tensão e a preocupação mais uma vez, vivi aquilo depois do casamento durante nove meses. Quando Jennie ficou grávida de nov, não tinha santo que me fazia desgrudar dela, mesmo com a sua mudança de humor, nem trabalhar mais eu ia, apenas com medo. Mas ela achava o gesto muito fofo quando Klahan se juntava a nós, ele tinha apenas um ano e meio não entendia o que estávamos fazendo e nem que havia uma outra vida na barriga da Jennie. Quando falávamos isso, ele deitava a cabeça ali e falava "tumtum tumtum" certa vez quando ele foi fazer um exame de rotina, escutou o seu próprio coração e dês de então tudo para ele era o tal do tumtum.
Quando descobrimos que era uma menina, estava tendo a certeza que a minha vida começava a ficar completa. Foi engraçado a briga que teve entre Tzuyu, Jisoo e Chaeyoung para ser nomeada madrinha de Kaijin. No final nomeamos as três igual fizemos com o Klahan, sem brigas e disputas. Quando a minha pirralha nasceu, tive a sensação mais acolhedora do universo. Ela era parecida com Jennie com exceção dos olhos que se pareciam com os mesu junto a boca. Klahan ainda não sabia o que estava acontecendo e achou estranho quando a levamos para casa, pois o único contato que ele teve con crianças foi com a Clare e com a Sarah, mas tirando isso, para ele era tudo muito novo. Perguntava pra gente o que fazíamos no outro quarto que estava em reformas para Kaijin, e quando contavamos ele apenas observava. Conforme eles foram crescendo ele foi entendendo que teria uma amiga para o resto da vjda, mesmo com as brigas.
Meu casamento com Jennie poderia ser meio turbulento, as brigas e essas coisas, mas no fundo nós duas estávamos erradas, e adimitiamos isso sempre, não conseguia ficar mais de três horas brigada com ela, pois doía vê-la me ignorando e doía ainda mais ignorá-la.
- E então?
- Eu já falei o que penso sobre isso, Lisa. E também já falei sobre você ficar fazendo a vontade deles sempre.
- Mas, cinderela, é só um cachorrinho.
- Hoje é um cachorro, amanhã é uma gato, depois um papagaio, daqui a pouco vão te pedir para ter um elefante!
- Espera, tem como ter um elefante de estimação?
- Lisa!
- Mas o Klahan é um menino responsável.
- Ele só tem seis anos, Lisa.
- Kaijin também é responsável.
- E ela só tem quatro anos! E você tem trinta e parece ter dois.
- E você tem trinta e dois e parece ter noventa e três.
- Como é?- ela se virou pra mim, ainda com cuidado pois Kaijin dormia plenamente nos seus braços. Temi pela a minha vida.- Greve pra você, por duas semanas!
- Que!? Espera! Eu não falei nada demais!
Corri atrás dela pelo o corredor do hotel, Klahan murmurou se agarrando mais ao meu pescoço e quando finalmente a alcancei levei um beliscão forte no meu braço.
- Aí, cinderela!
- Me chama de velha de novo que eu capo você, me ouviu?
- Acho que a inauguração de hoje te deixou má.
- Nem vem, Lisa. Me ajude a trocar eles.
Mas eu estava orgulhosa dela, estava inaugurando a sua loja em Londres seu maior sonho começava a se realizar. Dei uma olhada nos emails para ver se tinha algo relacionado ao hospital na qual eu era diretora, mas não tinha nada demais. Apaguei a luz do quarto deixando apenas um abajur ligado por conto do medo de Kaijin sobre o escuro. Puxei Jennie para mais perto de mim mas ela logo tentou se soltar.
- Esqueceu que da greve?
- Você não aguenta ficar duas semanas sem o meu pau, cinderela.
- Não foi atoa que eu comprei um vibrador, querida.
- Você o que!?
- Boa noite, Lisa.
- Que história é essa, Jennie!?
- Mamãe...- olhei em direção a cama ao lado e os dois estavam ali sentados coçando os olhos. Logo Jennie deu um pequeno espaço e ali eles pegaram no sono novamente.
- Boa noite, praguinha. Boa noite, pirralha. Amo vocês.
Me inclinei para frente apenas para deixar um beijo na testa da minha mulher que sorriu abrindo os olhos me fazendo amá-la mais uma vez.
- Amo você, cinderela.
- Amo você, Lisa.
Fim.
***
E é mais uma fic que chega ao fim, acho que estou orgulhosa de mim de alguma forma talvez. Gosto de estar aqui, compartilhando a minha criatividade e a minha imaginação com vocês. E tem muita coisa ainda na qual quero proporcionar a todos que sempre estão aqui comigo. ( tenho um grupo no instagram, no qual converso melhor com todos vocês! Quem quiser participar deixa o @ do insta!!! Lá eu solto alguns spoilers e quem participa, já leu o primeiro capítulo da próxima fanfic que irei publicar!! Entre outras vantagens!)
Amo vocês e até a próxima Fic!!! ❤
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Light of Fame (Jenlisa G!P)
FanfikceJennie Kim, a atriz mais famosa de Taiwan. Lalisa Manoban, sua segurança particular. Relações nada além do trabalho era o esperado.Mas nem tudo segue as regras. O amor é um exemplo disso.