◇ Sempre teve algo em mim diferente dos outros garotos, algo em mim que segue os movimentos das notas musicais de corpo e alma, um movimento doce, suave e redical incontrolável, eu uso a dança pra me defender dos meus medos e segredos.
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Se eu falar que não estou triste, ou até mesmo pensando em me jogar de cima da sacada daqui de casa eu estaria mentindo pra mim, e pra vocês eu tô com medo, um medo que eu nunca tinha sentido antes, eu só sei que depois que eu ouvi tudo da Jenna e aquela declaração do Alex eu saí da sala o mais rápido que eu pude e me tranquei no meu quarto e até então desliguei meu celular e me desliguei do mundo confesso, que já quis me jogar algumas vezes daqui de cima Mas o suicídio não iria me ajudar em nada, só seria uma atitude impensável e eu quero ver o Pierre sofrer, eu quero me vingar de tudo que ele fez, pois é Juninho.
Pego meu ursinho de pelúcia meu único aliado do momento, não ligo se tenho dezesseis quase dezessete anos, o Juninho sempre esteve do meu lado, quando ninguém poderia me ajudar, a solidão agora é minha aliada, que dizer não tão sozinho até porquê até eu tenho o Juninho, mas eu ainda tô tentando entender o que aconteceu, até porquê por qual motivo o Pierre teria contado isso para a Maria.
Já se passava De uma hora da tarde, eu já não escutava barulho de conversa a um tempo, suponho que meus amigos já tenham ido embora e minha mãe tenha ido para o trabalho, já tem um tempo que ninguém bate na porta com um possível medo de eu ter cometido suicídio, eu entendo o lado deles até por que eu ainda cogito essa possibilidade todas as vezes que eu imagino como vou lidar com as coisas daqui pra frente, se antes eu era o popular da escola, provavelmente vou ser o zoado, esse mundo é preconceituoso demais com o que é diferente.
O Juninho é um ursinho com tonalidade amarela e a camisa dele e o short é azul, e talvez seja delírio meu, pelo visto o maior delírio que eu já tive em toda minha existência, uma ideia estúpida, mas talvez não fique tão ruim e por sorte minha ou azar, eu tenho uma tinta pra cabelo e com certeza isso vai dá muita merda, ou fique ótimo.
Felipe: É Juninho se eles querem me zoar por algo tão bobo igual sexualidade, eu vou da mais um motivo para eles me zoarem.
Então coloco o Juninho encostado na cama, e vou em direção a meu armário de coisas, onde eu guardo matérias de escola e algumas tentativas falhas de desenho, a propósito eu sei cantar, dançar se brincar sei até voar e um mísero desenho eu não consigo fazer, semana passada eu tentei desenhar um círculo e saiu um quadrado.
Rapidamente encontro uma tinta de cabelo azul que eu tinha comprado a um tempo para fazer um trabalho que o Antony tinha pedido, vou em direção ao banheiro pego a tinta leio o papel e faço todo o processo da mistura, coloco uma luva e vou passando em meu cabelo que é até bonito, é uma grande loucura.. minha mãe vai me matar? Vai mas eu já tô fudido mesmo, o que é um cabelo azul perto da escola inteira te zoando, por uma coisa que eu nem fiz, na verdade o Pierre me beijou, e ficou de penis ereto quando me viu sem roupa, claramente ele gosta de mim, porém o hetero de Taubaté deve ter medo do que aqueles Adolescente de merda vão falar do que ele sente, mas quer saber ? Foda se, eu vou mostrar a esses lixos que se dizem humano que ser gay é tão normal quanto fazer o número dois.
Depois de alguns minutos eu lavo meu cabelo, agora em uma tonalidade de azul, um azul bem forte mesmo, se eu não ser assassinado por alguém da escola, a dona Ana vai fazer o serviço.
Então eu aproveito e tomo um banho e limpo meu rosto com resquício de tinta azul, e visto uma roupa, uma camisa azul e um short de jogar bola também azul, agora sim eu tô parecendo um Smurf,eu não sei se estou muito bonito, ou muito azul.
E eu já estou com fome então vou aproveitar que não tem ninguém em casa e vou comer alguma coisa, porque o Smurf aqui está bem faminto, acho que eu comeria o Pierre vivo, que dizer credo, eu iria morrer com o veneno.
Narrador
Felipe sai do seu quarto e desce as escadas com seu novo visual, que com certeza iria deixar todos no mínimo boquiaberto, ele caminhava em direção a cozinha lentamente, e de longe ele sentia ouvir algumas vozes mas ele pensou "Não tem ninguém aqui" mas quando Pierre entra na cozinha, ele ver Ana, Victoria, Alex, Jenna, e Levi e sua mãe sentados almoçando em total silêncio.
A Ana estava colocando o garfo em sua boca e parou com o garfo no ar quando olhou para seu filho, a Jenna estava tomando um suco e entalou com o mesmo, Victoria tirou o óculos do olho e limpou para ver se ela tava exergando bem, o Alex estava de queixo caído e a boca aberta, o Levi estava colocando o refri no copo mas com a visão em sua frente o copo ficou tão cheio que começou a derramar o refri.
Jenna quando parou de torcir falou.
Jenna: Okay, por essa eu não esperava, e tipo pelo visto ninguém aqui, a propósito Alex, fecha a boca meu lindo, você vai engolir uma mosca.
Alex; Vo.. cê ta.. ta.. tá.
Levi: Eu acho que o Alex ficou gago de repente, então eu completo, você tá lindo.
Felipe ficou meio grande pensativo porque o Levi nunca tinha elogiado um menino assim, numa tranquilidade.
Victoria: Eu diria radical..
Ana: Muito muito radical, o que deu em você em Felipe?
Felipe se senta em uma cadeira do lado de Alex, que aparentemente estava nervoso, por Felipe está do céu lado.
Jenna: Oh Alex meu lindo, você tá bem? Eu não sabia que paixão deixava pessoas anêmicas, porque você tá Branco.
Alex que já estava nervoso entala com a água, Felipe viu que o amigo estava nervoso, e então segura a mão de Alex, essa ação pega todos de surpresa inclusive o Alex.
C o n t i n u a ✓
Eu espero que vocês estejam gostando da história, amanhã a gente se ver ♥️👀
