◇ Sempre teve algo em mim diferente dos outros garotos, algo em mim que segue os movimentos das notas musicais de corpo e alma, um movimento doce, suave e redical incontrolável, eu uso a dança pra me defender dos meus medos e segredos.
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O Dia estava absolutamente normal, o céu estava limpo, o sol brilhava normalmente, não tinha nada de diferente em mim, exceto o azul no meu cabelo, e eu estar em uma moto com meu amigo, que havia falado que me ama, e a escola inteira provavelmente tirando sarro da minha existência, por apenas eu não me encaixar no que eles dizem ser normal.
Pelo menos eu estou aproveitando essa vibe, nunca gostei muito de andar de moto, mas nem é tão ruim, tirando a parte do meu enorme medo de cair, mas eu agarrei forte na cintura do Alex, tenho em mente que ele gostou disso, mas meu medo de cair é maior do que meu racional.
Mas eu acho que eu também gostei, na verdade eu não sei se gostei, mas eu acho que gostei, a cada metro quadrado que a moto percorria o Alex me olhava pelo retrovisor, as vezes eu disfarçava mas as vezes eu ficava preso no olhar dele, não sei será que estou ficando apaixonado por ele? Mas isso seria loucura deve ser carência.
Eu vesti esse personagem de pessoa rebelde e corajosa, mas confesso que estou com medo sim, do que pode rolar na escola, eu sei que provavelmente vou ouvir muita merda, mas também né o que o Pierre falou qualquer um acharia que eu sou um viciado em pinto, eu nem consigo expressar meu ódio por aquele projeto de ser humano falho, provavelmente a Jenna sempre esteve certa em chamar ele de Pierro.
De longe já avistando nosso querido, e tóxico Defour podemos ver um monte de adolescente chegando de carros, motos e etc como se o mundo cabesse dentro daquela escola, como se o sistema solar se concentra - Se ali, mas se aqui fosse o sistema rolar eu com certeza seria o sol.
Alex: E eu Seria Saturno. _ Ele diz sorrindo com a moto já parada de frente com a escola.
Felipe: Que an? Do que tu tá falando? _ Digo confus.
Alex: É que tu tava pensando meio, alto tanto que deu pra ouvir. _ Ele da um sorriso.
Felipe: Desculpa hehehe _ Digo envergonhado com a situação, acho que acabei me perdendo na própria mente.
Alex: Vamo lá?. _ Ele diz aparentemente preocupado.
Felipe: Vamo né, pelo visto a Beyoncé acabou de descer da sua moto, porque é tanta gente nos encarando que eu tô me sentindo realmente um Sol, e seria um prazer queimar todos eles.
Alex percebeu o nervosismo de Felipe e sem pensar duas vezes, ele desliza sua mão até a mão de Felipe, e segura o mais forte que pode, Felipe olha nos olhos de Alex e da um sorriso simples com um olhar de "porque você tá fazendo isso?"
Felipe: Você não precisa fazer isso por mim Alex. _ Ele diz tímido com a ação do menino.
Alex: Eu tô fazendo porque eu quero, deixe que eles falem, que pensem, eu não ligo.
A essse momento a escola inteira já estava olhando para Felipe e para Alex com um olhar que mistura curiosidade, e raiva.
Jenna: Que dizer que vocês assumiram um relacionamento e nem me avisaram? _ Ela diz chegando abraçando Felipe por trás.
Alex que já estava vermelho, só aumentou a tonalidade de sua vergonha.
Victoria: Mas vamos né gente, vai começar a aula de filosofia e tem um professor novo.
Levi: É Gente a Vic tá certa eu amo ser o centro das atenções mas hoje tá fora do comum, tá todo mundo olhando pra o Felipe e o Alex, confesso que até eu tô apoiando essa união.
Felipe: Tá bom.. Chega calem a boca vamos pra Aula. _ Digo e a gente vai direção a escola.
Alex não tinha soltado a mão de Felipe, mesmo com muitos olhares os dois continuavam de mãos dadas, mesmo com todos os olhares alguns de reprovação.
Quando eles chegam no corredor Pierre estava de mãos dadas com Maria, e com a sua trupe, Pierre ficou imóvel e confuso com a cena, ele e a maioria das pessoas que estavam no corredor, mas Felipe e seus amigos não davam atenção aos olhares.
Antony que passava para a classe do terceiro ano , viu a cena e deu um leve sorriso para Felipe, que sabia que a mãe dele também na havia falado disso para Antony, e eles seguem normalmente para a sala de aula.
A turma de Felipe tinham sentado em carteiras perto uma das outras, a sala já estava cheia inclusive, com Pierre e seus amigos que volta e meia olhavam para Felipe.
O professor novo de filosofia entrou na sala, com um sorriso amigável. Não deu bom dia nem nada, e pegou um piloto e escreveu na lousa.
