Capítulo 16

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Minha mãe: bonito né
Eu chegando em casa no meio da noite:

Eu não acredito que virei aquelas adolescentes de filme que saem de casa escondidas no meio da noite para encontrar um garoto.

De qualquer jeito, amanhã tenho que treinar cedo então não vou poder ficar muito tempo.

Desço as escadas quando termino de me arrumar e olho para Alice que está desmaiada até agora no sofá. Essa menina dorme mais do que vive.

Pego um post-it e escrevo "Fui ali e já volto", e coloco em cima da mesa, mas aí me lembro que é da Alice que eu estou falando então pego o papel novamente e completo com "P.s. é a Cat falando" e colo na TV. Não é possível que ela não veja.

Estou fechando a porta da frente quando vejo uma silhueta vindo na minha direção. Já vou ser assaltada? Ah não, véi.

"E aí?", ouço a voz rouca de Caio e sinto um alívio de imediato.

"Oi", solto o ar em um suspiro que nem sabia que estava segurando.

"Eu me dei conta que já está escuro e seria perigoso você ir sozinha pra praça então vim aqui pra gente ir junto", ele diz com um olhar sereno em seu rosto.

Esse garoto é um amor, meu Deus!

"Ah, obrigada, não precisava", digo caminhando até ele.

"Sem problemas", caminhamos juntos.

"Então...", começo, "Por que você queria me encontrar?"

"Sei lá, eu queria te ver", ele dá de ombros e coloca seu braço por cima de meu ombro.

Reviro os olhos. Estou oficialmente vivendo um clichê. Não que eu esteja reclamando, mas né.

"Que foi?", ele pergunta olhando pra mim atentamente.

"Ai, desculpa, é só que isso é meio brega", falo e me arrependo na hora, "Mas um brega bom, sabe? Um brega legal", tento concertar.

"A sua cara de pavor", ele começa a rir apontando pra minha cara, "Impagável", ele se diverte.

"Para", dou um tapinha em seu braço, "Eu não sou boa em... me expressar"

"Você já deixou isso bem claro desde o primeiro dia que te conheci", ele diz e eu balanço a cabeça negativamente sorrindo.

Esfrego meus braços para me esquentar por que a anta aqui esqueceu de trazer um casaco.

"Toma", ele faz menção de tirar seu moletom mas eu coloco minha mão impedindo ele.

"Não precisa"

"A gente já está clichê, Cat, não tem volta", ele diz divertido.

"Me dá logo", sorrio estendendo minha mão pra ele que retira seu moletom e me entrega.

Chegamos na praça e o Caio me arrasta para uma barraquinha de cachorro quente.

"Você não é vegana nem nada do tipo não, né?", ele se senta na minha frente.

"Eu tô me sentindo ofendida", coloco a mão no meu peito fingindo estar surpresa, "Tô brincando, mas eu não sou não, queria ser mas não conseguiria parar de comer churrasco", pego no cardápio e dou uma rápida olhada.

Someone To YouOnde histórias criam vida. Descubra agora