"Oi pai", falo abraçando.
Fazia mais de 2 semanas que eu não via ele.
"Oi filha!", ele fala e quando avista Alice desfaz o abraço vai até ela, "Oi Alice! Tudo bem, meu amor?".
"Tô bem, tio, e você?", eles continuam abraçados.
"Tô ótimo, princesa"
"Incrível que você trata a Alice melhor do que eu", meu pai começa a rir e Alice me dá língua.
Ele pega as malas que deixamos na porta e leva para dentro.
"A Olga só volta de férias em 1 semana, então que tal irmos comer no shopping?", meu pai sugere.
"Beleza", eu e Alice falamos ao mesmo tempo.
Pego minha mochila e a mala de Alice e levo para o meu quarto. Alice passa uma última camada de rímel antes de irmos no shopping e ficamos o caminho inteiro discutindo o que comeríamos: tacos ou pizza, e acabamos decidindo comer sushi.
"Estou cheia, nunca mais vou comer nada na minha vida", Alice diz abrindo o botão da calça no meio do restaurante.
Olho feio mas ela me ignora.
"Vocês querem a conta ou vão querer sobremesa?", o garçom oferece depois de retirar os pratos.
Os olhos de Alice se iluminam na hora.
"Sobremesa!", começamos a rir.
O garçom sai.
"Então...", Alice mexe no guardanapo na sua frente, "Pra onde o Samuel foi?"
Eu e meu pai nos olhamos, estranhando a Alice.
"Foi para uma cidade vizinha com os amigos pra esquiar", meu pai diz.
"Hm... E nesses amigos tem alguma garota?", ela diz ainda olhando pra baixo.
"Provavelmente...?", digo, "Alice, você está bem?"
"Eu vou no banheiro", meu pai diz nos deixando a sós.
"Alice?", ela me olha, "O que tá acontecendo?"
"Nada, é só que é chato ficar aqui sem seu irmão"
"Achei que quando você vinha pra cá a sua intenção era ficar comigo"
"Eu sei, eu não tô reclamando, é só que é estranho sem ter ele aqui pra gente brigar", ela diz.
"Tem certeza que é só isso?", pergunto.
"Sim. Claro. O que mais poderia ser?", ela se apressa em dizer.
O garçom volta com 3 pratos de Petit Gâteau, me interrompendo e fazendo esquecer o que iria perguntar para Alice.
"Só isso?"
"Sim, obrigada, pode trazer a conta", agradeço e o garçom sorri saindo da mesa.
Alice começa a comer e eu decido não perguntar mais sobre o Samuel agora. Mas tem alguma coisa aí, eu sei que tem.
Meu pai volta e comemos o Petit Gâteau em silêncio e só voltamos a falar no carro, conversando sobre uma música aleatória que passava na rádio.
Nós três estamos jogando Uno quando meu celular toca mostrando um número desconhecido no leitor.
"Alô?", atendo.
"Oi, é a Catarina?", a voz de uma mulher fala do outro lado da linha.
"Sim, quem fala?", pergunto mas não consigo ouvir sua resposta pois meu pai e Alice está brigando por um '+4' que meu pai jogou pra ela, "Espera um instante", me levanto e vou para a varanda, "Quem é?"
"Oi, Catarina, é a treinadora Mônica. Tudo bem?"
Por que a treinadora me ligaria do nada?
"Ah, sim! Oi treinadora, estou bem sim, e a senhora?"
"Estou bem. Então, queria conversar por quê você sabe que as estaduais estão chegando e apenas 3 da equipe de 15 garotas poderão participar, certo?"
"Han... Sim, eu sei. Aonde você quer chegar?"
"Você foi uma das selecionadas!", ela anuncia e não consigo me controlar e dou um gritinho.
"O que? Sério? Não acredito! Muito, muito, muito obrigada treinadora! Você não vai se arrepender!", digo eufórica.
"Eu sei que não, e nós duas sabíamos que você ia ser escolhida, Catarina, não precisa fingir emoção", ela brinca e nós duas rimos.
"Então, quem foram as outras duas escolhidas?"
Débora, não. Débora, não. Débora, não.
"A Débora e a Lorena", a treinadora anuncia, "Eu sei que você e a Débora não se dão bem, mas eu espero que isso não influencie no desempenho de vocês"
"Não vai, treinadora. Muito obrigada, de novo!", agradeço e encerro a chamada.
Eu não desejo nenhum mal pra Débora, mas eu sei que ela vai encher meu saco o tempo todo quando estivermos lá. De qualquer jeito, FODA-SE! Eu estou nas estaduais! Eu consegui!
Fico dando pulinhos que nem uma idiota na varanda até me acalmar e entrar.
"Ei!", chamo a atenção do meu pai e da Alice que estão comendo pipoca juntos, me esperando para continuar o jogo, "Vocês estão olhando para a mais nova competidora das estaduais!", digo e Alice pula em meus braços.
"Parabéns, amiga!"
"Parabéns, filha", meu pai se junta no abraço.
"Vamos voltar a jogar?", sugiro desfazendo o abraço.
No meio do jogo lembro do Caio e fico com vontade de contar pra ele a novidade.
Levanto falando que vou ao banheiro e ligo para o Caio.
"Alô?", ele atende.
"Adivinha?", pergunto.
"O que?"
"Vou para as estaduais!", digo animada.
"Mentira!", ele se empolga.
"Verdade!"
"Que legal, então vamos juntos!"
"Como assim?", pergunto curiosa.
"Eu também vou para as estaduais com o basquete, então vamos juntos, tipo, no mesmo ônibus, mesmo hotel...", explica.
"Eu não sabia! Que massa!"
A ideia de ficar um final de semana, só eu e o Caio em outra cidade em que ninguém nos conhece é extremamente empolgante!
"Pois é, podemos dar um jeito de fugir dos monitores também, vai ser top!", ele diz.
"Vai sim", digo com um sorriso no rosto e quase consigo sentir o sorriso dele do outro lado da linha, "Enfim, era isso que eu queria contar"
"Ok, então comemoramos quando nos encontrarmos", concordo e nos despedimos.
Essas estaduais vão ser melhores do que eu pensei.
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Ora, ora, se não é a
Júlia postando
frequentemente, né?Quem amou? KKKKKK
Enfim, espero que
estejam gostando da
história, podem me
mandar suas opiniões
pq eu SEMPRE leio💞
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Someone To You
Genç KurguCatarina é uma adolescente de 17 anos que odeia adolescentes de 17 anos, e no 2° ano do ensino médio a única coisa que ela realmente quer é se formar e acabar com esse inferno. 01 de maio de 2020 - 16 de novembro de 2020. Revisada em 15 de maio de 2...