"Você quer mais alguma coisa?", Caio pergunta colocando as mãos na minha cintura na loja de doces.
Olho pra ele sorrindo, e nego com a cabeça.
"Sabe, pessoas normais compram os doces antes do filme pra poder assistir comendo", falo indo para a fila do caixa e sua mão continua na minha cintura.
"Se alguém não tivesse feito a gente dar 3 voltas no shopping até achar o cinema, teria tido tempo pra comprar antes", ele dá ênfase no 'alguém'.
"Eu tenho 0 senso de direção, ninguém mandou você confiar em mim pra ir pro cinema", dou de ombros.
"Você mora aqui desde que nasceu, o mínimo que eu poderia esperar era você saber onde fica o cinema da sua própria cidade"
"Eu, literalmente, só venho aqui com a Alice e ela sabe onde fica tudo, nunca me preocupei em aprender onde ficam as coisas", digo rindo e a atendente nos chama.
Depois de pagarmos os chocolates e uma diabetes fomos para uma praça e sentamos em um banco em frente a uma quadra de vôlei na qual tinha alguns garotos jogando.
"Estamos parecendo velhos", digo arrancando um pedaço da barra de chocolate.
"Por que?"
"Só velhos ficam sentados na praça olhando pro nada"
Ele ri pegando a barra da minha mão e dá uma mordida.
"Você mordeu?", pergunto assustada.
"Sim...?"
"Meu Deus, quem morde barra de chocolate? Tem que arrancar pedacinho por pedacinho, seu doente", tiro de sua mão e ele começa a rir.
"Qual a diferença?", dá de ombros.
"Só psicopatas comem assim, Caio, é regra mundial", começamos a rir juntos.
Ficamos nesse clima agradável, rindo por horas de coisas aleatórias, então precisei voltar pra casa e ele me acompanhou o caminho todo de mãos dadas.
Surto.
"Obrigada por me trazer até aqui", paramos em frente à minha casa.
"Sem problemas", ele me abraça pela cintura e ficamos nessa troca de olhares por algum tempo.
Pouso minha mão em sua nuca e puxo para perto de mim, o beijo é calmo e me tranquiliza. Nos despedimos com três selinhos e eu entro.
Me jogo na cama pensando em Caio e no quanto meu dia foi bom com ele. Infelizmente, amanhã tenho que ir pra casa do meu pai porquê eu adoraria passar o dia de novo com ele, mas um pouco de espaço pra gente pode ser melhor.
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●Alice❤oi feia, já arrumou suas
coisas pra amanhã?oi, tava dormindo
ainda não rs
vc quer q eu vá agr
pra aí?vem quando TERMINAR
de arrumar suas coisase vem logo plmds Alice,
para de birrachata👺
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Depois de TRÊS fucking horas ela decide aparecer com a mala toda bagunçada para EU arrumar.
"Você só socou as coisas aqui dentro, Alice", reclamo dobrando as roupas.
"Claro, eu sabia que você não ia aguentar e ia querer arrumar", ela se senta na minha cama e começa a mexer no celular.
"Você vai comigo pra casa do meu pai há 4 anos e sempre leva roupas pra um mês sendo que eu levo duas mudas de roupa e já estou feita", digo e ela finge não ouvir.
Essa menina me faz de escrava e eu deixo, sou muito trouxa mesmo.
"Que menina gata", Alice me mostra uma garota de biquíni com cabelos ruivos e compridos. É gata mesmo.
"Padrãozinho", volto a arrumar suas coisas.
"A gente também é, uai. E o Caio pensa o mesmo que eu", ela se senta no chão do meu lado.
"Como assim?"
"Ele comentou na foto dela", ela me dá seu celular.
'Muito linda', 'Arrasou', 'Gatinha demais'.
E lá está, aquele sentimento indesejado tomando conta de mim. Mas a final, por que estou me sentindo assim? Nunca falamos que era namorados oficialmente, ou que éramos exclusivos.
"São só comentários, Cat, não se preocupa", ela coloca a mão no meu ombro me reconfortando.
Dou de ombros fingindo que não senti nada.
"Tanto faz", retorno a arrumar as coisas da Alice.
De repente não quer dizer nada, são só comentários que nem a Alice disse.
Passo a noite tentando não pensar nisso e quando finalmente consigo dormir sou acordada por Alice que estava com sede e estava com medo de ir até a cozinha sozinha.
"Um dia eu ainda te mato", sussurro sonolenta sentando no balcão da cozinha.
"Também te amo", ela dá um gole em sua água.
"A gente podia comer alguma coisa, já que já estamos aqui", digo e ela concorda.
"Vou fazer miojo pra gente", ela abre o armário e pega as duas embalagens.
"Não sei como ainda não pegamos câncer de tanto miojo que a gente come de madrugada", começamos a rir, tentando não fazer barulho.
Ela coloca a água pra ferver e senta do meu lado.
"Cat, eu queria falar uma coisa contigo", ela parece receosa.
"Sim...?", pergunto preocupada.
"Então...", ela começa.
"Espera, posso falar uma coisa antes?", ela assente, "A água tá fervendo", falo e ela toma um susto correndo pro fogão.
Começo a rir.
Depois de comermos pergunto o que ela queria mas ela muda de assunto e fala que não era nada de mais e que poderia esperar.
Ela tá me escondendo alguma coisa, só não sei o que é.
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gente, TRÊS MIL VISUALIZAÇÕES,
até agora não estou acreditando,
pode parecer pouco mas eu nunca
nem imaginei que chegaria a esse
ponto. MUITO OBRIGADAAAAAAapertem a estrelinha pra me deixar feliz🤠
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Someone To You
Roman pour AdolescentsCatarina é uma adolescente de 17 anos que odeia adolescentes de 17 anos, e no 2° ano do ensino médio a única coisa que ela realmente quer é se formar e acabar com esse inferno. 01 de maio de 2020 - 16 de novembro de 2020. Revisada em 15 de maio de 2...