Capítulo 70*

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Catarina Martins

5 anos atrás

Débora e eu passeamos pelo parque de diversão o dia inteiro, já estamos completamente acabadas.

"Cat!", a menina chama a minha atenção e aponta para o alto, "Vamos na roda gigante?", ela pergunta roubando um pedaço do meu algodão doce.

"Eu já tô cansada, Debby", resmungo.

"Mas é uma roda gigante! A gente só precisa ficar parada e admirar a vista!", ela diz já me puxando para a fila.

Depois de 5 minutos, estamos subindo na plataforma e nos sentamos. Demora um pouco para todos subirem na plataforma e quanto mais gente entra, maior a nossa altura, dando uma visão completa da cidade.

"Não olha pra baixo", Debby me alerta, e por instinto eu olho.

"Meu Deus, a gente está muito alto!", exclamo evitando olhar diretamente para o chão.

"Loucura, né?", ela segura minha mão quando percebe que estou amedrontada.

O brinquedo começa a funcionar e logo estamos descendo novamente.

"Cat?", a olho sentindo todos os doces que consumimos hoje ameaçarem sair, "Nós vamos ser amigas pra sempre, certo?", ela franze o cenho.

"Para sempre!", digo.

Levanto meu mindinho, esperando ela cruzar, o que não demora mais do que alguns segundos.

"Você é tão brega, Martins", ela diz revirando os olhos.

"Aprendi com você", sorrio e apertamos nossos dedos.

Deito minha cabeça em seu ombro e Débora encosta seu queixo no topo de minha cabeça. Ainda estou totalmente apavorada com a altura que estamos, mas sua presença deixa tudo mais fácil. Ficamos em silêncio, apenas olhando para o horizonte.

4 anos depois

"De tantas pessoas no mundo, você tinha que ME chamar?", Débora reclama me seguindo pela loja esportiva.

"Sim, a Alice não entende nada de atletismo", digo observando outro tênis de corrida.

"Esse não, o amortecedor dessa marca é horrível", Débora me repreende e para ao meu lado, pegando outro tênis, "Esse vai ser bom pra ti, experimenta", me entrega.

"Viu? Você sabe do assunto", digo convencida e ela revira os olhos.

"Vai logo", ela insiste impaciente.

Me sento no banco e calço o tênis, me levanto e fico testando diferentes posições para ver se incomoda, mas não, ele é perfeito.

"Ficou ótimo!", sorrio ainda olhando para meu próprio pé.

"Aham", ela sorri também.

Me aproximo dela e dou um beijo demorado em sua bochecha, "Obrigada!".

Ela limpa o local como se algo radioativo estivesse tocado, "Ugh... Quando você virou tão brega?", resmunga.

"Aprendi com você!", dou língua pra ela e ela também me dá.

Há uma palavra coreana chamada jung. É a conexão indestrutível entre duas pessoas que não podem ser cortadas. Mesmo quando o amor se transforma em ódio, você sempre haverá um carinho por aquela pessoa. Debby e eu temos jung.

vou fazer alguns capítulos extras
pra vocês, mas eles não se rela-
cionam com a história em si ou
com o tempo cronológico, só
achei que seria interessante mos-
trar um pouco mais da história dos
personagens

os que tem um asterisco no nome
do capítulo são os extras, mas ofi-
cialmente, o livro já acabou :( vou
explicar tudo direitinho nos agrade-
cimentos!

eles vão ser meio curtinhos mesmo,
essa é a intenção❤

obs: o último parágrafo é do filme
"Para todos garotos: ps. ainda te
amo", achei que combinava com
elas então acrescentei aqui

amo vocês.

Someone To YouOnde histórias criam vida. Descubra agora