Capítulo 25.

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Andei até minha mãe e a abracei com força. 

-Oi! O que você está fazendo aqui? - Perguntei. 

-Não posso ver minha filha e o meu genro? - Minha mãe piscou o olho para Sam e o abraçou. 

Devo ter ficado mais vermelha que tomate. Ruffles pulou no meu colo e me abraçou pela barriga. Fiz um carinho nas orelhas dele. 

-Você vai ficar com a gente, então? - Questionei. - Melhor a gente entrar... Eu vou arrumar o seu quarto. 

Minha mãe piscou, parecendo levemente espantada. Inclinou o corpo para Sam e questionou, baixo: 

-Rapaz, o que foi que você fez com a minha filha? Ela tá calma e sorridente... 

Sam deu uma risada alta. Revirei os olhos, ainda acariciando o pelo negro de Ruffles. 

-Eu ouvi isso, mãe! 

Os dois ignoraram. 

-Digamos que eu estou tratando sua filha como a Princesa que ela é...

-Eu também ouvi isso, Samuel! 

-E eu não menti! - Sam retrucou, me abraçando por trás e beijando meu pescoço. 

Minhas bochechas viraram dois tomates e eu não tive reação nenhuma, só dei uma risada sem graça. Minha mãe deixou o queixo cair e nos seguiu casa à dentro. 

Enquanto Sam foi levar as malas dela, fui puxada pelo braço para a janela da sala. Ela ergueu as duas sombrancelhas r começou a me cutucar na barriga. Me recontorci sentindo cócegas. 

-Ai, mãe! Para! 

-Só quando você me contar o que aconteceu? 

-De forma resumida? - Peguei uma mecha do meu cabelo e comecei a examinar, só para não ter que encarar ela enquanto eu falava. - Nós tivemos um momento e combinamos que não íamos mais ter. Só que aí, começamos a nos aproximar e ele ficou com outra pessoa, ao mesmo tempo que eu fiquei com o Bucky... 

-E foi bom? 

Encarei minha mãe, assentindo brevemente. 

-Foi. Ele é legal... 

-Mas não foi igual com o Sam. 

Neguei, encarando meus pés. Suspirei. 

-Enfim... Tivemos uma discussão e achei que íamos parar de nos falarmos... 

-E por quê discutiram? - Minha mãe tinha um sorriso enorme no rosto, enquanto me encarava, esperando a resposta. - Ciúme? 

Bufei e me apoiei, de costas para a janela. 

-Sim! Eu tava morta de ciúme dele e ele de mim! E, aí, no fim, a gente... Hmm... Bem, estamos tendo alguma coisa. Mas vamos esperar a missão acabar para definir o que e se vamos continuar juntos. 

Ela ergueu os braços e passou as mãos pelos meus ombros, carinhosamente. Me senti com doze anos de novo. Dei um pequeno sorriso. 

-E isso que vocês estão tendo... Se resume a sexo? 

Torci a boca, negando. Conferi se Sam estava vindo, mas o único animal que tinha na sala, era Ruffles... 

Depois, quase me estapeei por esse pensamento. Ainda era difícil abaixar a guarda totalmente. 

-Não. - Suspirei e abracei ela, mais para esconder o meu rosto ficando vermelho novamente. - Ele... É que... 

Minha mãe me tirou do peito dela e me olhou, sorrindo, enquanto ajeitava minha franja. 

Um casamento por conveniência. Onde histórias criam vida. Descubra agora