Capítulo 34.

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Levamos cerca de duas horas e uma troca de tiros intensas para perceber que tínhamos caído em uma armadilha. 

Tudo bem, sabíamos que isso podia acontecer, mas ao menos, conseguimos alguns prisioneiros para levar para a Shield e interrogar, de forma que, três horas depois que saímos, voltamos. 

Eu estava bem cansado. Tão cansado e esgotado, que nem saí correndo do carro. Deixei Fury, Steve e Natasha, junto com vários agentes, levarem os prisioneiros. 

Percebi que Bucky não saiu do furgão e tentei ignorar, encostando minha testa na porta. Mais especificamente, na janela de vidro. 

Talvez, se a Nat não estivesse esperando um bebê, eu não estivesse tão tenso. Afinal, já que não achamos mesmo nada, o plano principal ainda era deixar Edward achar que a Nathalie ia com ele. 

E isso, ainda incluía colocar meu amor e meu filho em perigo. 

Okay, a decisão era dela. Foi ela quem quis vir assim que soube. Foi ela quem disse que ia fazer isso. 

Mas era eu quem estava com medo por nós dois. 

-Oh, Wilson... 

Ergui o olhar e rolei os olhos. 

-Ainda tá aqui, Assombração? 

-É claro que tô, Infeliz! 

Suspirei e recostei no banco o encarando, enquanto gesticulava para ele. 

-E então...? 

-Então o que? - Bucky franziu o cenho. 

Respirei fundo e soltei o ar devagar, me controlando para não meter a mão na cara dele. 

-Como eu vou saber, Bucky?! Foi você quem me chamou! 

-Ah... É! - Bucky coçou a nuca. - Eu só ia perguntar se você está bem. Não que eu me importe, mas meu afilhado não merece nascer sem pai, né? 

Bufei, rolando os olhos. 

-Tô bem, sim! Não se preocupe. 

Levamos um susto quando Natasha abriu a porta do furgão, vermelha e parecendo desesperada. 

-Algum de vocês falou com a Nathalie? 

Nos entreolhamos, enquanto meu coração dava um salto. 

-O que aconteceu?! 

-Tem umas horas que a Mary disse que ela foi no banheiro e até agora não apareceu mais! 

-O que? Como assim? - Perguntei saindo do carro e encarando Natasha. - Explica isso direito, Nat! 

Ela alternou o olhar entre mim e Bucky, que tinha acabado de bater a porta. 

-Escuta, Sam... - Natasha me segurou pelos ombros. - Ela estava conversando com a Mary e foi no banheiro. A Mary esperou ela voltar para aquela sala, mas ela não voltou... E não está em lugar nenhum, Sam. 

Fechei os olhos, engolindo a vontade de chorar e de berrar. Me desesperar nesse minuto não ia adiantar nada, mas mesmo assim, não consegui frear o impulso de dar um soco no furgão quando percebi que Tinha sido uma armadilha para levarem ela. 

-Sam, calma! - Natasha colocou a mão nos meus ombros, mas eu me esquivei. 

-Não quero ficar calmo! - Falei, dando outro soco na lataria. - Foi ele! Caralho, Nat! Foi ele! Ele tá com a Nat e... 

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