Depois que Zoe terminou de me arrumar e Noah me ajudou com meu chale improvisado, o elfo me levou até a sala de reuniões reais, ele me explicou que logo o rei se juntaria a nós e pediu para que eu aguardasse, aqueles minutos de espera só serviram para me deixar mais ansiosa e apreensiva, o rei não parecia ser muito paciente , Noah foi gentil em tentar se comunicar comigo, não sei como o rei vai reagir quando eu me pronunciar.
- Em erbmel ed al-avel éta a ahnizoc sioped, eved ratse atnimaf- Noah murmura baixo, apenas acenei , não estava com cabeça para tentar entender a frase, antes que o mesmo pudesse dizer qualquer outra coisa o rei apareceu- Edatsejam- Noah o salda e se curva, acabo por imitar o gesto do mesmo.
O rei caminha lentamente até a ponta da mesa e se senta, colocando ambos os cotovelos sobre a mesma e juntando as mãos frente ao rosto.
-Es-etnes - ele pede, Noah me cutuca e me indica uma cadeira, "ah, era pra sentar", me posiciono a mesa tentando não demonstrar o quão tensa eu estava.
-Someres soterid, o euq reuq on uem onier?- O mais velho questiona e me encara esperando a resposta, procuro os olhos de Noah pedindo ajuda, o elfo logo notou minha aflição e se pronunciou para me ajudar.
-Rohnes, ale ós eugesnoc es racinumoc rop atircse- Declara, observo o rei me olhar com estranheza, Noah não esperou o rei reagir ou se pronunciar, ele simplesmente caminhou até o canto da sala onde havia um baú, de dentro do objeto ele retirou um pergaminho e dois pedaços de carvão, ele volta até nós entregando a mim um dos pedaços e ao rei o pergaminho junto com o outro pedaço.
O homem mais velho encara aquilo com completa indignação, ele abriu a boca para falar algo, provavelmente inúmeros insultos, mas no mesmo instante, zoe adentrou a sala e se sentou em um canto observando o pai com atenção, o homem bufa, revira os olhos e se põe a escrever.
Depois de pronto ele me passa o papel que dizia que havia lido a carta de Morgana e sabia de onde eu vinha, dizia também que eu precisava levar ao reino oeste um pouco de raiz de erva raumo, mas ele precisava saber o porque daquilo ser necessário, tomei um carvão em mãos e me coloquei a escrever me forçando a ter calma para não tremer ou errar na tradução.
-" A ahniar asicerp sad seziar arap o oçitief euq em áravel ed atlov arap asac"- entrego o papel ao homem, que lê balançando a cabeça em negação, aquilo não pode ser algo bom, ele respondeu escrevendo que seria impossível.
A noticia foi tão súbita e frustrante que precisei reler várias vezes para processar tudo e ainda sim permaneci descrente.
-Omoc?- minha voz saio tremula devido ao choro que já começará a se manifestar, eu não podia acreditar , sentia o desespero se inflar em mim, como seria impossível? Não pode ser, eu preciso voltar para casa.
Eu fazia o possível para não perder a compostura ali, minha mãos tremiam ao pegar o pergaminho com a nova resposta do rei .
Neguei diversas vezes ao ler o papel, eu não podia acreditar, tinha que ser um engano.
O rei dizia que as raízes dessa erva haviam secado há alguns meses devido a seca que atingirá o reino e não tinham mais nenhuma amostra em estoque.
Aquilo veio como uma bomba, senti o mundo rodar, sem aquilo eu não voltaria para casa, estaria presa nesse lugar confuso com pessoas que me odeiam prestes a iniciar uma guerra umas contra as outras, eu estava perdida.
-Ue otnis otium atorag, sam êcov oãn iav ratlov arap asac- ele fala e se levanta- A-evel arap a asnepsid , ed adimoc e sioped a ednam arap o etron, oãn oreuq esse opit ed etneg iuqa , e ue otnarag euq mes a zíar Morgana oãn iav a reuq al-aduja, on etron sele oãtse sodamsoca moc aus açar, maradiuc meb aled- ele instrui Noah que tinha um olhar triste ao ouvir as palavras do rei, antes de sair o homem me olhou por uma ultima vez e então se retirou.
Assim que a porta bateu, oficializando a saída do rei, deixei o choro que estava preso sair, os soluços abandonavam minha garganta, levei a mão ao rosto na tentativa de secar as lágrimas, estava frustrada, eu fiz tudo isso para nada, eu estava presa nesse lugar estranho e nunca mais voltaria para casa.
Sinto a mão de Noah em meu ombro, ele o afaga delicadamente tentando me reconfortar.
-Vai fi...ficarrr t-tudo....bem- mesmo em meio as lagrimas e toda confusão dentro de mim, acabei por deixar um curto sorriso aparecer, foi bom ouvir o elfo tentar falar minha linguá, de certo modo era reconfortante- Ue etnemlaer otnis otium, onigami o oãuq miur aved res racif egnol ed asac, ies euq osson odnum ecerap odacilpmoc e licifid erap êcov, sam me mugla otnemom sa sasioc oãv rarohlem ko?- O elfo pronuncia cada palavra da maneira mais calma e delicada possível, ele se abaixa para ficar na altura se meu rosto e me ajuda a secar as lágrimas- Es emlac- ele pede afagando meus cabelos, o mesmo vai até a mesa tomando o pergaminho em mãos , depois de escrever algo ele me passa o papel.
- " Sei que é dificíl mas precisa se acalmar , vou te levar para comer e em seguida te guiarei até o reino do norte, la eles vão cuidar de você melhor que as bruxas, eles são um povo pacifico, por mais que Arkien não goste muito da rainha, você vai gostar deles"- leio concordando logo em seguida, já não me importava para onde me mandariam, não faria diferença , eu nunca mais vou poder ir para casa.
Revisado 21/07/2021
Sei que o capítulo está curto mas eu quero tentar atualizar todo dia e não é sempre que da tempo de fazer um longo, mas prometo atualizar o quanto antes, até o próximo capitulo e não se esqueçam de comentar, fico feliz de saber o que estão achando da história.
éta everb ahterianos :-)
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Ahtera- O despertar de Baltazar- Livro 1
FantasyAhtera é um mundo que com o passar dos anos e as guerras foi dividido em quatro reinos onde todos são sustentados pelo pode do grande cristal. Depois de tantos anos, Alyssa consegue encontrar a chave de Ahtera, abrindo assim os portões para um no...