32-Conferencia Real

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Xingamentos, lamentações e clamores eram ecoados pelo castelo. Estávamos todos trancados na sala do trono, o rei mandou que cobrissem as janelas, para que ninguém encarasse o céu, os elfos atingidos pela luz da marca, agora com os olhos tão claros e vazios quanto vidro, estavam perdidos e desorientados, mas se recusavam a aceitar ajuda, até parece que precisariam da ajuda de uma raça ou classe inferior.

Desde que entramos Zoe grudou em mim e não soltou mais, Noah analisava seus olhos a cada minuto, por mais que a garota insistisse que via perfeitamente bem.

Arkiem, o rei sol, estava completamente enfurecido, o mesmo andava de um lado para o outro bufando e amaldiçoando alguém.

-Ahnim eãm!- Deniel exclama do nada, o mago leva as mãos aos cabelos dando um leve puxão- ue osicerp rev ale, osicerp rev es ale e suem sõamri oãtse meb- em meio a sua pronuncia, consegui entender apenas uma palavra "meb" " bem" ,pela cara de preocupado, ele deve querer saber se as outras bruxas estão bem, pelo menos assim creio eu, Noah ao ouvir aquilo apenas assente se afastando de mim e da sobrinha.

-Uov ridep oa uem oãmri arap son ravel éta sele- o elfo fala para Deniel que assente freneticamente, o mesmo estava realmente aflito, vejo Josh tentar ajudar um dos guardas, agora sem visão, mas ao invés de aceitar a ajuda, o guarda empurrou o lorealet e praguejou algo, Josh se afastou meio aborrecido e Jack avançou sobre o guarda, mas o amigo o segurou no meio do caminho, o impedindo de iniciar uma confusão.

Qual o problema desses elfos? Porque são tão orgulhosos? Preferem ficar sem rumo do que aceitar ajuda.

Me aproximo do garoto tocando em seu ombro tentando passar um pouco de conforto.

-Não liga para isso, se eles precisarem de ajuda,  eles vão pedir, deixa isso para lá- digo encarando os elfos que praguejavam sempre que topavam com algo.

-O ier iav son ravel arap o otnemaca edno sa saxurb oãtse- Noah comenta ao se aproximar- Zoe, ue oãn uov redop racif, oãtne atemorp euq iav es ratropmoc moc Sha- ele pede e a menina faz um bico.

-Ue uov moc sêcov- ela a afimra e bate o pé no chão.

-Uem meb, é osogirep, oãn met omoc ue radiuc ed êcov-

-A asecnirp edop radiuc, ale em egetorp - a menina diz enquanto aponta para mim, olhei para Noah em busca de uma explicação mas o mesmo apenas negou sorrindo gentil.

- A asecnirp met euq ramot atnoc aled e sod sogima aled- Noah responde e a menina me olha, por um instante seus olhos ficaram dourados e uma marca de sol apareceu em seus dois ombros.

-"você cuida de mim enquanto estivermos no acampamento? "- aquilo me assustou, ela falou minha linguá. Depois de me recobrar do breve susto, sorri para o rosto repleto de sardas e com um par de orelhas puxadas.

-"Claro que cuido"- respondo torcendo para que a menina entenda , o que parece  funcionar pois  logo ela sorrio e pulou em direção ao tio.

-Ale essid euq  adiuc- A menina fala animada , o mais estranho era a cara de Noah, o mesmo estava espantado, enquanto isso, os outros meninos nos encaravam abismados.

Ahtera- O despertar de Baltazar- Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora