40-A Batalha Final 1° Parte

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O som dos passos apressados e desesperados ecoavam por todo castelo, vozes apavoradas e atormentadas se faziam presentes onde quer que fossemos, a batalha final estava para começar, duas coisas podiam acontecer, ou ganhávamos e salvamos Ahtera, ou Baltazar nos derrotava e seria o fim de todos nós.

A cada passo que devamos eu sentia minhas pernas vacilarem, o temor pelo viria, a apreensão pela batalha, o receio de ter tomado as decisões erradas e o medo de não poder fazer nada para ajudar.

-Majestade ! O povo esta em panico. O que faremo?- um dos guardas se aproximou da mulher aflita, o jovem tinha pavor estampado no rosto e um corte sobre a sobrancelha deixando o sangue prateado escorrer-Lá fora está um caos, a barreira da Lua esta enfraquecendo, há sombras por todo lado, elas vão nos engolir, não vamos conseguir- Ele parecia tentar segurar o choro, a rainha alternava seu olhar entre nós dois, claramente preocupada e temerosa, o que foi que eu fiz? Além de trazer esse mal há eles, eu peço para que lutem contra ele, como posso ser uma governante agindo assim?

-Traga o povo para o castelo, proteja-os no subterrâneo, diga a aqueles que desejam lutar, para se prepararem- O jovem assentiu deixando um lágrima escapar.

-Majestade, eu não vou consegui lutar, me perdoe, mas eu...eu não consigo, pela Lua, eu não...- O jovem parecia a beira de um colapso e o fato de outra explosão ter ecoado do lado de fora não ajudou muito.

Meu coração apertou vendo o estado de desespero do Lorealet.

-Não se preocupe, faça o que eu pedi e se junte ao povo, fiquem no subterrâneo e reze a Lua para que ela nos proteja - O jovem concordou e saio apressado se juntando a mais dois guardas no final do corredor, a rainha vacilou por um instante levando a mão ao peito.

-Branca?- Me aproximo vendo a mesma negar.

-Eu prometi paz a meu povo, velos assim, é algo que eu nunca desejei- A mulher lutava contra o choro enquanto tentava se recompor- Me prometa que sera uma rainha mais forte que eu, uma mais realista também, cuide deles por mim quando eu faltar-

-Uma rainha melhor que você?Como? Isso tudo é culpa minha, eu trouxe ele de volta, eu decidi colocar o povo na linha de frente, eu...- O choro travou minha voz, a rainha me abraçou forte tentando passar conforto.

-Você vai ser forte, corajosa, gentil e vai saber fazer o certo- Ela segura meu rosto com ambas as mãos- guerras exigem sacrifícios, e você saberá faze-los caso necessários- Eu assenti , sentindo a mulher voltar a me puxar pelos corredores.

Meu interior começou a revirar, minha garganta hora ou outra se contraia, mas não parei por um segundo, precisava ajudar a rainha, de algum modo mas precisava.

A mulher parou frente a uma enorme porta, ela me olhou incerta, mas  segui, levou a mão até a mesma e a abriu, revelando uma escadaria.

-Siga-me-  pediu antes de descer apressada, por pouco eu e branca não rolamos escad a baixa quando outro tremor tomou o castelo- Estamos ficando sem tempo- O castelo voltou a tremer, o gelo das paredes rachou, a rainha agarrou meu braço me fazendo descer mais alguns degraus- Seja forte ok?- não ousei abrir a boca para responder, com medo de colocar tudo que tinha em meu estomago para fora.

 Depois de três lances de escada e de ter a sensação de que meu pulmão deixaria o peito, paramos, frente a um mural de gelo, presa nele, se encontrava uma armadura.

-O que é isso?- pergunto sentindo a garganta contrair, uma tosse involuntária me domina.

-Você está bem?- A rainha pergunta mas não consigo responde-la, algo tapava minha garganta e a sensação agonizante me fazia me dobrar em busca de alivio e ar, a tosse se tornou mais forte e quando pensei que tossiria meus pulmões algo pulou de minha garganta a machucado e arranhando, uma pequena esfera esverdeada e brilhante- O que é isso? - foi a vez da rainha questionar.

Ahtera- O despertar de Baltazar- Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora