Parte II - Cap. 4

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Dean Winchester

Parei no primeiro posto de gasolina que vi ainda em Los Angeles, saí do carro e fui até a bomba, configurei a máquina como sempre e comecei a abastecer a minha baby. Puxei o celular do bolso pra ver as horas e revirei os olhos quando o vi descarregado.

"Logo agora você vem descarregar?" - Pensei.

Olhei ao redor à procura de alguém e achei uma mulher no caixa de uma conveniência pequena atrás do posto, por coincidência ela me encarava com algum tipo de dúvida e logo abaixou a cabeça.

Terminei de abastecer, tirei a mangueira da baby e coloquei de volta no lugar. Pra não sair sem saber as horas e sem comprar nada, eu caminhei até a conveniência e entrei.

- Boa noite - Cumprimentei a moça e ela me lançou um sorriso comum - Você sabe me dizer que horas são?

- São 18:15, senhor. Pode ficar à vontade.

- Sim, obrigado.

Fui em busca de algumas comidas fáceis e quando consegui o suficiente fui até o caixa e a mulher não estava mais lá. Olhei ao redor e comecei a desconfiar que tinha algo errado.

- Moça? - Deixei as coisas em cima do caixa e fui atrás dela.

Olhei os corredores das prateleiras e nada da mulher, voltei para o caixa e as minhas mercadorias haviam sumido, ouvi um estrondo de coisas caindo atrás de mim e puxei minha arma com rapidez e sem pensar. Me virei e vi a mulher do caixa assustada com as mãos pra cima.

- Por favor, não me machuque! - Ela se distanciou e eu fiquei sem reação.

Guardei a arma com pressa e me afastei.

- Me desculpe, eu pensei que...

- Sim, eu sei o que você pensou. - Ela abaixou as mãos e mudou o modo de me encarar, de indefesa para decidida. Franzi a testa, confuso. - Você costuma atirar primeiro e perguntar depois, Dean Winchester. Mas dessa vez, nós pegamos você.

Sem tempo pra reação, eu senti uma dor imensa na nuca e desabei no chão, apagando logo em seguida.

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Hotel Jolly Rogers

Helena Hilston

Jane não parava de andar de um lado para o outro, discando o número de Dean desesperadamente à quinze minutos. Ela colocou o celular em cima da mesa com violência e passou as mãos no rosto, frustrada.

- Você precisa se acalmar um pouco, Jane. Seu estresse pode prejudicar o bebê. - Sam sugeriu e Jane o olhou como se fosse um Ser de outro planeta.

- Sam tem razão, precisamos nos acalmar, temos dois dias até que Dean chegue no bunker - Cass concordou.

- Não pode ser... - Jane soltou uma risada de puro escárnio - Quer dizer que apenas eu estou preocupada aqui?! - Ela deu um passo à frente e nesse momento todos tínhamos notado a marca se tornar reluzente em seu braço, formando leves linhas vermelhas brilhantes ao redor direcionando as veias.

Me levantei com receio e olhei pra todos como código ordem para não se moverem.

- Eu estou ligando para o Dean à quinze minutos e a única coisa que vocês me falam é pra ter calma?!!

Ela não percebe, mas as coisas pequenas ao redor começam a flutuar, chaves, celulares, vasos e até armas, todas flutuando em posição de ataque para nós três.

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