Cap. 1

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Nesse exato momento estou pegando minha bolsa de cima da mesa de trabalho com toda vontade do mundo de ir pra casa deitar na minha cama confortável e aproveitar o final de semana assistindo algum filme e comendo muita, mas muita besteira.

Caminhei pra fora do meu escritório, tranquei a porta e fui direto para a saída do prédio. Pisei fora do estabelecimento e senti um ar frio e acolhedor da noite, poderia dormir ali mesmo de tão cansada que estava. Ser delegada do centro de polícia de Los Angeles era cansativo, mas eu amava meu trabalho, era tudo que eu tinha depois da morte dos meus pais, sempre foi o que eu sonhei.

Caminhei um pouco tonta até o meu carro e girei a chave, talvez seria arriscado dirigir no meu estado mas nem me importei. Estava morrendo de fome e então, depois de alguns quilômetros de carro estacionei na frente de uma das melhores lanchonetes de Los Angeles. Sai do carro e atravessei a rua sem atenção alguma, minha maquiagem deveria estar um pouco borrada e meu cansaço a mostra prpróximo., eu parecia um zombie andando pela cidade. Quando cheguei ao meio fio, lembrei, infelizmente, que tinha esquecido minha bolsa no carro.

- Merda. - Dei um longo suspiro de irritação e comecei a caminhar de volta até meu veículo, mas fui impedida de continuar quando escutei um som de buzina bem perto, me virei e o desespero tomou conta de mim, dois pares de faróis vinham em minha direção e não tinha mais saída, senti uma dor imensa no estômago e apaguei.

POV Dean.

Estava a procura de algum hotel pra passar a noite, porque hoje o dia foi muito cheio, resolvemos um caso de metamorfo em uma mansão com ricos idiotas que só tinham coisas falsificadas o que me fez pensar "É assim que os ricos continuam ricos". Ainda tinha Sam me infernizando porque atirei mais umas incontáveis vezes extras no monstro, pra mim isso não tinha nada haver com meu estado.

- Você tem certeza que não foi nenhum resquício de demônio? Ou até mesmo da marca de Caim? - Perguntou com seu jeito irritante.

- Não, Sam. Não foi nada, eu já disse, talvez eu só estava treinando minha mira sabe? - Tentei desviar o assunto.

- Mesmo assim foi desnecessário - Reclamou.

- Que droga Sammy, eu entendi, não precisa ficar repetindo - Olhei pra ele frustrado.

- Cuidado Dean! - Sam gritou de repente e eu olhei pra frente, enxergando uma garota desatenta atravessando a rua, buzinei de forma continua mas acho ela não escutou, tentei desviar mas estava muito próximo então só pude ouvir o choque contra o meu Impala e logo freiar.

Saímos do carro e alguns olhares curiosos nos observavam com atenção, chegamos perto então nos deparamos com a garota desmaiada com machucados pelo corpo, principalmente no estômago, por favor, espero que não esteja morta. Torci comigo mesmo e tomei uma atitude.

- Rápido Sam, vamos levar ela pro hospital, abre a porta do carro. - Disse, checando o pulso da garota, estava viva, logo passei meu braço pelos ombros e pernas da garota, ainda desacordada, Coloquei ela no banco de trás e meu irmão foi acompanhando a mesma.

- Ela ta muito machucada Dean - Sam disse com um certo tom apressado.

- Já estamos chegando - Respondi pisando forte no acelerador.

Chegamos em frente ao hospital e eu a carreguei da mesma forma de antes, entrando no estabelecimento. Logo atraindo olhares das pessoas que ali estavam e trazendo um médico apresado até nós.

- Qual a ocorrência? - Perguntou rápido.

- Atropelamento, ferimento no estômago. - Sam respondeu.

- Esquipe 16! - O médico chamou e logo apareceram mais três médicos carregando uma maca. - Emergência, levem-na para a sala de cirurgia. - No mesmo instante coloquei a moça na maca e ele a levaram.

Sam sentou na cadeira de espera mas eu fiquei de pé, estava preocupado com o estado da garota, se ela morresse, seria minha culpa, mais uma pessoa pra fazer com que eu me sentisse mal e com ódio de mim mesmo. Já tinham se passado duas horas e nenhuma notícia.

- Com licença - Ouvi uma voz delicada ao meu lado e vi uma médica que pelo crachá se chavama Angelina, ela tinha cabelos loiros, pele clara, um corpo de se admirar e os olhos azuis.

- Oi, como ela esta? - Disparei sem pausas.

- Ela está se recuperando bem, só que temos algo a propôr pra vocês - Fiz sinal para que ela continuasse - Ela perdeu muito sangue e não estamos com a quantidade necessária do tipo sanguíneo dela, gostaríamos de saber se um de vocês podem ajuda-la.

- Sim, eu posso - Respondi rapidamente - Qual o tipo sanguíneo da moça?

- O negativo , testamos ainda agora. - Ela respondeu com calma.

- Ok, o meu também então, quando começamos? - Perguntei ansioso para ajudar a garota de qual quer forma.

- Você pode me acompanhar, faremos alguns testes antes - Respondeu e caminhou para alguma sala, eu a segui e deixando Sam onde estava. - Qual seu nome?

- Dean Winchester.

- Tudo bem, Dean, pode se sentar e coletaremos apenas o necessário para a paciente - Fiz o que ela pediu - Então, você fez alguma tatuagem recentemente? Ou ingeriu drogas, remédios líquidos em geral? - Me perguntou enquanto eu subia a manga da minha camisa do braço direito.

- Não, eu só tenho uma tatuagem, mas isso faz muito tempo.

- Quanto? - Respondeu interessada.

- Uns cinco anos ou seis, por ai.

- Hum. E sobre os remédios?

- Nenhum, e pra adiantar, eu também não tenho diabetes. - disparei com humor e ela sorriu.

- Cicatriz? - Mudou de assunto e eu demorei um pouco pra perceber que estava se referindo a marca.

- Ah. Sim, é uma longa história - Sorri de uma forma simpática.

- Ta, Dean Winchester, vamos começar.

Ela aplicou a agulha no meu braço e fez todos os procedimentos. Depois de alguns minutos eu fui liberado e voltei para junto ao Sam.

- Então, como foi? - Me perguntou logo de cara.

- Normal, tirando o fato de odiar agulhas e ejeção. - respondi e me sentei em uma das poltronas dali.

- Vai passar a noite aqui?

- Se precisar

- Olha, uma assistente veio falar comigo ainda agora, e disse que algumas pessoas próximas aquela garota estão vindo para passar a noite aqui. - Sam falou e eu já entendi o que ele queria. - Talvez possamos voltar amanhã, temos muito o que resolver, sobre você e a marca.

- Ta. - respondi entediado com seu discurso - Mas estaremos aqui amanhã, as nove, ela está em minha responsabilidade no momento.

Ele simplesmente se levantou e saiu, eu fui atrás, fomos direto para o impala e depois de alguns quilômetros encontramos um hotel qualquer e nos preparamos para o outro dia.

Seria um longo e no meu ponto de vista, problemático dia.

N/A: Oi fãs de Supernatural! Ou apenas leitores que conhecem a série e acham o Dean e o Sam muito gatos.
Bom, esse capítulo foi apenas um tipo de "Apresentação", o próximo será maior e mais explicativo, espero que gostem pois faço isso por vocês.

Obrigado por acompanhar! Até o próximo.


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