Cap. 6

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Quando Dean disse aquele nome eu fiquei estática e uma lembrança não muito boa veio na minha mente.

Flashback ON

Eu tinha 17 anos e estava apenas esperando a hora do meu namorado vir me buscar pra gente ir à festa de aniversário de Cris, mas alguma coisa naquele dia não me fazia bem, eu tive tontura, ânsia de vomito várias vezes e um mal pressentimento repentino, tirando isso, estava tudo normal.

- Filha - Minha mãe me chamou do andar de baixo e eu fui imediatamente.

- Oi mãe - Sorri pra ela descendo as escadas - Deixa eu adivinhar... Vocês vão sair novamente? - Perguntei e olhei pro meu pai apoiado no batente da porta.

- Meu amor - Ela me abraçou - Só vão ser dois dias, nós vamos em uma viajem de negócios, seu pai só vai me acompanhar.

- Mãe... Pai - Olhei pra eles com os olhos já se enchendo de lágrimas - Eu estive com um mal pressentimento o dia todo, vocês não podem adiar isso não?

- Jay - Meu pai se aproximou, só ele me chamava assim, sempre me chamava assim. - Vai ficar tudo bem meu amor, vão ser como todas as viagens que sua mãe me obrigou a ir - Ele sorriu e eu o acompanhei, enquanto minha mãe resmungava

- Nós voltamos na segunda-feira querida, agora não chore se não vai borrar sua maquiagem - Ela me deu um beijo na bochecha junto com meu pai - Olha, aqui está o telefone de um amigo nosso, John Winchester, se acontecer algo, ligue pra esse número - Eu assenti e eles passaram diante aquela porta

Esperei mais quinze minutos até Bryan vir me buscar, estávamos nos divertindo muito na festa de Cris que eu até esqueci do meu mal pressentimento e de todas as coisas ruins.

Bom, por enquanto.

Meu celular vibrou no meu bolso enquanto eu pegava um ar no jardim, também cheio de gente, da casa de Cris. Li no visor e era minha mãe. Atendi.

- Alô mãe! - Falei empolgada.

- Oi - Uma voz desconhecida veio do outro lado do telefone - Garota eu encontrei esse celular perto de um carro capotado aqui na estrada do norte - Meu coração quase parou com aquela frase.

Meu Deus, que eles estejam bem.

No mesmo momento eu desliguei o celular e corri pra fora da casa esbarrando em pessoas bêbadas na pista de dança e algumas até derramaram bebida em mim, mas nada disso importava.

- Ei! - Ouvi a voz de Bryan enquanto eu corria - Jane! Volta aqui - Ele me agarrou pelo braço e eu olhei pra ele apavorada - O que aconteceu amor?

- Meus pais, sofreram um acidente na estrada do norte - Me soltei dele.

- Eu te levo lá, vamos - Ele disse e subiu na sua moto e eu logo atrás.

Fomos e não durou muito tempo até chegarmos na estrada do norte e eu poder ver a Toyota do meu pai virada de cabeça pra baixo e dois corpos no chão com uma distância próxima. Haviam algumas pessoas ao redor mas eu nem me importei, sai da moto cambaleando e corri até meus pais no chão com Bryan me seguindo.

- Mãe! - Gritei de forma desesperada, me ajoelhei do seu lado e peguei a mulher que cuidou de mim a minha vida toda, a pessoa mais importante da minha vida estava nos meus braços. -Mãe. Não. fica comigo mãe! - Afastei um pouco de cabelo do seu rosto e vi seus olhos e ela ainda respirava, tentava dizer algo mas não conseguia.

- Filha - Ela falou baixo - Eu sempre estarei com você. - Respirou fundo - Siga seus sonhos, e não olhe pra trás - Meus olhos se encheram de lágrimas e algumas caiam sobre meu rosto - Eu te amo.

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