Midnight

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Magnus Bane Point of view

Assim que saímos do local do show nossos amigos estavam rodeados sobre alguém que eu não conseguia ver direito, Alexander soltou a minha mão e correu para o outro lado da rua onde eles estavam. Eu tentei acompanhar seus passos mais meu corpo estava fodidamente dolorido então caminhei em passos lentos.

- O que aconteceu? – Alec perguntou eufórico.

O grupo virou a cabeça em nossa direção e então se afastaram revelando Isabelly que estava sentada no meio fio com uma garrafa de uísque e um cigarro de maconha? Espera, aquilo era um cigarro de maconha? Passei as costas das mãos sobre meus olhos tentando me tirar daquele transe, eu achava que estava ficando louco, mas não, aquilo era realmente um baseado.

- Fomos expulsos. – Clary falou risonha.

- E por que foram expulsos? – perguntou sem entender – Isabelly o que você está fazendo com um baseado e uma garrafa de uísque?

A morena sorriu antes te tomar um gole do uísque e dar uma tragada forte no cigarro de maconha. Todos começaram a falar de uma vez causando um barulho altíssimo e que estava chamando atenção das outras pessoas que passavam na rua.

- Vocês podem por favor falar um de cada vez! – ele gritou e imediatamente todos se calaram.

- Eu soquei o nariz de um homem. – ela falou da forma mais natural possível – Caralho, eu soquei o nariz dele. – gargalhou alto.

Todos que estavam ao seu redor começaram a rir e devido ao jeito que eles reagiam estavam todos bêbados, exceto Catarina que me parecia sóbria.

- Izzy socou o nariz de um homem quando ele passou a mão em sua bunda e tentou lhe agarrar, além do soco ela roubou a garrafa de uísque que ele tinha. – Cat falou calma e todos novamente começaram a gargalhar – Tentamos impedir que sua irmã arrebenta-se ele e todos nós fomos expulsos, exceto vocês é claro.

- Eu sou foda. – Izzy falou entregando o cigarro de maconha para Jace que tratou de dar uma tragada.

- Você o que!? – Alexander falou com raiva mas logo sorriu – Eu tenho tanto orgulho da minha irmã. – se abaixou ao lado dela e lhe abraçou.

- Você não está com raiva por eu ter estragado a noite? – perguntou lhe fitando.

- Ao contrário, estou completamente orgulhoso de você, isso foi para ele aprender a não mexer com nenhuma mulher. Mas achei pouco você ter dado apenas um soco, era pra ter chutado as bolas dele. Agora me conta sangrou?


A morena deu uma gargalhada alta.

- Sangrou e muito, acho que fiz um trabalho excelente.

Ele beijou a bochecha da irmã.

- Você está bem? – Raphael perguntou com a voz embolada.

- Por que não estaria? – rebati.

- Não sei, te vi andando meio torto como se tivesse com alguma coisa incomodando no meio das pernas. – soltou.

A minutos atrás eu realmente tinha algo incomodando no meio das minhas pernas, pensei.

- É impressão sua.

Ele me fitou curioso e seus olhos pararam em meu pescoço.

- Não sei, seu pescoço não me diz isso.

Rapidamente coloquei a mão em meu pescoço e agradeci aos céus por Ragnor ter puxado seu namorado para um beijo, então voltei minha atenção para Alexander.

- Onde você conseguiu essa maconha? – Alec perguntou fitando Jace e Izzy.

- É do Jace! – ela respondeu.

- Você anda fumando?

- Só quando estou nervoso, você quer?

Alexander então fitou o cigarro de maconha que estava na mão do irmão e sorriu largo.

- Por que não? – pegou o cigarro fino e o levou até a boca.

O que estava acontecendo aqui? Meus amigos estavam bêbados, foram expulsos do show e agora estavam compartilhando um cigarro de maconha? Eu ainda me sentia anestesiado e confuso.

- Porra! – choraminguei baixo e me sentei no meio fio – Você pode compartilhar seu uísque? – perguntei para Simon que estava segurando a garrafa.

Ele assentiu e então me entregou e eu virei a garrafa tomando um longo gole da bebida. Eu só precisava beber algo forte pra ver se as coisas clareavam.

- A gente não vai ficar aqui né? – Simon choramingou tomando a garrafa da minha mão – Eu quero me diverti, ainda são meia noite.

- E se a gente saísse andado sem rumo por essas ruas? – Isabelly falou se levantando e começou a andar pelo meio fio até que se desiquilibrou e quando iria cair Simon a segurou – Obrigada, nerd gato.

- Por nada, princesa. – ele sorriu.

- Quem está de acordo com a ideia de Izzy? – Jace perguntou.

E todos levantaram as mãos exceto eu.

- Você não quer, Bane?

Ao fundo eu podia ouvir Why'd you only call me when you're hight e eu virei a cabeça em direção da entrada do show.

- Você deveria ter ficado lá dentro. – Alexander falou baixinho – Eu não me importaria.

- Eu não posso te deixar só. – falei baixinho.

Seus olhos então brilharam.

- Então, você vem?

Eu simplesmente estava perdendo o que era pra ser uma das melhores noites da minha vida para simplesmente andar por ai sem rumo com meus amigos bêbados e chapados e aquela ideia me animava.

- Claro, mas com uma condição... – falei me levantando.

Eles me encararam.

- Qual?

- Se vocês me deixarem dar uma tragada no baseado.

- Só isso? – ele arqueou a sobrancelha.

- Yeah!

Ele sorriu e se aproximou levando o cigarro de maconha até a minha boca onde eu dei uma tragada forte e depois beijei meu namorado na frente de todos que comemoraram.

- Se meu pai me vice fumando maconha com você, ele com certeza iria mudar de opinião quanto a você. – falei risonho segurando outro baseado enquanto Alexander acendia.

- Que triste, me sinto mal em decepcionar meu sogro. – falou risonho e eu sorri.

- Vocês vem ou não? – Rapha gritou.

Eu e Alexander nos entreolhamos sem entender.

- Em qual momento eles foram embora e nos deixaram? – perguntei fitando meus amigos que já estavam na outra esquina.

- Acho que no momento em que estávamos falando do meu mal comportamento.

Encarei Alexander que fumava.

- Quem chegar por último vai ser o passivo na próxima foda.

Gritei mesmo com o corpo dolorido corri e me arrependi ineditamente quando Alexander me passou.

- Eu vou te fuder de novo, Bane! – ele gritou em meio a gargalhadas.

- Vai se fuder! – gritei de volta e ele me ignorou.

Depois daquela corrida que eu perdi fomos até uma pequena mercearia onde compramos mais 3 garrafas de uísque e bebemos lá em frente mesmo. Estávamos completamente bêbados andando por aquelas ruas movimentadas, Clary estava nas costas de Jace enquanto ele corria em meio as pessoas que andavam na calçada.

- Eu estou com um calor dos infernos. – Alexander reclamou ao meu lado.

- Nem está tão quente assim.

- Não!? Você também está todo soado, Bane. – me fitou - Acho que tive uma ideia.

Lhe fitei e ele encarava outra coisa acompanhei seu olhar e meneei a cabeça negando.

- Alexander, nem pensar...

Ele não me deixou terminar de falar e correu para a frente de um hotel de luxo que tinha um gigantesco chafariz.

- Isso só pode ser brincadeira! – bati com a mão em minha testa – Alexander, volta aqui! – gritei e ele me ignorou.

Alexander entrou dentro do chafariz e começou a jogar água para cima enquanto gargalhava feito uma criança.

- Você não vem, Bane? – gritou.

Eu meneei com a cabeça negando e quando olhei para o lado meus amigos estavam correndo na direção do chafariz. Eles jogavam águas uns nos outros enquanto gargalhavam, eu deveria deixar de ser o velho chato do grupo e me juntar a eles, certo? Certo, então corri me juntando aos meus amigos que deram um grito em comemoração. Alexander foi correr em minha direção e escorregou me levando junto.

- Acho que caímos. – ele falou risonho em cima de mim.

Eu gargalhei.

- É, acho que caímos.

Alexander ainda em cima de mim começou a beijar meu rosto e eu simplesmente amava quando ele fazia aquilo.

- Sabe, eu nunca imaginei vivendo essas aventuras com ninguém. – falei.

- Ah babe, se você gostar de causar problemas em cidades desconhecidas, eu sou perfeito para você. – falou me dando um selinho.

E naquele momento eu não imaginei ninguém que fosse perfeito o suficiente para me fazer viver tantos momentos divertidos e incríveis que eu iria levar em minha memória pelo resto da vida. Ele se levantou e me ajudou, estávamos jogando água uns nos outros quando avistamos alguns policiais correndo em nossa direção.

- Saião daí agora! – um deles gritou – E levantem as mãos para o alto.

- Fudeu! Temos que correr!

Alexander gritou então saímos correndo todos molhados rua a fora tentando despistar os policiais. Depois de mais uns cincos minutos correndo conseguimos nos esconder atrás de uns coqueiros que ficavam na areia da praia, assim despistando os policiais. Coloquei as mãos em meus joelhos tentando recuperar o folego que me faltava.

- Isso foi muito louco. – falei ainda buscando oxigênio.

Ele sorriu mordendo seu lábio inferior.

- Essa noite está sendo incrível. – Simon falou ainda sobre o efeito da bebida.

- Eu nunca vivi isso antes. – a ruiva falou agarrando o amigo pelo pescoço.

Retirei os cabelos molhados da minha testa e meu namorado me observava atentamente.

- O que você está me olhando? – perguntei sentindo meu rosto pegar fogo.

- Eu já te disse que gosto de olhar coisas bonitas.

Me aproximei e envolvi os braços no pescoço dele fitei aqueles olhos azuis que agora estavam levemente avermelhados por causa da maconha.

- Você sempre me deixa com vergonha. – falei escondendo o rosto na curva do seu pescoço.

- Você é tão adorável com vergonha, babe.

- Que casal mais bonito e enjoativo. – Izzy reclamou e eu sorri ainda com o rosto escondido.

- A gente também poderia ser assim.... – Simon falou se aproximando da morena que sorriu.

- Ah, não! Eu não acredito que ele vai beijar minha irmã na minha frente!

Alexander resmungou e me soltou e eu o segurei pelo braço.

- Você não vai se meter no relacionamento da sua irmã, ela já é grandinha e sabe muito bem o que está fazendo!

Ele me fitou e desviou o olhar para Isabelly que agora estava aos beijos com Simon.

- Eu não vou interromper essa palhaçada porque eu não quero e não porque você me falou aquilo. – falou formando um bico emburrado em seus lábios.

- Eu sei que sim. – deixei um selinho em seus lábios desfazendo aquele bico emburrado.

- Acho melhor irmos embora, já são três e vinte e oito da madrugada. – Cat falou separando Ragnor e Raphael que estavam quase se comendo ali mesmo

- E se brincarmos de verdade ou desafio? – Clary sugeriu.

- Você está de brincadeira? São três e vinte e oito da madrugada, eu não aguento mais emoções. – Cat murmurou.

- Mas nós aguentamos. – Jace falou.

Aquele povo tinha energia de sobra.

- Então estamos todos de acordo?

- Sim! – falamos juntos.

Catarina xingou baixo e então assentiu, ainda estávamos todos molhados, mas isso não nos impediu que sentássemos na areia da praia.

- Eu não irei brincar, apenas irei guiar a brincadeira. Vocês já sabem como a brincadeira funciona, certo? – ela falou se sentando ao lado de Ragnor e tomando a garrafa vazia que ele segurava e então assentimos– Quem vai girar a garrafa primeiro vai ser.... – olhou para nós – Izzy.

A morena sorriu de forma travessa e então girou a garrafa que parou em Jace.

- Verdade ou desafio?

Jace lhe fitou pensativo.

- Verdade.

- É verdade que você gosta da Clary?

- Já começou fudendo tudo. – Rapha falou risonho.

Jace encarou a ruiva que estava a sua frente e engoliu em seco.

- O gato comeu sua língua? – Isabelly perguntou de forma impaciente.

- É verdade! – respondeu ligeiro, Clary corou na hora e então rimos.

- Sua vez de girar, Jace.

Jace girou e parou em mim.

- Verdade ou desafio?

- Desafio!

Jace fitou Alec e eu então sorriu.

- Te desafio a tirar a calça e sai gritando na praia "eu tenho o pau pequeno".

- Considere o desafio aceito.

Quando fui me levantar e Alexander segurou em minha mão me fazendo sentar novamente.

- Você não vai fazer isso!

- Alexander, quem sou eu pra negar um bom desafio.

- Magnus!

Lhe ignorei e me levantei então retirei toda a minha roupa molhada e minha pele se arrepiou por causa da brisa fria e como foi me desafiado corri gritando em meio a algumas pessoas que caminhavam:

- Meu pau é pequeno!

Duas mulheres que passaram me fitaram de cima a baixo e falaram:

- Seu pau pode ser qualquer coisa, mas pequeno ele não é.

Saíram rindo, mordi meu lábio inferior segurando a risada pela cara de raiva que Alexander estava fazendo. Me juntei novamente aos meus amigos que estavam comentando sobre a pequena cena de segundos atrás.

- Eu jurava que você iria negar. – Jace falou – Ninguém que eu desafiei cumpriu esse desafio.

- E por que não? – perguntei vestindo a calça.

- Acho que gritar "meu pau é pequeno" no meio de um monte de pessoas feri muito a masculinidade de algumas pessoas.

- Heteros frescos! – Alexander falou.

- Bem você já foi hetero... – falei.

- Eu fingia ser hetero, é diferente. – piscou para mim.

Foi a vez de Rapha girar e parou em Simon.

- Verdade ou desafio? – Santiago perguntou.

- Desafio.

- Te desafio a dar um selinho em Jace.

Simon arregalou os olhos.

- Não, nem fudendo. Estou bêbado e drogado mais ainda tenho consciência.

Jace sorriu sarcasticamente.

- Qual é Simoella, está com medo de se apaixonar?

- Na verdade estou com nojo, eu sei lá onde você colocou essa boca.

- Em um pau que não foi, isso posso lhe garantir. – Jace olhou malicioso para mim e Alec – Desculpa.

- Qual é, vai beijar ou não? – Rapha perguntou impaciente.

- Ok! – Simon falou derrotado – Não quero que pense que...

Jace não deu tempo para Simon falar e o beijou, o que era para ser apenas um selinho estava esquentando as coisas. Isabelly então separou os dois bruscamente.

- Já chega!

- Que pena, é tão lindo ver dois homens se beijando. – Cat falou fitando os dois homens que agora estavam se xingando.

O clima aqui era de putaria, bebida e maconha. E nenhum de nós nos importávamos em responder ou cumprir os desafios. Fomos outra rodada e a garrafa parou em Alec.

- Verdade ou desafio, Alec? - Clary perguntou.

- Verdade. – respondeu.

- É verdade que você esconde um grande segredo?

Alexander encarou Clary. Jace, Simon e Izzy arregalaram os olhos e se entreolharam.

- Todos temos segredos. – ele falou por fim.

Lhe fitei, mas também não perguntei nada aquela não era a primeira vez que ele falava como se guardasse um grande segredo. Jogamos mais algumas rodas e naquela brincadeira aconteceu de tudo, parecíamos estar participando daqueles pornôs que sempre tinha uma história antes da putaria realmente começar. Catarina beijava seus namorados, Clace (Jace e Clary) e Sizzy (Izzy e Simon) se pegavam do outro lado e Alexander estava deslizando a mãos sobre a minha bunda.

- Acho que é melhor irmos antes de acontecer uma orgia aqui! – falei me levantando e Alec resmungou por eu ter me afastado dele.

Eles me fitaram confusos, Catarina ainda estava ao beijos com Ragnor. Retiro o que eu disse, acho que estava alucinando quando falei que ela me parecia sóbria. Aqui ninguém estava sóbrio ou conseguindo raciocinar direito.

- Catarina! – a chamei, minha voz saiu completamente embolada.

A mesma se afastou de Ragnor e me fitou com os olhos brilhando.

- Oh céus! O que está acontecendo aqui? – perguntou nos fitando e eu gargalhei alto.

- Quem deveria me responder é você, já que estavam quase se comendo ai.

Me levantei e tentei andar mais meu corpo doía e a bebida junto com a maconha tinha me deixado tonto, então me apoiei no coqueiro.

- Você não deveria ter bebido tanto, Magnus!

- Eu não bebi muito, só estou com o corpo dolorido. – resmunguei e Alexander me fitou safado sabendo exatamente o motivo de eu estar assim

- Temos que ir! – falou seria – Pelo amor Deus, parem de se pegar! – gritou para Simon e Izzy que se beijavam.

- Orgia! – gritei.

Catarina me olhou incrédula e todos sorriram.

- Se vocês não calarem a porra da boca e não ficarem quietos vou enterrar vocês vivos!

Nos encaramos e paramos de falar no mesmo instante. Catarina estava impaciente.

- Façam duplas e caminhem atrás de mim quietos. – ordenou.

- Você gostaria de fazer dupla comigo? – Simon parou do meu lado e perguntou baixo – Eu não consigo ficar perto de Isabelly sem querer beija-la.

Alexander me fitou de longe.

- Desculpa, mas eu tenho namorado. – falei – Espera, eu tenho namorado?

- Magnus cala a boca e faz dupla com Simon!

Eu nada falei apenas assenti.

Eu não sei como chegamos em casa, mas assim que adentramos Alexander passou por mim e foi direto para o banheiro.

- Alexander!

- Me deixa, Bane, por que não vai ficar com seu namorado! – gritou com os olhos cheios de lagrimas e então fechou a porta com força na minha cara - Vá ficar com seu namorado!

- Alexander! Meu namorado é você! – bati na porta e ele nada respondeu – Que porra!

Fiquei encarando a porta, o que será que deu nele? Passei mais uns segundos ali e senti minha garganta ficar seca, caminhei até a cozinha pegando um copo e enchendo de água.

- Por que Alec está chorando no banheiro? – Cat perguntou abrindo a porta da geladeira.

- Acho que ele ouviu quando eu disse a Simon que tinha namorando. – falei e sem seguida tomei minha água.

- Mas você é o namorado dele. – falou confusa.

- Pois é, eu sou o namorado dele... – falei pensativo.

The Prince (MALEC)Onde histórias criam vida. Descubra agora