Dúvidas

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Magnus Bane Point of view

Abrir os olhos lentamente tentando me acostumar com a claridade que adentrava pela gigantesca janela do quarto. Espera, gigantesca janela? Onde eu estava? Forcei a vista e minha cabeça latejou de dor, ótimo! Pensei. Respirei fundo e abrir de vez os olhos e percebi que estava deitado na cama de Jonathan, suspirei aliviado. Tateei a mão sobre a cama na tentativa de encontrá-lo deitado e nem sinal dele, revirei os olhos. Lentamente se sentei na cama e senti uma dor terrível tomar conta da minha cabeça, resultado da ressaca da noite anterior. Observei o quarto e vi a camisa dele sobre uma das poltronas que ficava perto da porta de seu closet, coloquei a mão sobre minha testa que estava totalmente quente e tentei lembrar o que tinha acontecido na noite anterior.

As únicas lembranças que eu tinha era que cheguei no apartamento de Jonathan, ele dizendo que iria fazer o jantar e eu tomando apenas um copo de uísque. Mas como eu vim parar aqui? E ainda por cima acordar com um puta dor de cabeça? Talvez eu esteja fraco pra bebida, mas eu nunca havia ficado de ressaca com apenas um copo! Outra lembrança me atingiu, Jonathan chamando pra me levar para o quarto e a garrafa de uísque jogada sobre o tapete da sala completamente vazia.


- Bom dia, amor! – Jonathan falou me tirando dos meus pensamentos.

- Bom dia!? – falei.

- Isso foi uma pergunta ou uma afirmação? – ele me perguntou me olhando confuso.

Eu o encarei antes de responder.

- Afirmação, acho. – dei de ombros.

Eu o observei, ele estava parado em frente a porta do banheiro com apenas uma tolha amarrada em sua cintura e outra toalha enxugando seus cabelos loiro claro. Em outros tempos eu o acharia totalmente sexy desse jeito, mas hoje em dia aquilo não me despertava nenhum tipo de reação.

- Você dormiu bem? –ele perguntou vindo em direção da cama e se sentando na mesma.

- Dormi, só acordei com uma puta dor de cabeça.

- Ressaca! – ele falou rindo e depositando um beijo em meus lábios.

- Não, não acho que seja ressaca. Nunca fiquei bêbado com apenas um copo de uísque. – o encarei.

O rosto de Jonathan ficou tenso e suavizou rapidamente.

- Faz tempo que você bebeu gostosinho, quando voltou a beber nem se deu de conta que tinha tomado toda a garrafa de uisque.

- Hum, não consigo me lembrar de ter tomando todo o uísque da garrafa. – encarei seus olhos negros.

- Você bebeu muito, não se lembra. Mas quando terminei o jantar lhe achei adormecido no sofá com a garrafa de uísque no tapete vazia. – seu rosto estava completamente sem demonstrar nenhuma emoção. – Esse é o resultado de uma boa ressaca, gostosinho. – um sorriso brotou de seus lábios.

- Talvez, eu só não me lembro. – sorrir amarelo.

- Agora vem, preparei um café da manhã para a gente. – ele se levantou puxando minhas mãos.

- Vai indo na frente, vou fazer minhas higienes e te encontro lá. – forcei um sorriso.

Ele assentiu e sorriu em seguida se retirou do quarto.

Me levantei e fui até o banheiro, joguei agua em meu rosto e encarei meu reflexo no gigantesco espelho. Eu sentia que tinha alguma coisa errada acontecendo só não sabia exatamente o que era, respirei fundo e outra lembrança invadiu meus pensamentos.

"- Ele encheu a cara e agora está dormindo, chego ai em 15 minutos. E prometo te recompensar."

Droga! Aquilo tinha sido um sonho ou tinha acontecido mesmo? Meu Deus, eu estava surtando, e isso era um fato verídico. Respirei fundo e fui para a cozinha.

- Olha quem apareceu, fiz suas panquecas preferidas. – ele falou apontando para o prato.

Eu sorri e sentei em um dos bancos que ficavam na bancada.

- Você está muito calado, está acontecendo alguma coisa? – ele falou comendo um morango.

Eu o encarei e sorri.

- Só dor de cabeça. – olhei para a cozinha e notei que não havia nenhuma evidencia de ter sido usada ontem a noite. – Você jogou o jantar?

- Oi? – ele perguntou levantando a cabeça e me encarou confuso.

- A janta que você tinha feito para nós ontem.

- Ah, o jantar. Não, eu não joguei está na geladeira. Por que tanta pergunta, Magnus? Está duvidando de mim? - ele fez cara triste.

- O que? Não, não estou duvidando de você, estou sem jeito em saber que você tirou a noite pra ficarmos juntos e eu estraguei ela. – fingir está triste.

- A Catarina está conseguindo fazer sua cabeça contra mim, e vejo que ela está conseguindo. – ele falou decepcionado.

- Ela não tem nada a ver com isso. – esbravejei - Eu já disse que estou sem jeito pelo ocorrido da noite anterior. Você tem que parar de sempre está colocando a Cat em nossas discursões.

Ele me encarou e respirou fundo.

- Você tem razão, me desculpe, eu só falo isso porque sei o quanto ela me odeia, as vezes eu penso que ela tenta me colocar contra você. – ele falou segurando minha mão.

- Vamos fazer um acordo? – falei.

- Qual?

- Quando estivermos juntos não iremos falar da Cat.

- Por mim tudo bem. – ele sorriu.

Sorri de volta.

The Prince (MALEC)Onde histórias criam vida. Descubra agora